RESUMO DE TESE
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Autho(rs): Joaquim D'Almeida |
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Foram estudados 19 pacientes, todos do sexo masculino, com idade entre 26 e 36 anos, que participaram de missão em Moçambique. O diagnóstico clínico e laboratorial foi realizado no período de meses até sete anos após a exposição ao parasita. Foram considerados positivos os pacientes que apresentaram: hematúria, lombalgia, disúria, polaciúria, nictúria, dor na região pélvica, dor suprapúbica, e a presença de ovos do parasita na urina. Além dos achados clínicos, o estudo tem como objetivos demonstrar as alterações funcionais renais e urológicas encontradas em pacientes expostos ao Schistosoma haematobium, por meio da cintilografia renal dinâmica com 99mTc-DTPA e funcional com 99mTc-DMSA. Na cintilografia renal dinâmica com 99mTc-DTPA, 13 pacientes tinham cintilografia anormal, demonstrando alargamento do tempo de excreção, e nenhum apresentava padrão obstrutivo. Na cintilografia funcional com 99mTc-DMSA, sete dos 19 pacientes apresentaram áreas frias e zonas de cicatrização. Estas lesões não tiveram relação com os sintomas e nem com o tempo de evolução da doença. Isto também não demonstrou nenhuma correlação entre as alterações observadas e o tempo das manifestações clínicas da doença. Nós podemos concluir que a cintilografia renal com 99mTc-DTPA e com 99mTc-DMSA em pacientes infectados com Schistosoma haematobium poderia auxiliar na discriminação dos indivíduos com maior probabilidade de desenvolver a glomerulopatia esquistossomótica, apesar do tempo de evolução ou da presença de sintomas, de grande valor na identificação da função renal real. |