Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 42(Supl.1) nº 0 -  of 2009

APRESENTAÇÕES ORAIS
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Page(s) 6 to 9



Neuro / Cabeça e Pescoço

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O-012 – Doença de Fabry: achados na ressonância magnética cerebral e correlação com estudos genéticos.

Rafael Grando1; Flávio Aesse1; Cláudio Pitta-Pinheiro1; Laura Jardim2; Roberto Giugliani2; Fernanda Pereira2; Ursula Matte2; Cristina Netto2; Maira Burin2; Leonardo Vedolin1.

1. Hospital Moinhos de Vento;
2. Hospital de Clínicas de Porto Alegre.

Introdução e Objetivos: Atualmente, estima-se que uma parcela considerável dos acidentes vasculares cerebrais (AVCs) ocorra em pacientes jovens. Nesse contexto, deve-se investigar doenças incomuns na busca das possíveis causas. A doença de Fabry (DF) é uma delas e estudos recentes têm demonstrado sua alta prevalência em pacientes jovens com AVC. O objetivo deste estudo é avaliar a prevalência de alterações nos exames de RM cerebral em pacientes com diagnóstico da DF e sua possível relação com os resultados dos estudos genéticos. Casuística e Métodos: Foram incluídos no estudo 14 pacientes (11 homens e 3 mulheres). O diagnóstico da DF foi confirmado pela demonstração da atividade reduzida da enzima alfa-galactosidase A no plasma. Todos os dados de RM foram obtidos com equipamento de 1,5T: imagens FLAIR axial (TR/TE=9000/100), T2 axial (TR/TE=4000/99) e T1 axial ou sagital (TR=580-640, TE=14–17) foram analisadas. A presença, número, localização e distribuição das lesões da substância branca, sinal do pulvinar, atrofia cerebral e diâmetro da artéria basilar foram avaliados por dois observadores, cegados para dados clínicos. Os resultados foram comparados com estudos genéticos. Resultados: A idade média dos pacientes foi de 32,64 anos (16 a 62 anos). Dos 14 pacientes examinados, 3 (21,4%) tinham o sinal do pulvinar, 6 (42,8%) apresentaram alterações na substância branca, com uma tendência de maior número de lesões em pacientes mais velhos, especialmente homens, numa distribuição predominantemente periventricular ou difusa. Não houve correlação dos níveis enzimáticos residuais com as alterações encontradas. Conclusão: A prevalência de lesões na RM de pacientes com DF é baixa. As lesões na substância branca são inespecíficas. O sinal do pulvinar pode aumentar a especificidade da RM para o diagnóstico da DF. O conhecimento dos achados de imagem na DF é importante na avaliação de AVC em pacientes jovens.




O-013 – Esclerose hipocampal como substrato da epilepsia do lobo temporal.

Mariana Eltz; Rubião Hoefel; Felipe Hertz; Gustavo Holz; Camila Coreixas; Jonas Dalabona; Fernando Steinhorst; João Paulo Schambeck; Juliana Oliveira; Maurício Marques.

Hospital São Lucas – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Introdução e Objetivo: A epilepsia é uma doença neurológica que atinge de 0,5% a 1% da população em geral, podendo ser focal ou generalizada. As epilepsias focais são responsáveis por 60% dos casos, sendo que a epilepsia do lobo temporal (ELT) é a forma mais comum de epilepsia focal. Uma das causas mais comuns de ELT é a esclerose hipocampal (EH). A EH, também conhecida como esclerose mesial temporal (EMT) e esclerose do corno de Ammon (ECA) é o substrato epileptogênico mais comum encontrado em pacientes com epilepsias focais refratárias ao tratamento com drogas antiepilépticas. Esta entidade é caracterizada por perda neuronal e gliose. O objetivo deste trabalho é apresentar os achados de imagem na ressonância magnética do encéfalo em pacientes com EH, demonstrando a importância deste método de imagem na identificação deste substrato epileptogênico. Métodos: Foram incluídos 59 pacientes com diagnóstico de ELT com confirmação histológica pós-operatória de EH, e analisadas suas alterações nos exames de ressonância magnética pré-operatória. Resultados: Os achados de ressonância magnética típicos de EH unilateral observados em 100% dos pacientes analisados em nosso estudo são atrofia hipocampal, queda de sinal nas sequências ponderadas em T1, aumento de sinal nas sequências ponderadas em T2 e FLAIR, desaparecimento da arquitetura interna do hipocampo e aumento das dimensões do corno temporal do ventrículo lateral. Em associação a estes achados, também foram identificados alteração da arquitetura interna do hipocampo em três dos 59 pacientes (5%), redução volumétrica do polo temporal em 49 dos 59 pacientes (83%) e perda da diferenciação entre as substâncias branca e cinzenta do polo temporal em 32 dos 59 pacientes (54%). Conclusão: A ressonância magnética é um método de imagem bastante útil na identificação da EH, tendo sensibilidade de 80% a 90%.




