RESUMO DE TESE
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Autho(rs): Mateus Diniz Marques |
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Resultados: A angiografia por TC detectou DAC em 70 participantes (56%) e nenhuma associação foi encontrada com as medidas antropométricas usuais (circunferências de cintura e quadril e índice de massa corpórea). Entretanto, as medidas das áreas de gordura visceral abdominal (GVA) foram significativamente associadas ao diagnóstico de DAC. As médias das áreas de GVA no espaço intervertebral L1-T12 (GVA L1-T12) e L4-L5 (GVA L4-L5) foram de 151,2 cm2 e 167,2 cm2, respectivamente. Valores de GVA L1-T12 > 145 cm2 apresentaram odds ratio de 2,85 (1,3-6,26, IC 95%) para o diagnóstico de DAC, e de GVA L4-L5 > 150 cm2 apresentaram odds ratio de 2,87 (1,31-6,3, IC 95%) para DAC. As medidas de adiposidade não mostraram associação com o grau de estenose coronária, nem com a presença de calcificações coronárias identificadas pelo escore de cálcio. A análise multivariada determinou a idade e a GVA L1-T12 como as únicas variáveis independentemente associadas ao diagnóstico de DAC. Conclusão: A gordura visceral avaliada pela TC é um marcador independente de DAC diagnosticada pela angiografia coronária por TC. A avaliação da gordura visceral pela TC em diferentes sítios abdominais foi fortemente associada à DAC, em detrimento das tradicionais variáveis antropométricas e clínicas utilizadas para estimar o risco cardiovascular. A utilização das medidas de adiposidade pela TC na prática clínica pode agregar valor à estratificação de risco da DAC. |