Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 55 nº 3 - Maio / Jun.  of 2022

ARTIGO ORIGINAL
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Page(s) 145 to 150



Frequência de adenomas adrenais pobres em lipídios em exames de ressonância magnética abdominal

Autho(rs): Victor Guerra Martinsa; Cecilia Vidal S. Torresb; Livia Mara Mermejoc; Silvio Tucci Jr.d; Carlos Augusto Fernandes Molinae; Jorge Elias Jr.f; Valdair Francisco Mugliag

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Texto em Português English Text

Descritores: Adenoma/diagnóstico por imagem; Neoplasias das glândulas suprarrenais/diagnóstico por imagem; Achados incidentais; Ressonância magnética; Tomografia computadorizada.

Keywords: Adenoma/diagnostic imaging; Adrenal gland neoplasms/diagnostic imaging; Incidental findings; Magnetic resonance imaging; Tomography, X-ray computed.

Resumo:
OBJETIVO: Estimar a frequência de adenomas pobres em lipídios (APLs) em exames de ressonância magnética (RM).
MATERIAIS E MÉTODOS: Investigaram-se, retrospectivamente, as lesões adrenais em exames de RM realizados de janeiro de 2016 a dezembro de 2017. Um total de 2.014 pacientes foi submetido a exames abdominais e, após exclusões, 69 pacientes com 74 adenomas foram recuperados. Determinaram-se o tamanho da lesão, a lateralidade, a homogeneidade, a queda do sinal em imagens fora-de-fase (FF) e o índice de intensidade do sinal (IIS). Foram utilizadas as seguintes definições para APLs: sem queda de sinal nas imagens FF e IIS < 16,5%. Para 68 lesões, havia imagens de tomografia computadorizada (TC), com intervalo de até um ano da RM, que também foram analisadas.
RESULTADOS: Sessenta e nove pacientes foram incluídos, sendo 42 mulheres (60,8%) e 27 homens (39,2%). A média de idade foi 59,2 ± 14,1 anos. O tamanho médio do adenoma adrenal foi 18,5 ± 7,7 mm para o leitor 1 (7,0–56,0 mm) e 21,0 ± 8,3 mm (7,0–55,0 mm) para o leitor 2 (p = 0,055). A queda de sinal nas imagens FF mostrou que a frequência de APLs para ambos os leitores foi 6,8% (5/74). Para a análise quantitativa, a frequência foi 4,0% (3/74) para o leitor 1 e 5,4% (4/74) para o leitor 2. A frequência de APLs nas imagens de TC foi 21/68 lesões (30,8%).
CONCLUSÃO: A prevalência de APLs em imagens de RM foi significativamente menor do que em exames de TC. Essa prevalência tende a ser ainda menor quando a definição de APL é baseada na análise quantitativa (IIS < 16,5%), em vez da análise visual.

Abstract:
OBJECTIVE: To estimate the frequency of lipid-poor adenomas (LPAs) in magnetic resonance imaging (MRI) examinations.
MATERIALS AND METHODS: We retrospectively investigated adrenal lesions on MRI examinations performed in a total of 2,014 patients between January 2016 and December 2017. After exclusions, the sample comprised 69 patients with 74 proven adenomas. Two readers (reader 1 and reader 2) evaluated lesion size, laterality, homogeneity, signal drop on out-of-phase (OP) images, and the signal intensity index (SII). An LPA was defined as a lesion with no signal drop on OP images and an SII < 16.5%. For 68 lesions, computed tomography (CT) scans (obtained within one year of the MRI) were also reviewed.
RESULTS: Of the 69 patients evaluated, 42 (60.8%) were women and 27 (39.2%) were men. The mean age was 59.2 ± 14.1 years. Among the 74 confirmed adrenal adenomas evaluated, the mean lesion size was 18.5 ± 7.7 mm (range, 7.0–56.0 mm) for reader 1 and 21.0 ± 8.3 mm (range, 7.0–55.0 mm) for reader 2 (p = 0.055). On the basis of the signal drop in OP MRI sequences, both readers identified five (6.8%) of the 74 lesions as being LPAs. When determined on the basis of the SII, that frequency was three (4.0%) for reader 1 and four (5.4%) for reader 2. On CT, 21 (30.8%) of the 68 lesions evaluated were classified as LPAs.
CONCLUSION: The prevalence of LPA was significantly lower on MRI than on CT. That prevalence tends to be even lower when the definition of LPA relies on a quantitative analysis rather than on a qualitative (visual) analysis.


 
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