Márcio Martins Machado
Dos 40 nódulos, a ultra-sonografia intra-operatória identificou 38 (95%); a inspeção/palpação durante o ato cirúrgico, 31 (77,5%); a ultra-sonografia/tomografia computadorizada helicoidal pré-operatórias, 26 (65,0%). Portanto, a ultra-sonografia intra-operatória identificou 30,0% a mais de nódulos que os exames pré-operatórios de ultra-sonografia/tomografia computadorizada helicoidal, e esta diferença foi estatisticamente significante
A ultra-sonografia intra-operatória desempenha papel importante durante a cirurgia hepática devida a metástase de adenocarcinoma colorretal, mudando a conduta cirúrgica inicial em um número significativo de pacientes.
Conclusões
1. A ultra-sonografia intra-operatória mostrou-se com maior acuidade na identificação de metástases hepáticas quando comparada a ultra-sonografia/tomografia computadorizada helicoidal pré-operatórias.
2. A ultra-sonografia intra-operatória demonstra ser também superior ao estadiamento cirúrgico do fígado não-cirrótico, pela inspeção e palpação, além de contribuir no esclarecimento sobre a natureza dos nódulos intraparenquimatosos palpados pelo cirurgião.
3. A ultra-sonografia intra-operatória é importante na sua capacidade em determinar as relações vasculares dos tumores hepáticos, sendo o único método disponível de maneira dinâmica na sala de cirurgia, podendo ser interpretada dinamicamente por cirurgiões e radiologistas.
4. A ultra-sonografia intra-operatória demonstra ser capaz de mudar a conduta cirúrgica nos pacientes com adenocarcinoma colorretal metastático para o fígado, e que vão ser submetidos a laparotomia visando à ressecção hepática.
5. Existem situações em que a ultra-sonografia intra-operatória pode não identificar pequenos nódulos hepáticos, especialmente aqueles menores ou iguais a 5 mm.