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            Carlos Henrique Malheiro Máximo
                        
                        
                        
                    
INTRODUÇÃO:    A imagem na ressonância magnética por difusão no acidente    vascular encefálico isquêmico pode ser quantificada pelo cálculo    do coeficiente de difusão aparente (CDA) ou pelo volume da lesão.    Com isso torna-se possível determinar de forma objetiva o grau do dano    tecidual.    
   OBJETIVO: Avaliar a associação entre os parâmetros    da lesão na ressonância magnética por difusão com    a gravidade clínica do acidente vascular encefálico no momento    do diagnóstico e a relação com o prognóstico.    
   MÉTODOS: Os pacientes foram classificados de acordo com o tipo    (Oxford Community Stroke Project Classification [OCSP]) e a gravidade (Canadian    Neurologic Scale [CN]) do acidente vascular encefálico antes da realização    da ressonância magnética por difusão. Foi calculada a razão    entre o traçado da difusão aparente na área isquêmica    e na área correspondente do hemisfério contralateral (<CDA>r).    O volume da lesão visível na ressonância magnética    por difusão foi medido. Qualquer lesão encontrada nas imagens    pesadas em T2 foi avaliada. Após seis meses foi realizado um "score"    baseado em parâmetros clínicos (Rankin "score") para    a avaliação do prognóstico. Análises de múltiplas    variáveis foram realizadas a fim de determinar se há associação    independente entre os achados na ressonância magnética por difusão    e o prognóstico.    
   RESULTADOS: Dos 108 pacientes, aqueles que apresentavam <CDA>r    menor tinham acidentes vasculares mais graves de acordo com as classificações    da CN e OCSP, lesão maior na ressonância magnética por difusão,    lesão visível em T2 e pior prognóstico após seis    meses. No entanto, por meio das análises de múltiplas variáveis,    nem a <CDA>r nem o volume da lesão na ressonância magnética    por difusão se mostraram preditores independentes do prognóstico,    visto que a idade e a gravidade do acidente vascular encefálico também    influenciam no desfecho do quadro.    
   CONCLUSÃO: A <CDA>r apresenta relação com    o prognóstico e isto se deve ao fato de tanto a <CDA>r como o volume    da lesão na ressonância magnética por difusão estarem    associados à gravidade do acidente vascular encefálico.
