ARTIGO ORIGINAL
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Autho(rs): Murilo Fernando Neuppmann Feres1; Juliana Sato Hermann2; Ana Carolina Sallum3; Shirley Shizue Nagata Pignatari4 |
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Descritores: Tonsila faríngea; Respiração bucal; Radiografia; Diagnóstico. |
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Resumo: INTRODUÇÃO
A avaliação radiográfica da tonsila faríngea tem sido amplamente discutida ao longo dos anos(1-17). Contudo, as opiniões sobre a utilidade da radiografia do cavum faríngeo ainda variam. Tal incerteza pode estar relacionada à falta de estudos amplos que investiguem simultaneamente um número considerável de parâmetros radiográficos(18,19). Discrepâncias entre amostras, assim como métodos diferentes, se não questionáveis, constituem outras razões para que tal questão continue sob dúvida no meio científico(18,19). Até o presente momento, a maioria dos estudos destinados a investigar a utilidade da radiografia de cavum faríngeo tem demonstrado diversas limitações metodológicas, já que os parâmetros radiográficos são comparados com exames de referência questionáveis(1,2,8) e analisam um espectro inadequado da "doença"(3,5,7,11,12-14,16). Embora a avaliação clínica seja obrigatória em casos de obstrução nasal e a videonasofaringoscopia (VNF) tenha provado ser absolutamente eficiente para identificar sua etiologia(20), a utilidade da radiografia lateral do cavum faríngeo ainda merece investigação. Considerando que este é o exame otorrinolaringológico complementar mais solicitado no sistema público de saúde brasileiro(21), justifica-se a submissão deste tópico a uma análise mais ampla. O objetivo do presente estudo é avaliar a hipertrofia da tonsila faríngea e obstrução nasofaríngea, correlacionando múltiplas medidas radiográficas com os resultados de VNF, aqui considerada como padrão ouro. Além disso, destinase a apresentar um método de avaliação alternativo e potencialmente útil. MATERIAIS E MÉTODOS A presente pesquisa é um estudo transversal metodológico e foi aprovada pela Comissão de Ética em Pesquisa da instituição (protocolo 0181/08). Com o objetivo de formar a amostra, 170 crianças atendidas em um centro público de referência em otorrinolaringologia pediátrica, na faixa etária entre 4 e 14 anos, foram selecionadas para participar do estudo, entretanto, 43 não participaram por recusa dos pais ou responsáveis. Assim, 127 crianças compuseram a amostra da pesquisa, após detalhada descrição dos procedimentos e explicação apropriada sobre os objetivos, riscos, desconfortos e benefícios do estudo. Termo de consentimento livre e esclarecido foi assinado pelos pais ou responsáveis por todas as crianças participantes. De acordo com os critérios de inclusão, os pacientes deviam relatar suas queixas sobre obstrução nasal ou respiração bucal suspeitas de serem causadas por hipertrofia da adenoide. Crianças portadoras de síndromes congênitas ou malformações de cabeça e pescoço foram excluídas do estudo, assim como aquelas com infecção aguda das vias respiratórias ou com história anterior de adenoidectomia. Inicialmente, todas as crianças passaram por radiografia de cavum (Instrumentarium Ortopantomographic OP100; General Electric Healthcare, Tuusula, Finlândia), que foi realizada por um único especialista em radiologia. A distância foco-filme foi 140 cm, e os ajustes de exposição aos raios X foram 70 kV, 12 mA, por 0,40 a 0,64 segundo. Durante o procedimento, os pacientes ficavam em pé e eram instruídos a respirar exclusivamente pelo nariz, mantendo seus lábios levemente fechados. O feixe central de raios X era direcionado para a área anatômica nasofaríngea. Imagens mostrando elevação do palato mole ou rotação significativa