O-014 – Tensor de difusão para a diferenciação entre placas agudas e crônicas em pacientes com esclerose múltipla.

Fernanda Rueda1; Emerson Gasparetto1,2; Luiz Celso Cruz2; Raquel Batista1; Tadeu Kubo2; Thomas Doring2; Soniza Alvez-Leon1; Romeu Domingues2.

1. Universidade Federal do Rio de Janeiro;
2. CDPI – Clínica de Diagnóstico Por Imagem.

Objetivo: Avaliar, através dos eigenvalues (E), anisotropia fracionada (AF) e difusão radial e axial (DR e DA), originados dos eigenvectors do tensor de difusão (TD-MR), a diferenciação entre placas agudas, subagudas e crônicas em pacientes com esclerose múltipla remitente- recorrente (EMRR). Materiais e Métodos: Foram selecionadas 20 placas agudas, 20 subagudas e 20 crônicas de 15 pacientes com EMRR (11 mulheres e 4 homens, com idade média de 27 anos). Além disso, um grupo controle pareado por sexo e idade foi avaliado. Foi realizado estudo de RM convencional e TD-MR em aparelho de 1.5 tesla. Baseado nos achados de literatura, as placas foram classificadas utilizando as sequências convencionais. O TD-MR foi pós-processado e regiões de interesse (ROI) foram posicionados nas placas na substância branca periplaca (SBPP), e nos controles. Os eigenvalues (E1, E2 e E3), FA, DR e DA foram calculados para cada ROI. A análise estatística foi significativa quando o valor de p foi <0,05. Resultados: As placas crônicas têm valores significativamente maiores de E1 (1,92 vs 1,63 vs 1.35; p<0,01), E2 (1,54 vs 1,23 vs 0,96; p<0,01), E3 (1,2 vs 0,92 vs 0,72; p<0,01) e RD (1,42 vs 1,10 vs 0,83; p=0,01), e valor reduzido de FA (cr0,210 vs ag0,328; p=0,002) comparados com placas subagudas e agudas. Na SBPP estas variáveis não mostraram diferença entre os subtipos de placa. Conclusão: O TD-MR pode demonstrar diferenças entre placas agudas e crônicas em pacientes com EM, mas não na SBPP. As placas crônicas apresentam valores maiores de eigenvalues, DR e DA que as subagudas e agudas. Os valores de FA são diferentes entre aguda e crônica, mas não na subaguda. Esta informação pode ser usada para a melhor correlação de imagem com o mecanismo fisiopatológico das placas em cada estágio de evolução.




O-020 – Atualização da classificação Marshall com novos parâmetros de tomografia computadorizada para prognóstico de trauma cranioencefálico.

Heraldo de Oliveira Mello Neto1; Adilson Girotto Narciso de Oliveira2; Paulo Marcio Borges Daniel2.

