Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 49 nº 3 - Maio / Jun.  of 2016

ARTIGOS ORIGINAIS
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Page(s) 170 to 175



Irradiação incidental da cadeia mamária interna no câncer de mama: comparação entre a técnica convencional (bidimensional) e a técnica tridimensional

Autho(rs): Elton Trigo Teixeira Leite1; Rafael Tsuneki Ugino2; Marco Antônio Santana3; Denis Vasconcelos Ferreira3; Maurício Russo Lopes2; Edilson Lopes Pelosi2; João Luis Fernandes da Silva2; Heloisa de Andrade Carvalho4

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Texto em Português English Text

Descritores: Linfonodos/efeitos de radiação; Irradiação linfática; Neoplasias da mama; Radioterapia.

Keywords: Lymph nodes/radiation effects; Lymphatic irradiation; Breast neoplasms; Radiotherapy.

Resumo:
OBJETIVO: Avaliar a irradiação incidental dos linfonodos da cadeia mamária interna (LCMIs) com campos tangenciais opostos por meio de radioterapia bidimensional (2D) convencional ou tridimensional (3D) e comparar as duas técnicas quanto aos resultados obtidos.
MATERIAIS E MÉTODOS: Trata-se de um estudo retrospectivo com 80 pacientes com câncer de mama sem indicação de radioterapia dos LCMIs: 40 foram submetidos a radioterapia 2D com tomografia computadorizada para controle dosimétrico e 40 foram submetidos a radioterapia 3D. A dose total prescrita foi 50,0 Gy ou 50,4 Gy (2,0 ou 1,8 Gy/dia, respectivamente). Os planos de tratamento foram analisados e os LCMIs foram definidos conforme as recomendações do Radiation Therapy Oncology Group. No tocante aos LCMIs, foram analisadas a proporção do volume que recebeu 45 Gy, a proporção do volume que recebeu 25 Gy, a dose para 95% do volume, a dose para 50% do volume, a dose média, a dose mínima (Dmín) e a dose máxima (Dmáx).
RESULTADOS: Tratamentos do lado esquerdo predominaram na coorte 3D. Não houve diferenças entre as coortes 2D e 3D quanto ao estágio do tumor, ao tipo de cirurgia (mastectomia, cirurgia conservadora ou mastectomia com reconstrução imediata) ou à média do volume delineado dos LCMIs (6,8 vs. 5,9 mL; p = 0,411). À exceção da Dmín, todos os parâmetros dosimétricos apresentaram médias maiores na coorte 3D (p < 0,05). A mediana da Dmáx na coorte 3D foi 50,34 Gy. No entanto, a dose média nos LCMIs foi 7,93 Gy na coorte 2D e 20,64 Gy na coorte 3D.
CONCLUSÃO: Nenhuma das duas técnicas emitiu doses suficientes aos LCMIs para que se alcançasse o controle subclínico da doença. No entanto, todos os parâmetros dosimétricos foram significativamente maiores com a técnica 3D.

Abstract:
OBJECTIVE: To evaluate incidental irradiation of the internal mammary lymph nodes (IMLNs) through opposed tangential fields with conventional two-dimensional (2D) or three-dimensional (3D) radiotherapy techniques and to compare the results between the two techniques.
MATERIALS AND METHODS: This was a retrospective study of 80 breast cancer patients in whom radiotherapy of the IMLNs was not indicated: 40 underwent 2D radiotherapy with computed tomography for dosimetric control, and 40 underwent 3D radiotherapy. The total prescribed dose was 50.0 Gy or 50.4 Gy (2.0 or 1.8 Gy/day, respectively). We reviewed all plans and defined the IMLNs following the Radiation Therapy Oncology Group recommendations. For the IMLNs, we analyzed the proportion of the volume that received 45 Gy, the proportion of the volume that received 25 Gy, the dose to 95% of the volume, the dose to 50% of the volume, the mean dose, the minimum dose (Dmin), and the maximum dose (Dmax).
RESULTS: Left-sided treatments predominated in the 3D cohort. There were no differences between the 2D and 3D cohorts regarding tumor stage, type of surgery (mastectomy, breast-conserving surgery, or mastectomy with immediate reconstruction), or mean delineated IMLN volume (6.8 vs. 5.9 mL; p = 0.411). Except for the Dmin, all dosimetric parameters presented higher mean values in the 3D cohort (p < 0.05). The median Dmax in the 3D cohort was 50.34 Gy. However, the mean dose to the IMLNs was 7.93 Gy in the 2D cohort, compared with 20.64 Gy in the 3D cohort.
CONCLUSION: Neither technique delivered enough doses to the IMLNs to achieve subclinical disease control. However, all of the dosimetric parameters were significantly higher for the 3D technique.


 
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