Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 42 nº 3 - Maio / Jun.  of 2009

RESUMOS DE TESES
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Page(s) 170 to 170



Resultados da vertebroplastia percutânea na doença vertebral cervical

Autho(rs): Francisco José Arruda Mont'Alverne

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Autor: Francisco José Arruda Mont'Alverne.

Orientador: José Guilherme Mendes Pereira Caldas.

[Tese de Doutorado]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2008.


A vertebroplastia percutânea consiste na injeção de polimetilmetacrilato (PMMA) no corpo vertebral para alívio da dor e estabilização vertebral, todavia seu uso na região cervical é restrito.


No intuito de avaliar a efetividade e a segurança da vertebroplastia percutânea na região cervical (VPC), foram avaliados 75 pacientes que se submeteram à VPC (n = 101) por doença maligna (n = 69) ou hemangioma vertebral (n = 6) no período de janeiro de 1994 a outubro de 2007. A VPC foi realizada por abordagem ântero-lateral guiada por fluoroscopia. A dor foi graduada por uma escala variando de 0 a 10. O seguimento clínico (período médio de 8,8 meses) foi obtido em 57 (76%) pacientes: 48 tiveram a VPC indicada para controle da dor e 9 para estabilização vertebral. Os dados foram analisados de forma univariada e multivariada.


A efetividade analgésica foi obtida em 37 (77,1%) dos 48 pacientes seguidos, tendo sido associada ao volume de cimento injetado (p = 0,011) e ao preenchimento vertebral (p = 0,007) na análise multivariada. A estabilidade vertebral foi observada em 55 (96,5%) dos 57 pacientes, não se correlacionando com as variáveis estudadas. A curva de ROC identificou o preenchimento vertebral como preditor da efetividade analgésica (p = 0,008), sendo 50% o melhor ponto de corte para discriminar a maior probabilidade de efetividade analgésica (sensibilidade de 78,0% e especificidade de 62,5%). O extravasamento de cimento foi identificado em 83 (82,2%) das 101 vértebras tratadas, não se correlacionando com as variáveis estudadas. As complicações clínicas foram detectadas em 13 (17,3%) pacientes: complicações locais em 10 (13,3%) e sistêmicas em 3 (4%) pacientes. As complicações clínicas foram estatisticamente relacionadas à ruptura do muro posterior (p = 0,026) e ao extravasamento de PMMA no plexo venoso transverso (p = 0,023). A taxa de mortalidade e morbidade a longo termo foi de 1,3% (um paciente) e 1,3% (um paciente).


Pode se inferir que a VPC é um procedimento efetivo e seguro, sem se negligenciar os riscos potenciais de complicações. O preenchimento vertebral e o volume de cimento foram associados à efetividade analgésica, mas não à estabilidade vertebral. O preenchimento vertebral teve o maior poder discriminatório da efetividade analgésica, tendo sido obtido com o ponto de corte de 50% o melhor equilíbrio entre sensibilidade e especificidade para se determinar a efetividade analgésica.



 
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