Resumo:
OBJETIVO: Avaliar, prospectivamente, os valores médios dos espaços isquiofemoral e quadrado femoral em pacientes com impacto isquiofemoral e em um grupo controle.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo prospectivo incluindo pacientes submetidos a ressonância magnética da articulação do quadril em um intervalo de três meses. Os pacientes com dor glútea profunda, com pelo menos um teste clínico positivo para impacto isquiofemoral e alterações de sinal no músculo quadrado femoral na ressonância magnética, foram diagnosticados com impacto isquiofemoral.
RESULTADOS: A amostra final consistiu de 50 pacientes submetidos a ressonância magnética unilateral da articulação do quadril. A idade média foi 47,3 ± 14,0 anos (intervalo de 22 a 76 anos) e 33 (66%) eram mulheres. O diagnóstico de impacto isquiofemoral foi observado em 6 (12%) pacientes, todas mulheres. Os pacientes com impacto isquiofemoral mostraram redução significativa nos espaços isquiofemoral e quadrado femoral quando comparados ao grupo controle: 11,1 ± 2,7 mm versus 27,5 ± 6,5 mm e 5,3 ± 1,8 mm versus 18,8 ± 4,8 mm, respectivamente (p < 0,001 para ambos os grupos).
CONCLUSÃO: Os pacientes com diagnóstico de impacto isquiofemoral apresentaram redução significativa dos espaços isquiofemoral e quadrado femoral após análise prospectiva baseada em testes clínicos específicos e ressonância magnética.
Abstract:
OBJECTIVE: To determine the size of the ischiofemoral space (IFS) and quadratus femoris space (QFS) in patients with and without ischiofemoral impingement (IFI).
MATERIALS AND METHODS: Case-control study including consecutive patients submitted to magnetic resonance imaging (MRI) of the hip joint during a three-month period. Patients with deep gluteal pain who tested positive for IFI on at least one clinical test and showed signal changes in the quadratus femoris muscle on MRI were categorized as having a confirmed diagnosis of IFI.
RESULTS: Final sample comprised 50 patients submitted to unilateral MRI of the hip joint. The mean age was 47.3 ± 14.0 years (range, 22–76 years), and 33 (66%) of the patients were women. A diagnosis of IFI was made in 6 patients (12%), all of whom were female. On average, IFS and QFS were significantly smaller in IFI group than in control group (11.1 ± 2.7 mm versus 27.5 ± 6.5 mm and 5.3 ± 1.8 mm versus 18.8 ± 4.8 mm, respectively; p < 0.001 for both).
CONCLUSION: Results of specific clinical tests and MRI findings indicate that the IFS and QFS are significantly reduced in patients with IFI.
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