Abstract:
OBJECTIVE: To review the results of adjuvant external beam radiation therapy (EBRT) combined with high-dose rate brachytherapy (HDR-BT) for the treatment of endometrial carcinoma. MATERIALS AND METHODS: We retrospectively evaluated 141 patients treated with EBRT and HDR-BT after surgery between January 1993 and January 2001. EBRT was performed with a median dose of 45 Gy, and HDR-BT was performed with a median dose of 24 Gy, with four weekly insertions of 6 Gy. The median age of the patients was 63 years and the disease stage distribution was: CS I (FIGO), 52.4%; CS II, 13.5%; CS III, 29.8%; CS IV, 4.3%. RESULTS: With a median follow-up of 53.7 months, the disease free survival (DFS) at five years was: CS I, 88.0%; CS II, 70.8%; CS III, 55.1%; CS IV, 50.0% (p = 0.0003). Global survival after five years was: CS I, 79.6%; CS II, 74.0%; CS III, 53.6%; CS IV, 100.0% (p = 0.0062). Factors affecting the DFS were histological grade and serous-papillary histology. Recurrence of the disease was observed in 33 cases, 13 (9.2%) of these occurred in the pelvis, vagina or vaginal vault. EBRT + HDR-BT of the vaginal vault allowed disease control in 90.8% of the cases. CONCLUSION: Radiation therapy is essential for loco-regional control of endometrial cancer and can achieve excellent cure rates in the initial stages. In more advanced stages, therapeutic failure frequently appears as distant metastases suggesting the need for complementary systemic therapy using new treatment modalities, particularly chemotherapy.
Resumo:
OBJETIVO: Analisar, retrospectivamente, os resultados da radioterapia externa (RT) combinada a braquiterapia de alta taxa de dose (BATD), adjuvantes à cirurgia para o carcinoma de endométrio. MATERIAIS E MÉTODOS: Avaliamos 141 pacientes tratados com RT e BATD adjuvantes à cirurgia, no período de janeiro de 1993 a janeiro de 2001. RT pélvica foi realizada com dose mediana de 45 Gy, e BATD realizada na dose mediana de 24 Gy, em quatro inserções semanais de 6 Gy. A idade mediana das pacientes foi de 63 anos e a distribuição por estádio clínico (EC) foi: EC I (FIGO), 52,4%; EC II, 13,5%; EC III, 29,8%; EC IV, 4,3%. RESULTADOS: Com seguimento mediano de 53,7 meses, a sobrevida livre de doença (SLD) em cinco anos foi: EC I, 88,0%; EC II, 70,8%; EC III, 55,1%; EC IV, 50,0% (p = 0,0003). A sobrevida global em cinco anos foi: EC I, 79,6%; EC II, 74,0%; EC III, 53,6%; EC IV, 100,0% (p = 0,0062). Fatores que influíram na SLD foram grau histológico e histologia seropapilífera. Dos 33 casos que apresentaram recidiva da doença, em 13 (9,2%) esta ocorreu na pelve, vagina ou cúpula vaginal. RT + BATD do fundo vaginal permitiram o controle da doença em 90,8% dos casos. CONCLUSÃO: A RT exerce papel fundamental no controle loco-regional do câncer de endométrio e permite excelentes taxas de cura nos estádios iniciais. Para os estádios mais avançados, a falha terapêutica tende a ser a distância, sugerindo a necessidade de complementação terapêutica sistêmica, com introdução de novas modalidades de tratamento, em particular a quimioterapia.
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