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            Dante Luiz Escuissato
                        
                        
                        
                    
    As infecções pulmonares foram    causadas por vírus (n = 57), bactérias (n = 26), fungos (n = 21)    e protozoário (n = 1). Em seis pacientes foram identificados dois agentes    responsáveis pela infecção. Nódulos com 1 cm ou    mais em diâmetro foram vistos em 13 dos 21 (62%) pacientes com pneumonia    fúngica, em 5 de 26 (19%) pacientes com pneumonia bacteriana (p =    0,0059), em 3 de 30 (10%) com pneumonia pelo vírus sincicial respiratório    (p = 0,0001) e em 3 de 22 (14%) com pneumonia pelo citomegalovírus    (p = 0,0016). O sinal do halo esteve presente em 10 de 21 pacientes com    pneumonia fúngica, em 2 de 26 com pneumonia bacteriana (p = 0,0026),    em 3 de 30 com pneumonia pelo vírus sincicial respiratório (p    = 0,0036) e em um de 22 com pneumonia pelo citomegalovírus (p    = 0,0015). Não foi observada diferença estatisticamente significativa    entre os diferentes tipos de infecção pulmonar quanto à    prevalência de outros padrões de tomografia computadorizada, incluindo    pequenos nódulos, atenuação em vidro fosco e consolidações    (todos com p > 0,05).    
    A presença de grandes nódulos    e o sinal do halo no exame de tomografia computadorizada são sinais muito    sugestivos de infecção fúngica. Os outros achados de tomografia    computadorizada de alta resolução não se mostraram úteis    para a distinção entre os vários tipos de pneumonias vistos    em pacientes pós-transplante de medula óssea. 
Edema pulmonar hidrostático. Aspectos na tomografia computadorizada de alta resolução
Autora: Claudia Maria Cunha Ribeiro.     
   Orientadores: Edson Marchiori, Rosana Rodrigues.    
   Dissertação de Mestrado. UFRJ, 2005. 
A proposta deste estudo foi caracterizar, através    da tomografia computadorizada de alta resolução do tórax,    as principais alterações pulmonares do edema pulmonar hidrostático.    
   Foram analisadas, retrospectivamente, as    tomografias de 15 pacientes com quadro clínico de edema pulmonar hidrostático    subdivididos em cinco principais grupos etiológicos  insuficiência    cardíaca, valvulopatia mitral aguda, infarto agudo do miocárdio,    miocardite e mediastinite fibrosante , sendo sete pacientes no primeiro    grupo e dois em cada um dos demais.    
    Os principais achados do edema hidrostático    foram as opacidades em vidro fosco (100%), o espessamento dos septos interlobulares    (100%), o derrame pleural (87%) e o espessamento do interstício peribroncovascular    (80%). Outros achados menos comuns foram o aumento do calibre do vaso, as consolidações    e os nódulos do espaço aéreo. O padrão predominante    encontrado nos pacientes estudados foi a opacidade em vidro fosco associada    a espessamento dos septos interlobulares (padrão de pavimentação    em mosaico), com derrame pleural bilateral predominante à direita.    
    Apesar da importância de caracterizar    os achados tomográficos de alta resolução do edema pulmonar    hidrostático, este trabalho não teve como objetivo estabelecer    este exame de imagem como rotina ou protocolo de diagnóstico. No presente    momento, o diagnóstico é, na maioria das vezes, baseado em dados    clínicos e radiográficos. No entanto, a familiaridade com os aspectos    de imagem do edema pulmonar é essencial para confirmar ou sugerir o diagnóstico,    como também para diferenciá-lo de outras doenças.
