Resumo:
OBJETIVO: Avaliar quantitativamente o escore de enfisema e o espessamento da parede brônquica de pacientes com doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) estável e comparar os fenótipos eosinofílico e não eosinofílico.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo observacional, transversal, retrospectivo, que avaliou pacientes com DPOC no período de agosto de 2018 a julho de 2019. Os pacientes foram separados dois grupos, de acordo com o número de eosinófilos periféricos: os eosinofílicos (≥ 300 células/µL) e os não eosinofílicos (< 300 células/µL). Foram realizadas avaliações quantitativas e automatizadas de enfisema e de espessamento brônquico para os dois grupos por meio de tomografia computadorizada de tórax.
RESULTADOS: Foram coletados dados de 110 pacientes com o diagnóstico de DPOC, dos quais 28 (25,5%) apresentaram perfil eosinofílico. As variáveis demográficas, clínicas, funcionais e terapêuticas do grupo dos pacientes com perfil eosinofílico foram semelhantes às do grupo não eosinofílico. Não se observaram diferenças significativas em relação ao escore de enfisema e à medida de espessura de parede brônquica entre os dois grupos (p > 0,05).
CONCLUSÃO: Neste estudo, os pacientes com fenótipo eosinofílico não apresentaram menor escore de enfisema e nem maior espessamento parietal brônquico.
Abstract:
OBJECTIVE: To perform a quantitative assessment of bronchial wall thickening and the emphysema score in patients with stable chronic obstructive pulmonary disease (COPD), comparing the eosinophilic and non-eosinophilic COPD phenotypes.
MATERIALS AND METHODS: This was a retrospective observational study of patients with COPD followed between August 2018 and July 2019. The patients were divided into two groups by the eosinophil count in peripheral blood: eosinophilic (≥ 300 cells/µL); and non-eosinophilic (< 300 cells/µL). Quantitative, automated assessments of emphysema and bronchial wall thickness were performed by evaluating computed tomography scans of the chest.
RESULTS: We evaluated the records of 110 patients diagnosed with COPD: 28 (25.5%) in the eosinophilic group; and 82 (74.5%) in the non-eosinophilic group. The demographic, clinical, functional, and therapeutic variables were comparable between the two groups. There were no significant differences between the two groups in terms of the emphysema score or bronchial wall thickness (p > 0.05 for both).
CONCLUSION: Patients with eosinophilic COPD do not appear to have lower emphysema scores or greater bronchial wall thickening than do those with non-eosinophilic phenotypes of the disease.
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