Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 42(Supl.1) nº 0 -  of 2009

PAINÉIS ELETRÔNICOS
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Page(s) 105 to 106



Radioproteção

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P-350 – Proposta de controle metrológico legal de dosímetros para obtenção de confiabilidade metrológica.

Flavia Mello1; Rodrigo Ozanan2; Arnaldo Lassance1; Raquel Mello3.

1. Subsecretaria de Vigilância Sanitária da Cidade do Rio de Janeiro;
2. Inmetro – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial;
3. Universidade Federal de Lavras.

Atualmente, no Brasil, a dosimetria individual externa em radiodiagnóstico médico é realizada por 11 empresas, públicas e privadas, que mensalmente realizam as leituras dos dosímetros, cujos resultados são repassados às empresas que as contrataram. De acordo com estimativa da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), cerca de 50.000 trabalhadores são monitorados no Brasil por estas empresas. Embora a legislação, através da Portaria Ministerial nº 453 de 02 de junho de 1998 e da Portaria CNEN nº 1 de 25 de agosto de 1995, preveja a obrigatoriedade da monitoração individual de trabalhadores ocupacionalmente expostos, não está descrito o controle metrológico deste tipo de equipamento. Por sua vez, a Vigilância Sanitária tem como um dos focos de atuação identificar possíveis eventos para doses elevadas ao avaliar a dose efetiva ou a dose equivalente nos tecidos expostos de trabalhadores, a fim de verificar se os requisitos regulatórios e gerenciais estão sendo obedecidos. Hoje, não é objeto da fiscalização sanitária se o equipamento oferece informações confiáveis ou não em função da qualidade do instrumento e tampouco há uma regulamentação rigorosa que torne obrigatório o repasse de informações sobre doses elevadas. O presente trabalho busca apresentar um modelo de controle metrológico legal para dosímetros no Brasil, como uma forma de melhorar a confiança nos resultados apresentados por estes instrumentos, assim como definir um modus operandi para um monitoramento e avaliação mais eficiente destes instrumentos por parte da Vigilância Sanitária. O trabalho consiste em um estudo comparativo entre o modelo atualmente adotado no Brasil e um modelo proposto pela European Cooperation in Legal Metrology (WELMEC) e a Organização Internacional de Metrologia Legal (OIML).




P-351 – Efeitos biológicos tardios das radiações ionizantes: principais conceitos direcionados ao público em geral.

Lívia de Alencar1; Maria da Conceição Faustino1; Ana Paula Marchezoni de Barros1; André Luiz Vieira Abbenante Ferraz1; Renato Fernandes1; Jailton Coutinho dos Santos2; Vânia Maria Nunes1.

1. Faculdade Santa Marcelina;
2. Instituto de Infectologia Emílio Ribas.

Introdução: A importância das radiações ionizantes em medicina é decorrente da sua utilização em três amplos domínios da ciência médica: diagnóstico, terapêutica e pesquisa. O objetivo deste trabalho é descrever como ocorrem os efeitos biológicos das radiações e suas consequências, a fim de propiciar conhecimento teórico ao público em geral, enfatizando a importância da radioproteção com relação aos efeitos tardios ou decorrentes de baixas doses de radiação. Metodologia: Desenvolveu-se extensa pesquisa bibliográfica com o intuito de se levantarem elementos e indicadores capazes de caracterizar tais efeitos. Resultados: Os efeitos deletérios dos altos níveis de radiação para o homem já estão comprovados, porém ainda há muita discussão sobre os efeitos biológicos provocados pelos baixos níveis. A grande dificuldade na caracterização dos efeitos biológicos decorrentes de baixas doses é que, por motivos éticos, seres humanos não podem ser expostos à radiação com finalidade de pesquisa, recorrendo-se assim a análises de populações expostas a doses anormais de radiação, como os sobreviventes de Hiroshima e Nagasaki, cuja exposição aguda sofrida difere totalmente da exposição crônica a baixas doses, às quais a maioria das pessoas está exposta. Diante da dificuldade na quantificação dos efeitos biológicos decorrentes de baixas doses, do crescente aumento na solicitação de exames radiológicos e como medida de precaução, as instituições ligadas à proteção radiológica admitem que o modelo linear, apesar de extremamente conservador, deve ser aplicado tanto aos efeitos genéticos quanto aos somáticos tardios (ambos estocásticos). Conclusão: Concluímos que, em vista dessas possibilidades, os médicos que solicitam exames radiológicos com frequência devem ter em mente, para o bem das populações que se valem de seus cuidados, que irradiações indiscriminadas ou mal orientadas podem contribuir para o aumento da taxa de mutações e câncer.
 
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