1. X-LEME;
2. Hospital Universitário Cajuru.

A classificação Marshall foi desenvolvida em 1991 para prognóstico de pacientes vítimas de trauma cranioencefálico (TCE). Em 2005, um novo estudo acrescentou algumas outras características de tomografia computadorizada (TC), não consideradas no trabalho original. Estas características aprimoraram a classificação. O objetivo do presente estudo é apresentar as características da classificação original e também daquela aprimorada. Estas são ilustradas com casos de pronto-socorro de hospital universitário. Objetivamos divulgar de forma prática e simples um organograma que analisa o prognóstico, baseando-se em critérios exclusivamente tomográficos. Foram coletadas imagens de TCE grave e moderado segundo a escala de coma de Glasgow, adquiridas por TC helicoidal. O uso de TC é melhor pela facilidade, rapidez de execução e presença em quase todos prontos-socorros, mesmo a ressonância magnética sendo mais sensível. Com a divulgação desta escala poderemos estimar as taxas de mortalidade precocemente, para preparar melhor os cuidados dos pacientes no âmbito hospitalar, e também ajudar os familiares em decisões relacionadas à reabilitação e custos diversos. Características como tipo de hemorragia, amplitude das cisternas basais e tipo de lesão expansiva resultando em efeito de massa, melhoraram o valor preditivo da classificação de Marshall original. O resultado principal deste estudo é a divulgação de uma tabela simples e objetiva, com características tomográficas no TCE de fácil utilização nos prontos-socorros.




O-021 – Avaliação da espessura cortical pela ressonância magnética em pacientes bipolares.

Thomas Doring1,2,3; Emerson Gasparetto1,2,3; Luis Celso Hygino1,2; Tadeu Kubo1; Jiosef Fainberg2; Mario Juruena1,4; Juliana Doring1; Romeu Domingues1,2.

1. CDPI – Clínica de Diagnóstico Por Imagem;
2. Multi-Imagem;
3. Universidade Federal do Rio de Janeiro;
4. Universidade de São Paulo.

Objetivo: Alterações da espessura cortical estão potencialmente envolvidas na patogênese de doenças neuropsiquiátricas e processos neurodegenerativos. Estudos anteriores avaliaram os padrões da espessura cortical em várias doenças psiquiátricas. O objetivo deste estudo foi avaliar alterações da espessura cortical pela ressonância magnética de pacientes bipolares. Materiais e Métodos: Um grupo de 25 pacientes bipolares (12 homens, 35,9±17,0 anos; 13 mulheres, 43,2±12,4 anos) e um grupo de 35 controles (21 homens, 30,2± 12,9 anos; 14 mulheres, 39,3±4,5 anos) realizaram exame de ressonância magnética de 3 T. Imagens 3D ponderadas em T1 a partir de sequência MPRAGE foram obtidos (1,33mm3 tamanho de voxel; 128 slices; matriz 256×256; flip ângulo 7º; TR/TE/TI=2,53s/3,39ms/1.1s). A segmentação cortical foi realizada pelo software FreeSurfer versão 4.05 (Martinos Center; Boston, EUA). Análise de histograma baseada nas regiões cerebrais foi feita usando software Matlab 7 e a análise estatística foi realizada com software R-software versão 2.9.0 (The R Foundation for Statistical Computing) para comparar os dois grupos. Resultados: Houve uma redução significativa (p<0,001) nos valores médios de espessura cortical nos pacientes bipolares comparados aos controles nas seguintes regiões de ambos os hemisférios: superior frontal, pars orbitalis, pars opercularis, rostral middle frontal e inferior parietal. A região superior frontal teve a maior significância (p<0,0001), com espessura média no hemisfério esquerdo de 2,620±0,273mm (bipolar) e 2,961±0,238mm (controle) e no hemisfério direito de 2,914 ±0,206mm (bipolar) e 3,153±0,188mm (controle). A análise por histograma da espessura cortical do cérebro inteiro mostrou um deslocamento da distribuição binomial para valores menores com idade crescente para pacientes bipolares e controles e ambos os sexos. Uma redução mais alta foi detectada por regressão linear no grupo bipolar feminino. Conclusão: A análise da espessura cortical pela ressonância magnética de pacientes bipolares permite identificar áreas morfologicamente alteradas quando comparadas com controles. A demonstração destas alterações permite uma melhor compreensão da fisiopatologia do distúrbio bipolar, bem como pode, no futuro, auxiliar na avaliação das opções terapêuticas destes pacientes.




O-022 – Avaliação do volume do hipocampos em pacientes bipolares comparando técnicas de segmentação manual e automáticas.

Thomas Doring1,2,3; Romeu Domingues1,2,3; Tadeu Kubo1; Juliana Doring1; Mario Juruena1,4; Jiosef Fainberg2; Celso Hygino1,2; Emerson Gasparetto1,2,3.

