Resumo:
OBJETIVO: Avaliar se o PET/CT interim com fluoreto-18F após a terceira dose da terapia com dicloreto de rádio-223 (223Ra) é capaz de identificar pacientes que não responderão ao tratamento.
MATERIAIS E MÉTODOS: Revisamos, retrospectivamente, 34 pacientes com diagnóstico histológico de câncer de próstata refratários a hormonioterapia e com metástases ósseas que foram submetidos a 223Ra. Todos os pacientes foram submetidos a PET/CT com fluoreto-18F antes de iniciar o tratamento (basal) e imediatamente antes da quarta dose de 223Ra (interim). A carga tumoral esquelética (TLF10) foi calculada em ambos os exames da PET/CT com fluoreto-18F de cada paciente e foi determinada a alteração percentual na TLF10 entre eles (%TFL10 = TLF10 interim – TLF10 basal / TLF10 basal). Foram avaliados a sobrevida global, a sobrevida livre de progressão e o tempo para um evento ósseo.
RESULTADOS: A idade média dos pacientes foi 72,4 ± 10,2 anos (variação: 43,3–88,8 anos). A %TLF10 não foi capaz de predizer a sobrevida global (p = 0,6320; HR = 0,753; intervalo de confiança [IC] 95%: 0,236–2,101), a sobrevida livre de progressão (p = 0,5908; HR = 1,248; IC 95%: 0,557–2,797) nem o tempo para um evento ósseo (p = 0,5114; HR = 1,588; IC 95%: 0,399–6,312).
CONCLUSÃO: A carga tumoral esquelética da PET/CT com fluoreto-18F realizada após três doses de 223Ra não é capaz de predizer sobrevida global, sobrevida livre de progressão ou tempo até um evento ósseo, e não deve ser realizada para monitorar a resposta ao tratamento desses pacientes, nesse momento.
Abstract:
OBJECTIVE: To determine whether an interim 18F-fluoride positron-emission tomography/computed tomography (PET/CT) study performed after the third cycle of radium-223 dichloride (223RaCl2) therapy is able to identify patients that will not respond to treatment.
MATERIALS AND METHODS: We retrospectively reviewed 34 histologically confirmed cases of hormone-refractory prostate cancer with bone metastasis in patients submitted to 223RaCl2 therapy. All of the patients underwent baseline and interim 18F-fluoride PET/CT studies. The interim study was performed immediately prior to the fourth cycle of 223RaCl2. The skeletal tumor burden—expressed as the total lesion fluoride uptake above a maximum standardized uptake value of 10 (TLF10)—was calculated for the baseline and the interim studies. The percent change in TLF10 between the baseline and interim studies (%TFL10) was calculated as follows: %TFL10 = interim TLF10 − baseline TLF10 / baseline TLF10. End points were overall survival, progression-free survival, and skeletal-related events.
RESULTS: The mean age of the patients was 72.4 ± 10.2 years (range, 43.3–88.8 years). The %TLF10 was not able to predict overall survival (p = 0.6320; hazard ratio [HR] = 0.753; 95% confidence interval [CI]: 0.236–2.401), progression-free survival (p = 0.5908; HR = 1.248; 95% CI: 0.557–2.797) nor time to a bone event (p = 0.5114; HR = 1.588; 95% CI: 0.399–6.312).
CONCLUSION: The skeletal tumor burden on an interim 18F-fluoride PET/CT, performed after three cycles of 223RaCl2, is not able to predict overall survival, progression-free survival, or time to bone event, and should not be performed to monitor response at this time.
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