Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 50 nº 2 - Mar. / Abr.  of 2017

ARTIGOS ORIGINAIS
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Page(s) 90 to 96



Necessidade da fase inspiratória na avaliação de tomografia computadorizada de alta resolução de pacientes pediátricos com bronquiolite obliterante após transplante alogênico de medula óssea: diminuição da exposição à radiação do paciente

Autho(rs): Paulo Henrique Togni Filho1; João Luiz Marin Casagrande2; Henrique Manoel Lederman3

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Texto em Português English Text

Descritores: Bronquiolite obliterante; Redução de dose de radiação; Transplante de medula óssea; Tomografia computadorizada.

Keywords: Bronchiolitis obliterans; Radiation dosage; Bone marrow transplantation; Tomography, X-ray computed.

Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a necessidade da fase inspiratória na tomografia computadorizada de alta resolução (TCAR) do tórax no diagnóstico de bronquiolite obliterante pós-transplante de medula óssea.
MATERIAIS E MÉTODOS: Estudo retrospectivo, observacional, transversal. Foram selecionados pacientes que realizaram transplante de medula óssea e TCAR do tórax, com idades entre 3 meses e 20,7 anos, de ambos os sexos, durante 12 anos e 9 meses (de 1º de março de 2002 a 12 de dezembro de 2014). Todos os exames foram realizados com qualidade técnica adequada para análise pelos radiologistas. As imagens foram analisadas em consenso por um radiologista com grande experiência em radiologia pediátrica e um radiologista em treinamento, avaliando aspectos específicos das imagens como aprisionamento aéreo, bronquiectasia, opacidade, nódulos inespecíficos e atelectasia, com critérios objetivos.
RESULTADOS: Foram avaliados 222 exames (média de 5,4 ± 4,5 exames por paciente). A fase expiratória demonstrou os mesmos achados que as duas fases em conjunto, exceto por um único nódulo identificado somente na fase inspiratória. A fase expiratória identificou um número estatisticamente superior de aprisionamento aéreo em relação à fase inspiratória e um número maior de atelectasia, porém sem diferença significativa.
CONCLUSÃO: A fase inspiratória pode ser excluída do protocolo para avaliação de crianças pós-transplante de medula óssea com suspeita de bronquiolite obliterante, reduzindo, assim, pela metade a quantidade de radiação à qual essas crianças são expostas.

Abstract:
OBJECTIVE: To evaluate the utility of the inspiratory phase in high-resolution computed tomography (HRCT) of the chest for the diagnosis of post-bone marrow transplantation bronchiolitis obliterans.
MATERIALS AND METHODS: This was a retrospective, observational, cross-sectional study. We selected patients of either gender who underwent bone marrow transplantation and chest HRCT between March 1, 2002 and December 12, 2014. Ages ranged from 3 months to 20.7 years. We included all examinations in which the HRCT was performed appropriately. The examinations were read by two radiologists, one with extensive experience in pediatric radiology and another in the third year of residency, who determined the presence or absence of the following imaging features: air trapping, bronchiectasis, alveolar opacities, nodules, and atelectasis.
RESULTS: A total of 222 examinations were evaluated (mean, 5.4 ± 4.5 examinations per patient). The expiratory phase findings were comparable to those obtained in the inspiratory phase, except in one patient, in whom a small uncharacteristic nodule was identified only in the inspiratory phase. Air trapping was identified in a larger number of scans in the expiratory phase than in the inspiratory phase, as was atelectasis, although the difference was statistically significant only for air trapping.
CONCLUSION: In children being evaluated for post-bone marrow transplantation bronchiolitis obliterans, the inspiratory phase can be excluded from the chest HRCT protocol, thus reducing by half the radiation exposure in this population.


 
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