Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 45 nº 2 - Mar. / Abr.  of 2012

EDITORIAL
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A revista Radiologia Brasileira. Novas possibilidades de crescimento frente às modificações dos critérios da Capes

Autho(rs): Antonio Carlos Pires Carvalho

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Há alguns anos enviei um texto de opinião à revista Radiologia Brasileira (RB), no qual comentava a importância da revista e das citações de seus artigos(1). Comentei a inclusão da revista na SciELO, fruto de anos de trabalho e de muita dedicação dos editores. Falei sobre a importância de transformarmos a revista numa das mais citadas da SciELO, ganhando peso e impacto nacional elevados. Outros editoriais têm sido escritos, comentando a importância e as dificuldades da indexação internacional(2) e da pesquisa no Brasil. Por mais ênfase que seja dada em editoriais às pesquisas multi-institucionais( 3) e às atividades de pesquisa entre os médicos residentes(4), que poderiam gerar potenciais trabalhos para o desenvolvimento de mestrados e doutorados, poucos médicos se dedicam a publicar seus artigos e sua experiência.

Naquele texto comentei a intenção de indexação na revista nos bancos internacionais PubMed e JCR-ISI, que seriam grandes favorecedores do crescimento dos três programas nacionais de pós-graduação que temos na área da Radiologia. Naquele ano eram apenas 21 revistas brasileiras no JCR; hoje já são 89 e outras estão sendo indexadas, pois já podem ser consultadas no Web of Science, "irmão" que gera os dados para o fator de impacto do JCR. Como comparação, os EUA têm 2.724 periódicos nele indexados.

Porém, reparei que pouca coisa mudou nos anos que passaram. Poucos artigos são enviados e poucas referências nossas são citadas, mesmo havendo a facilidade da SciELO da pesquisa online para encontrar artigos relativos ao tema.

Mais recentemente, a RB foi inserida no Scopus, base de indexação da Elsevier, com mais de 18.000 periódicos indexados e que tem na sua estrutura o Scimago, gerador de índices de influência das revistas nele indexadas. Em especial o cites per doc, que agora em 2012 passa a ser considerado pela Capes com peso de fator de impacto.

Com a mudança deste ano, a Capes investiu em mudanças na qualificação das revistas nacionais, gerando algumas alterações no Qualis que avalia as publicações para os Programas de Pós-graduação. Diversas obtiveram melhor pontuação, sendo a RB uma delas, que agora está classificada como B3 no grupo da Medicina II, onde estão os programas de mestrado e de doutorado em Radiologia. Esse deve ser, tem que ser, mais um fator encorajador para que nossos colegas publiquem seus artigos na nossa revista e citem nossos artigos. É importante dar ênfase aos nossos artigos nas referências. E lembrarem, quando publicam em periódicos internacionais, da importância estratégica das citações da RB.

Com esse novo critério adotado pela Capes, fruto de muitas queixas dos editores de revistas nacionais, com repetidos e insistentes editoriais(5,6) publicados em quase todas as revistas científicas brasileiras, abre-se a possibilidade de as revistas nacionais crescerem em importância, gerando citações e atraindo trabalhos de nível. A RB tem recebido e publicado artigos oriundos de importantes grupos do exterior (EUA(7,8), Canadá( 9), Inglaterra(10)), com a participação de autores conhecidos internacionalmente. Precisamos investir nosso saber, nossos artigos, nossas referências, nela.

Portanto, respondendo ao editorial(2) de março/abril de 2011, sim, temos como colaborar. Autores brasileiros, radiologistas brasileiros, pesquisadores e publicadores brasileiros, citemo-nos. Não custará tanto tempo checar a RB e referir artigos correlatos ao tema; seus últimos dez anos estão integralmente disponíveis online, na SciELO. Lembro que os últimos cinco anos têm peso no Scimago. Vamos juntar forças e fazer da RB uma das mais importantes, uma das mais citadas revistas médicas da SciELO e do Scopus. Insisto que isto só depende de nós.


REFERÊNCIAS

1. Carvalho ACP. Carta ao Editor. Radiol Bras. 2006;39(5):ix–x.

2. Marchiori E. A difícil indexação da Radiologia Brasileira. Temos como colaborar? [editorial]. Radiol Bras. 2011;44(2):v.

3. Marchiori E. Pesquisas multi-institucionais [editorial). Radiol Bras. 2012;45(1):v.

4. Marchiori E. Atividades de pesquisa em residência médica [editorial]. Radiol Bras. 2011;44(5):v.

5. Mudança dos critérios QUALIS! [editorial]. Radiol Bras. 2010;43(3):v–vi.

6. Classificação dos periódicos no sistema QUALIS da CAPES – a mudança dos critérios é URGENTE! [editorial]. Radiol Bras. 2010;43(1):v–vii.

7. Godoy MCB, Naidich DP. Editorial commentary in Radiologia Brasileira: Multidetector-row computed tomography angiography for the diagnosis of anomalous pulmonary venous drainage: an initial experiment [editorial]. Radiol Bras. 2010;43(6):v–vi.

8. Burke LMB, Vachiranubhap B, Tannaphai P, et al. Contrast enhancement of liver lesions in cirrhotic patients: a single institution crossover comparative study of two MR contrast agents. Preliminary results. Radiol Bras. 2011;44:147–50.

9. Gonçalves FG, Ovalle JP, Grieb DFJ, et al. Diffusion in the head and neck: an assessment beyond the anatomy. Radiol Bras. 2011;44:308–14.

10. Mohan K, McShane J, Page R, et al. Impact of 18F-FDG PET scan on the prevalence of benign thoracic lesions at surgical resection. Radiol Bras. 2011;44:279–82.










Professor Associado do Departamento de Radiologia, Coordenador Adjunto do Programa de Pósgraduação em Medicina (Radiologia) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil. E-mail: acpcrj@hucff.ufrj.br.
 
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