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            Larissa Pereira da Ponte Amadei
                        
                        
                        
                    
   MÉTODO: Estudo retrospectivo de 329 pacientes tratados, entre    julho de 1998 e dezembro de 2002, no Serviço de Radioterapia do Hospital    Sírio-Libanês, São Paulo, SP. Foram excluídos 18    pacientes que tinham recebido braquiterapia associada a radioterapia externa,    18 pacientes classificados como de alto risco, 61 casos com menos de dois anos    de seguimento mínimo, e 12 com dados incompletos nos prontuários.    Portanto, 220 pacientes formaram a base desta análise.    
   RESULTADOS: Cento e vinte e um (55%) pacientes foram classificados como    de baixo risco e 99 (45%), de risco intermediário. O seguimento mediano    foi de 53,5 meses (24 a 116 meses); 74 pacientes (33,6%) fizeram algum tipo    de bloqueio hormonal por um tempo mediano de 90 dias e 66 pacientes (30%) apresentaram    bounce. O tempo médio para o aparecimento do bounce foi    de 15 meses, com um nadir médio de 0,30 ng/mL. A SLFB em cinco anos pelo    critério ASTRO foi de 83% e pelo critério Phoenix foi de 88,3%    (p < 0,05). Para os pacientes de risco baixo e intermediário,    respectivamente, 86,7% e 78,4% pela definição ASTRO (p    = 0,069) e 88,5% e 77,9% de acordo com o critério Phoenix (p =    0,016). Na análise multivariada, PSA inicial < 10 ng/mL e porcentagem    de fragmentos positivos < 50% foram fatores prognósticos favoráveis    em relação à falha (p < 0,05) pelo critério    ASTRO. De acordo com o critério Phoenix, PSA inicial < 10 ng/mL, grau    histológico de Gleason < 7, porcentagem de fragmentos positivos <    50% e grupo de baixo risco foram os fatores independentes favoráveis,    preditivos de falha bioquímica (p < 0,05).    
   CONCLUSÕES: Os dados de SLFB em cinco anos para pacientes de risco    baixo e intermediário desta análise foram comparáveis aos    da literatura. Nesta análise, não houve diferença entre    as definições ASTRO e Phoenix de falha. PSA, escore de Gleason,    porcentagem de fragmentos positivos na biópsia e grupo de risco foram    os fatores prognósticos independentes para falha bioquímica.