1. CDPI – Clínica de Diagnóstico Por Imagem;
2. Multi-Imagem;
3. Universidade Federal do Rio de Janeiro;
4. Universidade de São Paulo.

Objetivo: Varias técnicas de segmentação foram desenvolvidas para otimizar a determinação do volume do hipocampos dentro do campo de doenças neurológicas e neuropsiquiátricas. Para aplicações clínicas, métodos automáticos com alta reprodutibilidade são potencialmente mais eficientes de que métodos manuais. Este estudo tem como objetivo comparar os volumes do hipocampos obtidos de um método de segmentação manual e dois métodos automáticos, bem como o objetivo de comparar pacientes com distúrbio bipolar e controles. Materiais e Métodos: Um grupo de 27 pacientes bipolares (14 masculinos, 36,7±16,2 anos; 13 femininos, 41,6±10,7 anos ) e um grupo de 40 controles (16 masculinos, 36,1±10,5 anos; 24 femininos, 39,3±4,5 anos) realizaram exame de ressonância magnética de 3 tesla. Imagens 3D em T1 (MPRAGE) foram obtidas (1,33mm3 tamanho de voxel; matriz 256×256; TR/TE/TI=2.53s/3.39ms/1.1s). Volumetria manual do hipocampos foi realizada por dois radiologistas (3 e 10 anos de experiência). Segmentação automática foi feita a partir dos programas FreeSurfer e FSL. A concordância entre os métodos de segmentação foi testada utilizando o coeficiente de Cronbach’s Alpha e de Pearson. Resultados: Os volumes do hipocampos direito e esquerdo medidos com todos os métodos de segmentação não foram significativamente diferentes em pacientes bipolares comparados aos controles. O coeficiente de Cronbach’s Alpha entre volumetria manual e FreeSurfer foi de 0,846 (d) e 0,859 (e) e comparando volumetria manual e FSL foi de 0,764 (d) e 0,654 (e). Os coeficientes de correlação de Pearson para volumetria manual e FreeSurfer foi de 0,698 (d) e 0,804 (e) e entre volumetria manual e FSL, de 0,573 (d) e 0,505 (e). A diferença entre os volumes médios obtidos pelos diferentes métodos de segmentação foram significantemente diferentes (ANOVA, p<0,0001), sendo o FreeSurfer mais semelhante à volumetria manual do que o FSL. Conclusão: O volume dos hipocampos de pacientes bipolares não diferiu do grupo controle no presente estudo. O método de segmentação automática pelo FreeSurfer mostrou alta correlação com a volumetria manual.




O-033 – Doenças desmielinizantes e degenerativas do tronco cerebral.

Felipe Hertz; Mariana Eltz; Gustavo Holz; Fernando Steinhorst; Jonas Dalabona; Caroline Almeida; Mateus Broetto; Camila Almeida; Maurício Barreira; Rubião Hoefel.

Hospital São Lucas – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

Introdução: As doenças desmielinizantes e degenerativas que acometem o tronco cerebral apresentam em comum, na avaliação por ressonância magnética, a ocorrência de sinal hiperintenso nas sequências ponderadas em T2 (T2w), densidade de prótons (DP) e FLAIR. Tanto as doenças desmielinizantes quanto as degenerativas, que ocorrem de forma aguda ou crônica, podem ser secundárias a processos isquêmicos, metabólicos, infecciosos e hereditários. A esclerose múltipla (EM) e a síndrome de desmienilização osmótica (SDO) caracterizam as doenças desmielinizantes, enquanto a esclerose lateral amiotrófica (ELA) e a degeneração olivar hipertrófica (DOH) caracterizam as degenerativas. Métodos: Revisão da literatura científica e descrição dos achados da ressonância magnética de oito casos avaliados em nossa instituição, sendo 4 casos de EM, 2 de ELA, 1 de SDO e 1 de DOH. Discussão: As lesões no tronco cerebral, relacionadas à EM, apresentam-se hiperintensas no T2w, DP e FLAIR, localizando-se especialmente na ponte e nos pedúnculos cerebelares, geralmente em situação periférica, alguma vezes em contato com o espaço subaracnoide, podendo apresentar dimensões variadas e com algum grau de assimetria. A impregnação pelo agente paramagnético depende da atividade da lesão. A SDO ou mielinólise pontina central caracteriza-se por áreas confluentes e simétricas no centro da ponte, hiperintensas em T2w, DP e FLAIR, poupando a periferia, assim como os tratos corticoespinhais. Não há impregnação pelo agente paramagnético. A ELA caracteriza-se por hiperintensidade no T2w, DP e FLAIR, estendendo-se desde a corona radiata até o tronco cerebral e ao longo dos tratos corticoespinhais. A DOH caracteriza-se por hiperintensidade no T2w, DP e FLAIR do núcleo olivar inferior, que se associa, dependo do estágio do insulto, à hipertrofia, atrofia ou manutenção das dimensões do núcleo, sem realce pelo agente paramagnético. De maneira geral, As lesões infratentoriais são melhor identificadas no DP do que no FLAIR.




