Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 42(Supl.1) nº 0 -  of 2009

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Ultrassonografia GO

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O-025 – Mucocele do apêndice como diagnóstico diferencial de massas anexiais.

Juliana Azevedo; Marcia Martos Amâncio de Camargo; Sandra Regina Campos Teixeira; Maurício de Souza Arruda; Hélio Sebastião Amâncio de Camargo.

CDE Diagnóstico por Imagem.

Introdução: Mucocele do apêndice (MA) é uma entidade rara que pode ter inúmeras apresentações, variando desde os sintomas clássicos de apendicite aguda a um achado incidental em paciente assintomático. A prevalência da MA é de 0,2–0,4% das apendicectomias. Sua localização na fossa ilíaca direita a inclui como diagnóstico diferencial de massas de origem pélvica, incluindo hidrossalpinge e cistadenoma ovariano. Descrição do Material: Uma paciente de 28 anos foi encaminhada a ultrassonografia (US) pélvica de rotina. A avaliação por via abdominal não demonstrou alterações. Na ecografia endovaginal foi observada uma massa alongada, com aspecto lamelar (“casca de cebola”), na região paraovariana direita, junto aos vasos ilíacos. Não foram encontradas outras anormalidades. Como a paciente apresentava- se assintomática, foi solicitada ressonância magnética (RM) do abdome inferior, que revelou dilatação cística do apêndice, consistente com MA. As imagens da US e da RM são ilustrativas da localização e aspecto da lesão. Discussão: MA é um termo descritivo para a distensão do apêndice vermiforme por acúmulo anormal de muco, independente da patologia de base. São reconhecidas três causas principais: (1) hiperplasia focal ou difusa da mucosa com retenção de muco; (2) adenoma mucinoso do apêndice (tumor benigno); (3) adenocarcinoma do apêndice (tumor maligno). Enquanto as mucoceles por retenção costumam ser pequenas, as tumorais geralmente alcançam grande volume, com relatos na literatura de mucoceles maiores que 20cm. Nos casos tumorais, pode haver como complicação a disseminação para cavidade peritoneal ou pseudomixoma, de mau prognóstico (sobrevida inferior a 20% em 5 anos). Por este motivo, recomenda- se que mucoceles maiores que 2cm sejam manipuladas com cautela, evitando-se a contaminação da cavidade.
 
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