RESUMOS DE TESES
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Autho(rs): Guilherme de Palma Abrão |
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Autor: Guilherme de Palma Abrão. O trauma pélvico apresenta alta morbimortalidade, especialmente nos casos de dupla ruptura do anel pélvico, em razão da hemorragia. O objetivo deste trabalho é observar o tempo transcorrido até a realização do tratamento endovascular, a sua eficácia e a estratégia de exames complementares empregada. Cinquenta e três pacientes com fratura de bacia pós-traumática foram submetidos a embolização arterial, num estudo retrospectivo e prospectivo realizado no período de janeiro de 2000 a dezembro de 2005. A idade dos pacientes variou entre 17 e 93 anos, com média de 37,5 anos. Houve predomínio do sexo masculino, com 62,2%. A causa mais frequente do trauma nos pacientes incluídos no estudo foi o acidente de moto, em 36% dos casos. Predominaram as fraturas com dupla ruptura do anel pélvico, encontradas em 71,6% dos casos. Quarenta e nove pacientes apresentavam instabilidade hemodinâmica, e destes, todos receberam derivados sanguíneos previamente à realização do tratamento endovascular. Neste estudo, 38,7% (n = 19) dos pacientes instáveis foram submetidos a exame de tomografia computadorizada antes do tratamento endovascular, e o tempo médio desse grupo para chegar à sala de radiologia vascular foi de 230,45 minutos. Em relação aos pacientes enviados diretamente à arteriografia com intenção terapêutica, o tempo médio até o início da realização do tratamento foi de 146,77 minutos. A diferença entre as taxas de mortalidade precoce nos grupos de pacientes submetidos ou não à tomografia computadorizada previamente ao tratamento endovascular foi de 5,63%. O choque hemorrágico foi a causa de óbito em 63,33% dos pacientes que apresentaram mortalidade precoce. Na conduta inicial desses pacientes preconiza-se realizar o menor número possível de intervenções até que se obtenha o controle da hemorragia. O tempo transcorrido até a chegada na sala de radiologia vascular é fator importante no prognóstico dos pacientes com fraturas hemorrágicas da bacia. O tratamento endovascular é uma importante ferramenta nos pacientes hemodinamicamente instáveis inicialmente. |