|
            Daniel Miranda Ferreira
                        
                        
                        
                    
   MÉTODOS: Foram analisados o antígeno prostático    específico (PSA), as densidades de PSA (DPSA) calculadas pelos exames    de ressonância magnética e ultra-som, a graduação    de Gleason, o número de sextantes positivos e a porcentagem de fragmentos    positivos nas biópsias, as probabilidades de doença intraprostática,    doença extracapsular e comprometimento das vesículas seminais    segundo os nomogramas de Kattan e Partin, e os resultados dos exames de toque    retal, da ressonância magnética com bobina endorretal e do ultra-som    com Doppler de amplitude em relação ao estadiamento do câncer    de próstata em 49 pacientes submetidos a prostatectomia radical. Os resultados    foram comparados com os resultados anatomopatológicos.    
   RESULTADOS: Dos 49 pacientes com tumores classificados clinicamente como    intraprostáticos, 59,2%, 51,0% e 32,7% foram subestadiados clinicamente    em relação a doença extraprostática, doença    extracapsular e comprometimento das vesículas seminais, respectivamente.    Estadiamentos clínicos iniciais tiveram taxas de subestadiamento menores    e estadiamentos clínicos mais avançados tiveram taxas de subestadiamento    maiores. As médias da maioria dos parâmetros clínicos e    laboratoriais dos pacientes com doença avançada foram maiores    do que as médias dos pacientes com doença localizada. A biópsia    prostática superestimou a graduação histopatológica    final de Gleason em 10,2% dos casos, subestimou a graduação em    49,0% e a correlação foi idêntica em 40,8%. A ressonância    magnética, quando comparada aos outros parâmetros analisados de    forma isolada, apresentou os maiores valores de acurácia na discriminação    doença intraprostática X doença extraprostática    (73,5%), doença intracapsular X doença extracapsular (81,6%)    e comprometimento ou não das vesículas seminais (77,6%). A acurácia    geral dos modelos de regressão logística baseada nas variáveis    contempladas foi de 71,4% na previsão de doença extraprostática,    87,2% na previsão de doença extracapsular e 81,0% na previsão    de comprometimento das vesículas seminais.    
   CONCLUSÃO: A ressonância magnética com bobina endorretal    se mostrou ser um dos melhores métodos para o estadiamento local do câncer    de próstata e pode ser considerada no estudo de pacientes selecionados.    
