RESUMO DE TESE
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Autho(rs): Everton Pontes Martins |
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Dos 311 esvaziamentos cervicais radicais ipsilaterais ao tumor primário realizados , houve preservação da veia jugular interna em 109 (35%). Recidiva regional ipsilateral ao tumor primário foi detectada em 18 pacientes (5,8%), sendo em 14 (4,5%) inicialmente submetidos a esvaziamento cervical radical sem preservação da veia jugular interna e em 4 (1,3%) tratados com esvaziamento cervical radical com preservação da veia jugular interna. A recidiva regional ipsilateral ao tumor primário não teve relação significativa com a preservação da veia jugular interna (p = 0,313), o estádio T (p = 0,364) ou N (p = 0,963), a realização de radioterapia adjuvante (p = 0,701), o número de linfonodos positivos no produto da peça operatória (p = 0,886) e a invasão capsular linfonodal pela metástase (p = 0,802). O tamanho do linfonodo comprometido pela doença, quando maior ou igual a 3 cm, foi a única variável que se demonstrou estatisticamente significante em relação à recidiva regional (p = 0,04). A taxa de sobrevida global do estudo foi de 57% em dois anos e 35% em cinco anos. Levando em consideração a preservação ou não da veia jugular interna, a sobrevida foi de 46% e 29% em cinco anos, respectivamente (p = 0,02). Concluímos que a preservação da veia jugular interna, como modificação do esvaziamento cervical radical, no tratamento de carcinomas epidermóides de boca, orofaringe, hipofaringe ou laringe, foi segura, independentemente do estádio N, sem interferir no controle regional, assim como nas taxas de sobrevida desse grupo de pacientes. |