Resumo:
Embora o envolvimento secundário do ligamento largo por tumores malignos abdominais e pélvicos seja comum, os tumores primários são raros. Os tumores do ligamento largo podem ser de natureza mesenquimal e mista, como o leiomioma, que é a neoplasia mais comum; tumores epiteliais do tipo mülleriano, constituindo um desafio diferenciá-los de outras massas anexiais; tumores únicos de origem mesonéfrica; e lesões tumor-like. A maioria das neoplasias nessa região, seja benigna ou maligna, geralmente apresenta-se com sintomas clínicos vagos, sendo frequentemente apenas descobertos durante exame ginecológico de rotina. A suspeita de tal localização e o conhecimento do potencial de lesões dessa região podem permitir o planejamento de intervenções cirúrgicas minimamente invasivas. Para ser considerado tumor do ligamento largo, este não deve de forma alguma estar relacionado com o útero, o ovário ou a trompa e, portanto, a abordagem radiológica do diagnóstico diferencial inclui excluir uma origem ovariana, uterina ou tubária, reconhecendo-os separadamente e refutando os sinais radiológicos apontando para essas origens. Este ensaio iconográfico revisa alguns dos achados radiológicos que podem sugerir tal localização e apresenta alguns dos possíveis diagnósticos diferenciais, por meio de casos ilustrativos confirmados.
Abstract:
Although secondary involvement of the broad ligament by malignant tumors arising elsewhere in the abdomen and pelvis is common, primary tumors in this location are rare. Tumors of the broad ligament can be of mesenchymal and mixed nature, such as leiomyoma, the most common neoplasm; epithelial tumors of Müllerian type, imposing a challenge to differentiate them from other adnexal masses; unique tumors from mesonephric origin; and tumor-like lesions. Most neoplasms in this region, whether benign or malignant, usually present clinically with vague symptoms and are often discovered during a routine gynecological examination. Suspicion of such location and knowledge of the potential range of lesions of this region may allow for planning minimally invasive surgical interventions. To be considered tumor from the broad ligament, it should not be connected with either the uterus or the ovary. Thus, the imaging approach to establish the differential diagnosis includes excluding an ovarian, uterine, or tubal origin by recognizing these separately and by rebutting imaging clues pointing to these origins. This pictorial essay reviews some of the imaging findings that may suggest such location and presents some of the possible differential diagnoses by means of illustrative confirmed cases.
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