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Sartoretti-Schefer S, Kollias S, Valavanis A. Spatial relationship between vestibular schwannoma and facial nerve on three-dimensional T2-weighted fast spin-echo MR images. AJNR 2000;21:8106.
INTRODUÇÃO: Schwannomas    vestibulares podem surgir dentro do canal auditivo interno (CAI), no meato acústico    interno ou, menos comumente, dentro da cisterna do ângulo cerebelopontino.    O tumor surge das células de Schwann, que recobre o nervo lateralmente.    Medialmente, o nervo é recoberto por células neurogliais. Assim,    o nervo facial é mais comumente deslocado por tumores localizados dentro    do CAI do que por tumores que surgem do segmento lateral do nervo. Durante a    remoção cirúrgica dos schwannomas vestibulares, a correta    identificação do nervo facial se faz necessária para sua    preservação anatômica e, conseqüentemente, funcional.    De acordo com as descrições comuns da microcirurgia anatômica,    é largamente aceito estratégias cirúrgicas para identificar    três segmentos do nervo facial: um segmento medial da raiz do nervo na    borda medial tumoral, um segmento lateral da borda lateral na entrada do nervo    dentro do canal ósseo e um terceiro segmento adjacente ao tumor (segmento    envolvido). Muitos estudiosos acreditam que, ao se identificador a porção    lateral e medial do nervo adjacente ao tumor, a chance de preservação    do terceiro segmento aumenta muito.     
   MÉTODOS: Neste estudo prospectivo    foram avaliadas as relações espaciais entre schwannomas vestibulares    e o nervo facial em todas as imagens de ressonância magnética (RM)    em três dimensões (3D) ponderadas em T2 "fast" spin-eco    e nas imagens coronal e transversal pós-contraste ponderadas em T1 spin-eco.    Compararam-se as reconstruções multiplanares de todas as imagens    3D ponderadas em T2 com aquelas adquiridas em T1, por suas capacidades em definir    a posição e a relação espacial do nervo facial com    o tumor, o CAI e o ângulo da cisterna cerebelopontina (ACP). Foi, também,    tentado determinar quais as características tumorais adicionais que se    relacionam à detecção do nervo facial. Foram analisados    22 pacientes (nove homens e 13 mulheres, com idade média de 55 anos)    com schwannoma vestibular unilateral detectado em aparelho de RM de 1.5 T.     
   RESULTADOS: A relação espacial entre o schwannoma vestibular    e o nervo facial não pode ser detectada em imagens em T1 spin-eco pós-contraste.    Em 86% dos pacientes a posição do nervo em relação    ao tumor foi discernida nas imagens multiplanares em 3D ponderadas em T2 "fast"    spin-eco. Nos tumores com diâmetro máximo de 10 mm o curso completo    do nervo foi visível. Já nos tumores com diâmetro entre    11 e 24 mm, somente os segmentos do nervo facial foram visualizados; e nos tumores    com diâmetro superior a 25 mm, o nervo facial não pôde ser    visto devido a adelgaçamento do nervo ou a obliteração    do CAI e ACP.     
   CONCLUSÃO: A identificação do nervo facial e sua    relação com os schwannomas vestibulares é possível    em imagens multiplanares em 3D ponderadas em T2 "fast" spin-eco, mas    não em imagens pós-contraste ponderadas em T1 spin-eco. A detecção    da relação espacial depende do tamanho do tumor e da sua localização.    
   COMENTÁRIO SOBRE O ARTIGO: A    relação espacial entre o schwannoma vestibular e o nervo facial    adjacente não pode ser distinguida nas imagens ponderadas em T1 spin-eco    pós-contraste. Neste trabalho, os resultados indicam que a correta identificação    do nervo facial em relação ao tumor não depende somente    da aquisição e reformatação de séries em    3D quando ponderadas em T2 "fast" spin-eco, mas também no tamanho    e localização do tumor. Como regra geral, quanto menor o tamanho    do tumor mais fidedigna será a identificação do nervo dentro    da cisterna no ângulo cerebelopontino e do CAI. 
