APRESENTAÇÕES ORAIS
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O-023 – Sonoelastografia: discussão da aplicação para estudo da próstata e tireoide (estudo incial).
Eduardo Fleury1; José Carlos Fleury2; Décio Roveda Junior1. 1. Santa Casa de São Paulo; 2. CTC Gênese. Introdução: A sonoelastografia é um método que permite estudo auxiliar de lesões em partes moles, e a sua aplicação em lesões mamárias já está estabelecida. No entanto, são raros os estudos que discutem sua aplicação em lesões de próstata e da tireoide, geralmente submetidas à biópsia percutânea. Este estudo tem por objetivo demonstrar os achados da sonoelastografia nestes órgãos e discutir sua aplicabilidade. Materiais e Métodos: Foram avaliadas, de forma prospectiva, 50 punções aspirativas por agulha fina (PAAFs) e 50 biópsias prostáticas transretais. Foram determinadas associações entre os achados histocitológicos com as apresentações pela sonoelastografia. Resultados: Das 50 PAAFs de tireoide, foram encontrados dois carcinomas papilíferos e um folicular, sendo o restante das lesões consideradas como benignas. Os carcinomas papilíferos se apresentaram como lesões rígidas à elastografia, enquanto as lesões benignas e o carcinoma folicular se apresentaram como lesões macias. Já na próstata, das 50 lesões, apenas 16 eram malignas e 10 tinham lesões focais ao ultrassom. Dos 16 carcinomas, apenas 2 tinham apresentação ultrassonográfica de nódulos, sendo os 2 considerados como rígidos à elastografia. Os outros 14 não eram bem definidos ao ultrassom. Todas as lesões císticas, benignas à histologia, tiveram apresentação macia à elastografia. Conclusão: A sonoelastografia pode ser utilizada como estudo complementar das lesões encontradas na próstata e na tireoide, e tem como principal papel orientar as lesões a serem biopsiadas segundo a rigidez ao exame. O-024 – Dilatação da via biliar intra-hepática por lesão expansiva no ducto hepático comum: diagnóstico ecográfico tridimensional com análise multiplanar e correlação com a tomografia computadorizada. Balduino Kalil Dib Filho; Rodrigo Pinheiro Soares Gomes; Adilson Cunha Ferreira; Francisco Antonio Grillo Junior; Marília Conti Arndt; Mírian Magda de Deus Vieira; Ricardo de Medeiros Quirino; Rodrigo Soares Perez; Tuizy de Freitas Guimarães; Renato Campos Soares de Faria. Instituto de Diagnóstico po Imagem – Santa Casa de Ribeirão Preto. Introdução: O colangiocarcinoma é um carcinoma de crescimento lento dos ductos biliares, quase uniformemente fatal e que ocorre em idosos. O colangiocarcinoma central desenvolve-se a partir de um ducto biliar central e rapidamente provoca obstrução das vias biliares, o que leva o paciente a procurar assistência médica ainda quando o tumor tem pequenas dimensões. Quando localizado na junção dos ductos hepáticos direito e esquerdo, o colangiocarcinoma central recebe a denominação de tumor de Klatskin. Os fatores predisponentes são a colangite esclerosante, hepatolitíase, trematódeos hepáticos, doença de Caroli, cisto de colédoco e, raramente, polipose colônica familiar. Ecograficamente, os colangiocarcinomas aparecem como ductos biliares dilatados que terminam abruptamente no nível do tumor. Uma massa tumorosa pode ou não ser vista para explicar a obstrução. Quando detectado o tumor propriamente dito, em geral possui margens indistintas e tem quase a mesma ecogenicidade do fígado. A identificação do colangiocarcinoma pela tomografia computadorizada e pela ressonância magnética é dependente das dimensões do tumor e da técnica radiológica adotada. É importante a aquisição de imagens contíguas de fina espessura na área em que se interrompe a dilatação das vias biliares. Discussão: Neste trabalho relata-se o caso de um paciente do sexo masculino, 83 anos de idade, com quadro de icterícia obstrutiva. Ao ultrassom (01/04/2009) não se identificou anormalidades. Realizou-se, então, tomografia computadorizada de abdome (07/04/2009), que evidenciou neoplasia maligna de ducto hepático esquerdo invadindo a junção dos ductos hepáticos, causando dilatação das vias biliares intra-hepáticas compatível com tumor de Klatskin (colangiocarcinoma intraductal). |