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            Eveline de Lucena Oliveira Souza Leão
                        
                        
                        
                    
METODOLOGIA: Estudaram-se 180 glândulas    salivares maiores em 45 pacientes pela sialo-RM, que foram divididos em três    grupos: A  portadores da doença de Chagas na forma clínica indeterminada;    B  portadores da doença de Chagas na forma digestiva; C  controle.    As idades médias encontradas foram de 48, 55 e 50 anos, respectivamente.    Quanto ao sexo, 9, 11 e 10 pacientes dos grupos avaliados eram do sexo feminino.    Foram utilizadas sequências anatômicas ponderadas em T1 e T2, e    sequências específicas para sialo-RM  T2 fast spin eco    2D e 3D. Realizaram-se avaliação clínica específica,    sialometria, nasofibroscopia e dosagem sanguínea da amilase.    
RESULTADOS: Os volumes médios das    glândulas parótidas nos grupos foram de: A (31,1 cm3);    B (27,4 cm3); C (32,4 cm3), e das submandibulares foram    de: A (6,1 cm3); B (5,2 cm3); C (7,0 cm3).    Observou-se um caso no grupo A e outro no grupo B com afilamento e importante    substituição gordurosa de uma das glândulas. O calibre médio    dos ductos parotídeos principais foi de: A (1,5 mm)  tortuosidade e    dilatação segmentar em um caso; B (1,3 mm)  um deles não    visualizado; C (1,2 mm). Os ductos submandibulares principais tiveram calibre    médio de: A (1,5 mm); B (1,7 mm)  um deles não visualizado; C    (1,3 mm). Os ductos salivares secundários parotídeos não    foram identificados em: A (13,3%); B (20,0%); C (6,7%), e submandibulares, em    apenas um caso no grupo B. Os ductos salivares terciários parotídeos    não foram visualizados em: A (43,3%); B (43,3%); C (33,3%), e submandibulares    em: A (40,0%); B (23,3%); C (20,0%). Observou-se dilatação sacular/cisto    em apenas um ducto parotídeo do grupo B. Das queixas clínicas,    a xerostomia foi a mais prevalente em: A (40,0%); B (53,3%); C (13,3%), com p = 0,066. A sialometria após estímulo apresentou-se alterada    nos grupos em: A (60%); B (86,67%); C (53,33%). O diâmetro parotídeo    principal dos indivíduos com amilase normal foi menor que nos indivíduos    com amilase anormal (p = 0,046).    
  CONCLUSÕES: Os volumes médios    das glândulas submandibulares foram menores e o calibre dos ductos salivares    de Wharton foi maior nos pacientes infectados, com diferença estatística.    Em cinco casos houve alteração na morfologia glandular e/ou ductal.    Foram visualizados menos ramos ductais de segunda e terceira ordem das glândulas    parótidas e submandibulares em relação ao controle.
