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 Janos Lima de Farias     
   Médico Pós-graduando do Departamento     
   de Radiologia da UFF 
Cólica ureteral suspeitada: TC helicoidal primária versus TC helicoidal seletiva após radiografia simples e ultra-sonografia.
Catalano O, Nunziata A, Altei F, Siani A. Suspected ureteral colic: primary helical CT versus selective helical CT after unenhanced radiography and sonography. AJR 2002;178:379-87.
Objetivo: O propósito deste estudo foi comparar a acurácia    da tomografia computadorizada (TC) helicoidal não-contrastada com a combinação    de ultra-sonografia e radiografia simples em pacientes com dor aguda no flanco    sugestiva de cólica ureteral.    
   Pacientes e métodos: De janeiro de 1997 a dezembro de 1999, 181    pacientes consecutivos com dor aguda no flanco foram submetidos a radiografia    simples, ultra-sonografia e TC helicoidal não-contrastada (protocolo    A). De janeiro a dezembro de 2000, 96 pacientes consecutivos admitidos no serviço    de emergência com dor aguda no flanco foram, alternadamente, submetidos    ora a TC helicoidal não-contrastada primária (protocolo B, 48    pacientes), ora a radiografia simples e ultra-sonografia com adição    da TC helicoidal nos casos duvidosos (protocolo C, 48 pacientes).    
   Resultados: Comparada com a acurácia da radiografia simples combinada    à ultra-sonografia para o diagnóstico de ureterolitíase    no mesmo grupo de pacientes (protocolo A), a TC teve maiores sensibilidade (92%    vs. 77%), valor preditivo negativo (87% vs. 68%) e acurácia    total (94 vs. 83%). Entre os pacientes submetidos a TC primária    (protocolo B), foram encontrados três falso-negativos (todos com passagem    espontânea do cálculo) e nenhum falso-positivo. Entre os pacientes    inicialmente examinados por radiografia simples e ultra-sonografia (protocolo    C), foi encontrado um falso-positivo (levando ao internamento do paciente e    repetição dos exames de radiografia simples e ultra-sonografia)    e seis falso-negativos (todos com evolução não-complicada    e passagem espontânea); a TC detectou quatro destes cálculos, mas    não resultou em alteração no tratamento. Dos pacientes    do protocolo C, 14% necessitaram de tratamento invasivo, mas ultra-sonografia    e radiografia simples mostraram cálculos e hidronefrose em todos estes    pacientes.    
   Conclusão: A TC não-contrastada foi o método com    maior acurácia para determinar a presença de ureterolitíase.    A combinação de radiografia simples e ultra-sonografia, porém,    alcançou resultados comparáveis sem perdas diagnósticas    clinicamente importantes, e pode ser usada como alternativa quando a disponibilidade    da TC for limitada.
Janos Lima de Farias    
   Médico Pós-graduando do Departamento     
   de Radiologia da UFF 