da cabeça foram descartadas. Radiografias laterais (Kodak; Rochester, EUA) receberam códigos numéricos e traçadas à mão por um dos investigadores que não estavam informados sobre a identificação dos pacientes, assim como sobre seus quadros clínicos. Diversas medidas radiográficas foram feitas pelo mencionado investigador (Tabela 1, Figura 1). Traços foram feitos nos filmes de acetato colocados sobre um negatoscópio (3Munitek; Campinas, Brasil). Medidas lineares foram feitas com um paquímetro digital (Starrett, 799A-8/200; Itu, Brasil). Figura 1. Ilustração dos parâmetros radiográficos quantitativos. NpT, tonsila faríngea; Np, nasofaringe. B: A, adenoide; N, espaço nasofaríngeo. C: AA, antroadenoide; PA, passagem da via aérea. D: AC, coluna aérea; SP, palato mole. No mesmo dia, a amostra selecionada foi submetida a VNF, realizada por otorrinolaringologistas experientes, com um nasofaringoscópio de fibra ótica flexível (Olympus, ENFP4, 3,4 mm; Melville, EUA), com fonte de luz halógena de 250 watts, com aplicação de anestesia tópica (lidocaína a 2%) em ambas as narinas. A qualquer sinal de desconforto, o procedimento era interrompido. Todos os exames foram gravados e em seguida editados de forma a se preservar a identificação dos pacientes. As gravações de VNF editadas receberam códigos numéricos e a seguir foram entregues em mãos a um outro investigador - um experiente otorrinolaringologista, diferente dos demais envolvidos na seleção da amostra do estudo, na realização da VNF, na gravação e na edição dos exames. O mencionado investigador também não estava informado sobre os resultados dos exames radiográficos, assim como sobre os sintomas respiratórios e as queixas dos pacientes. Para avaliar as gravações de VNF, o investigador utilizou um método de avaliação destinado a quantificar o grau de obstrução causado pelo tecido adenóideo, ou seja, a "obstrução coanal mensurada" (OCM) que já tinha provado ser satisfatoriamente reproduzível(26). O investigador foi instruído a escolher a imagem que proporcionasse a melhor visão da adenoide em relação à coana, obtido a partir da porção mais distal da concha nasal. Nesta ocasião, o paciente devia respirar exclusivamente pelo nariz, sem nenhum sinal de elevação do palato mole. A imagem selecionada era, então, convertida em um arquivo digital (formato JPEG) e a OCM era finalmente calculada com a ajuda de um programa de processamento das imagens, o Image J(27), como a porcentagem de área coanal ocupada pelo tecido adenóideo (Figura 2). Nos casos em que imagens de ambas as narinas estavam disponíveis, a média entre os lados direito e esquerdo era calculada a fim de se minimizar variações ocasionais, de acordo com as recomendações de Feres et al.(26). Figura 2. Obstrução coanal medida. Ad, área adenóidea; Cho, área coanal. Análise dos dados Inicialmente, a amostra foi descrita segundo dados demográficos, queixas respiratórias e variáveis da pesquisa. Em seguida, realizou-se análise de correlação de Pearson (r) entre as variáveis radiográficas (TF A/N, AA, PA, CA, CA/PM e OVA) e a OCM. A correlação foi considerada "irrelevante" (0 < r < 0,25), "fraca" (0,25 < r < 0,50), "moderada" (0,50 < r < 0,75) ou "forte" (0,75 < r < 1,00)(28). Com o objetivo de se criar um parâmetro alternativo de avaliação radiográfica, realizou-se análise de regressão linear em que todos os parâmetros radiográficos quantitativos foram considerados como variáveis independentes e a OCM, como variável dependente. A avaliação dos modelos consecutivos foi feita, entre outros critérios, com base na determinação do coeficiente ajustado (R2), que varia entre 0,00 e 1,00, indicando a precisão com que a OCM poderia ser prevista com base na variação dos parâmetros quantitativos radiográficos. Além