APRESENTAÇÕES ORAIS
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O-036 – Neoplasias pancreáticas na infância.
Michele Ceolin1; Isabel Cristina Schütz Ferreira1; Mariele Bevilaqua1; Henrique Pereira Abelin1; Rafael Correa Coelho1; Gustavo Junji Cinagava2; Carlos Jesus Pereira Haygert1; Juliane Lucca3; Thereza Christina Sampaio Lafayette4. 1. Universidade Federal de Santa Maria; 2. Hospital Mãe de Deus; 3. Hospital Nossa Senhora da Conceição; 4. Hospital Universitário de Santa Maria. Introdução: Neoplasias pancreáticas na infância são raras, sendo pancreatoblastoma (PB) o tipo mais frequente. Habitualmente o pâncreas apresenta-se com aumento de suas dimensões e ocasionalmente identificamos sinais de obstrução da via biliar. Entre os diagnósticos diferenciais temos o acometimento linfoproliferativo do pâncreas e tumor pseudopapilar sólido. Material: Três casos diferentes de acometimento neoplásico pancreático estimularam uma revisão deste assunto. Caso 1: Paciente de 2 anos, com dor e massa abdominais que à ecografia (ECO) apresentou aumento das dimensões pancreáticas e linfonodos celíacos e mesentéricos aumentados. Tomografia computadorizada (TC) confirmou aumento do pâncreas. Biópsia de medula diagnosticou leucemia mieloide aguda (LMA). Caso 2: Paciente de 10 anos, com quadro colestático, hepatomegalia, febre, perda ponderal e dor abdominal. ECO identificou fígado de aspecto multinodular, leve dilatação de veias biliares intra-hepáticas e aumento heterogêneo da cabeça pancreática. Na TC encontraram-se hepatomegalia, inúmeras áreas arredondadas hipodensas que não sofreram impregnação com contraste intravenoso, com até 2,9cm no lobo direito, área predominantemente hipodensa na topografia da cabeça pancreática e nódulos pulmonares sugestivos de metástases. Histologia e imuno-histoquímica compatíveis com PB. Caso 3: Paciente de 9 anos, com dor abdominal crônica, sem ganho de peso há um ano. ECO identificou lesão expansiva sólida hipoecogênica junto ao corpo do pâncreas, com 3,5×3,1×3,0cm, margens definidas e pouco vascularizadas ao Doppler. TC com lesão hipodensa, discreto realce pelo contraste. Anatomopatológico diagnosticou tumor pseudopapilar sólido. Discussão: LMA, um câncer hematológico, é caracterizada pela rápida expansão de precursores mieloides imaturos na medula óssea e sangue, com depleção da hematopoiese eficiente. PB, tumor maligno raro da infância, com origem embrionária, geralmente assintomático, pode apresentar- se com dor e massa abdominal, diarreia, hemorragia digestiva alta. Tumor pseudopapilar sólido ocorre principalmente em mulheres jovens. Os sintomas, geralmente súbitos, incluem dor e massa abdominal. A imagem reflete componentes sólidos e císticos. O-037 – Dor testicular aguda em crianças: avaliação ultrassonográfica. Jonas Dalabona; Fernando Steinhorst; Camila Coreixas; Gustavo Holz; Mariana Eltz; Silvio Morelli; João Schambeck; Mateus Broetto; Mariana Mizerkowski ; Matheo Baldisserotto. Hospital São Lucas – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. Introdução: A dor testicular aguda em crianças muitas vezes acompanha uma síndrome clínica referida como “escroto agudo”, caracterizada por dor testicular, edema e hiperemia local, sendo, a grande maioria das vezes, causada por orquiepididimite ou torção testicular. A diferenciação entre essas duas patologias, pela semelhança na apresentação, torna-se muito difícil apenas pelo exame físico devido sua baixa especificidade nesse contexto, principalmente tratando-se de pacientes pediátricos, quando a obtenção de uma anamnese adequada pode ser difícil. Os métodos de imagem desempenham papel fundamental na diferenciação dessas entidades, visto que o manejo muda conforme o diagnóstico. Além disso, o tempo decorrido entre o início dos sintomas e o começo do tratamento pode mudar completamente completamente os resultados terapêuticos, para ambas as patologias. Descrição do Material: Revisão da literatura e correlação iconográfica dos casos diagnosticados em nosso serviço. Discussão: Apenas o exame clínico não é suficiente para uma adequada avaliação da dor testicular aguda em crianças, tendo uma taxa de falso-positivos perto de 50% para torção testicular, uma patologia cirúrgica. A ultrassonografia torna- se o método de escolha para investigação e diferenciação diagnóstica nessa situação. Apesar de o uso do ultrassom apenas em escala de cinza poder ser normal em ambas as doenças, podendo não auxiliar na diferenciação entre as doenças testiculares, é bem descrito a alta sensibilidade e especificidade do uso do Doppler colorido e do power Doppler para esse fim. Por trata-se de um exame de emergência, de fácil acesso e decisivo na conduta terapêutica, todo ultrassonografista deve estar apto a utilizar o método. |