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            Aline Serfaty Pozes
                        
                        
                        
                    
Moura e Sá J; Almeida J; Amado J; Fernandes B; Caminha J; Ferraz JM. Traqueobroncopatia osteocondroplástica. Experiência de uma Unidade de Broncologia. Rev Port Pneumol 2002; VIII:329 - 39
INTRODUÇÃO: A traqueobroncopatia    osteocondroplástica (TO) é doença crônica de etiologia    desconhecida, que se caracteriza pela presença de múltiplos nódulos    osteo-cartilaginosos localizados na submucosa das paredes anterior e lateral    da árvore traqueobrônquica. O acometimento da parede posterior    é raro. Neste trabalho foi feita análise retrospectiva da incidência,    apresentação clínica e achados broncoscópicos dos    casos de TO observados em um período de 14 anos na Unidade de Broncologia    do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia, Portugal.    
   MATERIAL E MÉTODO: No período de março de 1987 a    junho de 2001, foram identificados treze pacientes com alterações    broncoscópicas típicas de TO, confirmadas por meio de estudos    histopatológicos. Estes casos foram analisados retrospectivamente quanto    a idade e sexo, apresentação clínica e radiológica,    alterações broncoscópicas e doenças associadas.    
   RESULTADOS: A TO teve uma incidência de 1:1.299 broncoscopias.    Dos treze casos estudados, 11 eram do sexo masculino, e a idade média    foi de 59,5 anos. Tosse foi a manifestação clínica mais    freqüente, presente em 11 pacientes. Estudos radiológicos por radiografia    convencional e tomografia computadorizada não foram úteis no diagnóstico    inicial de TO; porém, esses estudos demonstraram, retrospectivamente,    alterações típicas dessa doença. Três pacientes    apresentavam neoplasias associadas, sendo elas carcinoma epidermóide    de pulmão, metástase de neoplasia de mama e tumor carcinóide    brônquico. Em todos os casos o diagnóstico de TO foi acidental    e a broncoscopia rígida foi o melhor método de avaliação    desses pacientes. A terapêutica foi sintomática e direcionada às    doenças associadas, principalmente intercorrências infecciosas    e neoplasias.    
   CONCLUSÃO: A TO é uma doença rara que pode causar    sintomas diretamente relacionados ao grau e localização da obstrução.    Este diagnóstico deve ser considerado nos pacientes com sintomas obstrutivos    das vias aéreas.
Hipertensão pulmonar em pacientes com amiloidose.
Erick Malheiro Leoncio Martins
Mestrando em Radiologia da UFRJ
Dingli D; Utz JP; Gertz MA. Pulmonary hypertension in patients with amyloidosis. Chest 2001; 120:1735 - 8.
OBJETIVOS: A hipertensão pulmonar    (HP) com insuficiência cardíaca direita é uma complicação    rara da amiloidose. O objetivo deste trabalho foi avaliar os pacientes com amiloidose    e hipertensão pulmonar e descrever a história natural dessa complicação.    
   MATERIAL E MÉTODO: Foi realizada uma pesquisa nos arquivos da    Clínica Mayo, de todos os pacientes com amiloidose e hipertensão    pulmonar, no período de 1980 a 1999. Os casos de amiloidose foram confirmados    por biópsia tecidual e os de hipertensão pulmonar por intermédio    de ecocardiografia transtorácica e/ou medidas obtidas por cateterização    do ventrículo direito e/ou angiografia pulmonar. Os pacientes que apresentavam    outras causas conhecidas de hipertensão pulmonar foram excluídos    deste trabalho. Cinco pacientes preencheram todos estes critérios e apresentavam    amiloidose com sintomas relacionados à hipertensão pulmonar, sem    evidências ecocardiográficas de disfunção ventricular    esquerda.    
   RESULTADOS: Dos cinco casos estudados, quatro eram do sexo feminino.    A idade média no momento do diagnóstico da amiloidose foi de 61    anos e o tempo médio de sobrevida foi de 2,8 anos. Todos os pacientes    apresentavam sintomas relacionados à hipertensão pulmonar, sendo    o mais comum a dispnéia. As radiografias de tórax demonstravam    infiltrados intersticiais em quatro casos. Todos os pacientes faleceram de complicações    cardíacas, sendo que quatro de grave insuficiência ventricular    direita e um de morte súbita. Exames de necropsia foram realizados em    dois pacientes e demonstraram depósitos amilóides difusos, levando    a obstrução de vasos pulmonares.    
   CONCLUSÃO: A hipertensão pulmonar é uma complicação    rara da amiloidose, sendo um sinal de doença avançada e com uma    baixa taxa de sobrevida. Este diagnóstico deve ser considerado nos pacientes    que apresentam dispnéia sem causa identificada ou sobrecarga de volume    com função ventricular esquerda normal.
A conduta pós-natal na malformação adenomatóide cística
Patrícia Noronha Zanardi
Médica Residente do Departamento de Radiologia da UFF
Keidar S; Ben-Sira L; Weinbergb M; et al. The postnatal management of cystic adenomatoid malformation. IMAJ 2001;3:258 - 61.
OBJETIVO: Avaliar os métodos    diagnósticos pós-natais, o melhor tratamento cirúrgico    e a idade ideal para a realização do tratamento.    
   MATERIAL E MÉTODO: Foram estudados, retrospectivamente, 11 pacientes    com cistos pulmonares congênitos, confirmados por tomografia computadorizada    (TC), que se submeteram a ressecção cirúrgica, sendo oito    lobectomias e três segmentectomias. O diagnóstico pré-natal    foi feito em nove pacientes por meio de estudo ultra-sonográfico.    
   RESULTADOS: A radiografia de tórax revelou pneumonia recorrente    em dois casos. Os pacientes que realizaram lobectomia não apresentaram    alterações na TC, e lesão residual segmentar foi observada    em apenas um paciente que se submeteu à segmentectomia. O seguimento    pós-operatório mostrou excelente recuperação de    todas as crianças, exceto em um paciente que evoluiu com episódios    de pneumonia grave e morreu cinco meses depois.    
   CONCLUSÃO:  O emprego da ultra-sonografia pré-natal aumentou    a incidência de detecção da alteração cística    pulmonar congênita. A TC pós-natal é mandatória para    confirmar o diagnóstico. A presença de malformação    cística pulmonar é indicação de lobectomia. A cirurgia    precoce é bem tolerada pelas crianças e recomenda-se que seja    feita entre 6 e 12 meses de vida.