disso, as diferenças médias entre o valor real da OCM e a porcentagem de obstrução coanal obtida da resolução de cada modelo foram também calculadas. O nível de significância para fins de análise estatística foi 5% (α < 0,05). Todos os cálculos e análises foram feitos com o auxílio do software SPSS 13.0. RESULTADOS Sete dos 127 pacientes iniciais foram excluídos devido a imperfeição da radiografia de cavum ou qualidade da VNF. O exame de VNF bilateral não foi realizado em 32 dos 120 pacientes (26,66%), que tiveram os valores de OCM calculados com base na avaliação de uma única narina. A amostra final foi composta de 120 indivíduos (meninas: 59 / 49,16%; meninos: 61 / 50,83%), média de idades de 9,45 anos (desvio-padrão: 2,45; mínima: 4,08; máxima: 14,33). Respiração nasal foi relatada por poucos indivíduos (7 / 5,83%) e respiração exclusivamente bucal foi relatada por 56 indivíduos (46,66%). Entretanto, a maioria dos indivíduos relatou respiração mista (bucal/nasal) (57 / 47,50%). A maior parte da amostra (99 / 82,50%) foi composta de indivíduos com queixa de obstrução nasal, a maioria dos quais descrevia a obstrução como sendo bilateral (63/99) e irregular (69/99). Segundo relatos, 107 (89,16%) crianças apresentavam ronco com frequência e 61 crianças (50.83%) apresentavam interrupção da respiração durante o sono. A Tabela 2 mostra a descrição da OCM, assim como uma análise descritiva dos parâmetros radiográficos. Segundo a avaliação pela VNF, os indivíduos apresentavam aproximadamente dois terços de obstrução adenóidea. De acordo com a análise de correlação, todos os parâmetros quantitativos apresentaram correlação significante com a OCM, variando de "fraca" (CA/PM) a "moderada" (TF, A/N, AA, PA, CA e OVA) (Tabela 3). A análise de regressão linear foi realizada a fim de se gerar modelos matemáticos, com a inclusão de diferentes parâmetros radiográficos quantitativos diversamente combinados entre si. Entretanto, apenas dois modelos (modelo nº 1: 110.119*A/N, e modelo nº 2: 117,367*A/N - 0,557*PA) apresentaram desempenho significante (R2 = 0,970 e R2 = 0,971, respectivamente). O cálculo de modelo nº 1 "previu" o valor de OCM com um erro médio de 9,51% (desvio-padrão: 7,50%; mínimo: 0,14%; máximo: 40,20%). O modelo nº 2 apresentou diferença média de 9,61% (desvio-padrão: 7,20%; mínimo: 0,12%; máximo: 33,08%) entre sua resolução e o valor de OCM. DISCUSSÃO Embora tenha sido investigada por muitos estudos(1-17), a utilidade da radiografia de cavum na avaliação da hipertrofia de tonsila faríngea e obstrução nasofaríngea ainda não foi determinada com precisão. Dois fatores principais podem ter contribuído para a persistência dessa discussão no meio científico: a diversidade metodológica e a presença de diversas falhas na maioria dos projetos e métodos de estudo(18,19). O presente estudo, baseado em literatura relevante(12,20,29), entretanto, elegeu a VNF como padrão ouro, e os critérios de inclusão criaram necessariamente uma amostra característica representando a população, ou seja, indivíduos com suspeita de hipertrofia de tonsila faríngea para os quais geralmente se solicitam exames complementares como radiografia de cavum. Ademais, este estudo investigou um número significante de parâmetros radiográficos(1,2,4,12,14,22-25) e cumpriu outras exigências metodológicas essenciais(30), por exemplo, a condição de os investigadores não estarem informados sobre os sintomas e queixas dos pacientes, assim como sobre os resultados dos outros exames, uma ampla descrição dos exames, e o momento durante o estudo em que estes foram realizados. Consequentemente, tais características asseguraram a confiabilidade científica dos achados do presente estudo. A maioria dos parâmetros quantitativos demonstrou correlação apenas moderada com a OCM (TF, A/N, AA, PA, CA, OVA). Tais resultados são similares aos relatados na literatura(3,5,7,12,17) e validam os esforços científicos para se criar um instrumento de avaliação alternativo capaz de estimar a porcentagem de obstrução adenóidea (OCM) com a maior precisão possível. Para isto, uma análise de regressão linear foi realizada para criar modelos. A despeito das muitas tentativas e combinações, apenas dois modelos apresentaram desempenhos dignos de nota (modelo nº1 e modelo nº 2), e constatou-se que o modelo nº 1 (110.119*A/N) foi ligeiramente superior, demonstrando a capacidade de estimar o valor real da OCM com confiabilidade razoável. Por meio de tal cálculo, foi possível "predizer" o valor da OCM com um mínimo de imprecisão (aproximadamente 10%). Além disso, o modelo nº 1(110.119*A/N) é mais prático do que o modelo nº 2 (117,367*A/N - 0,557*PA), já que seu cálculo se baseia em uma única variável (A/N). Os autores do presente estudo acreditam que tal instrumento pode tornar-se uma relevante ferramenta de avaliação alternativa, nos casos em que a VNP não estiver disponível. Inferências à parte, estudos adicionais são necessários para se confirmar a eficiência desse método (110.119*A/N), isto é, para predizer a porcentagem de obstrução coanal. Além disso, estudos longitudinais também deveriam incluir amostras maiores com diferentes médias de idades para verificar se os parâmetros sugeridos pelo presente estudo também podem distinguir quais pacientes poderiam se beneficiar de abordagens terapêuticas específicas tais como a adenoidectomia. E, finalmente, os autores ainda encorajam futuros estudos destinados a adaptar o modelo nº 1 (110.119*A/N) como uma ferramenta de avaliação digital. A existência de um método computadorizado confiável de avaliação pode permitir a padronização e a universalização da avaliação radiográfica da tonsila faríngea. CONCLUSÃO Com base nas análises realizadas neste estudo, os autores concluem que os parâmetros quantitativos atuais de avaliação radiográfica da tonsila faríngea apresentaram limitações significantes, tais como correlação moderada com o exame videonasofaringoscópico. Por outro lado, o modelo nº 1 (110.119*A/N) mostrou ser uma ferramenta de avaliação alternativa segura para se estimar a gravidade da obstrução adenóidea nos cases em que a VNF não está disponível. Agradecimentos O presente estudo recebeu o apoio financeiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), sob nº 08/53538-0. REFERÊNCIAS 1. Crepeau J, Patriquin HB, Poliquin JF, et al. Radiographic evaluation of the symptom-producing adenoid. Otolaryngol Head Neck Surg. 1982;90:548-54. 2. Elwany S. The adenoidal-nasopharyngeal ratio (AN ratio). Its validity in selecting children for adenoidectomy. J Laryngol Otol. 1987;101:569-73. 3. Wormald PJ, Prescott CA. Adenoids: comparison of radiological assessment methods with clinical and endoscopic findings. J Laryngol Otol. 1992;106:342-4. 4. Wang DY, Bernheim N, Kaufman L, et al. Assessment of adenoid size in children by fibreoptic examination. Clin Otolaryngol Allied Sci. 1997;22:172-7. 5. Chami FAI. 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Doutora, Professora da Disciplina de Otorrinolaringologia Pediátrica do Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil Endereço para correspondência: Dr. Murilo Fernando Neuppmann Feres Rua Afonso Celso, 982, ap. 12, Vila Mariana São Paulo, SP, Brasil, 04119-060 E-mail: mn-feres@uol.com.br Recebido para publicação em 2/7/2013. Aceito, após revisão, em 17/10/2013. Trabalho realizado no Departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Escola Paulista de Medicina - Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp), São Paulo, SP, Brasil. |