O-034 – Perfusion MR imaging and brain gliomas.

Rodrigo Curtis1; Bruno Hochhegger1; Rene Lenhardt1; Ronnie Peterson Marcondes Alves1; Fabiane Sesti1; Daniela Quinto dos Reis2; Ivan M. Pedrollo1; Edson Marchiori3; Klaus Irion4; Simone Afonso Dini1.

1. Hospital Dom Vicente Scherer – Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre;
2. Grupo Hospitalar Conceição;
3. Universidade Federal Fluminense;
4. Liverpool Chest and Heart Hospital.

Introduction: Although uncommon, there is evidence that the incidence of brain gliomas has been rising for as much as 50 years. The differential diagnosis of an adult presenting with signs and symptoms suggesting a brain tumor includes both neoplastic and nonneoplastic conditions. Neuroradiologic imaging is the major diagnostic modality in the evaluation of brain tumors. These studies are critical for preoperative planning, and they often provide information about the etiology of a mass lesion. Dynamic contrast-enhanced perfusion MR imaging provides hemodynamic information that complements traditional structural imaging and is increasingly used in clinical practice to diagnose, manage, and understand brain tumors. Material Description: We report a pictorial essay with the principal clinical applications and pitfalls of this new techniqueto differentiate and grade brain gliomas. Our review report 9 main brain gliomas and your characteristics in MR perfusion. Discussion: Relative cerebral blood volume maps derived from perfusion MR imaging data provide quantifiable estimates of regional blood volume that can be used to grade gliomas, differentiate different brain tumor types, and distinguish tumors from non-neoplastic lesions. Although brain tumors account for only 2 percent of all cancers, these neoplasms result in a disproportionate share of cancer morbidity and mortality. Further prospective study is needed to assess the utility of this technique for evaluating brain tumors.




O-035 – Volumetria baseada em ressonância magnética das estruturas infratentoriais na ataxia espinocerebelar tipo 3 (doença de Machado-Joseph): correlação com a gravidade da doença e análise molecular.

Fabio Maeda1; Leonardo Vedolin2; Antonio Rocha3; Jonas Saute1; Andrew Chaves1; Laura Jardim1.

1. Universidade Federal do Rio Grande do Sul;
2. Hospital Moinhos de Vento;
3. Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.

Objetivos: As ataxias espinocerebelares (AECs) são causa frequente de ataxia, sendo que a EAC do tipo 3 (doença de Machado- Joseph – DMJ) é a mais prevalente no Brasil. A volumetria cerebral utilizando técnicas avançadas de ressonância magnética é uma técnica acurada e reprodutível de mensuração do grau de comprometimento cerebral em doenças neurodegenerativas. O objetivo deste estudo é quantificar o volume das estruturas infratemporais numa série de pacientes com DMJ e correlacionar os volumes com o grau de comprometimento neurológico e análise molecular. Métodos: Trinta pacientes com diagnóstico de DMJ e 16 controles sem história de doença familiar ou sintomas neurodegenerativos foram recrutados para o estudo. Idade, tempo de doença, número de repetição do CAG e os escores NESSCA e SARA foram analisados. Para a análise das variáveis de ressonância magnética, o volume normalizado do tronco cerebral, mesencéfalo, tegmento da ponte, base da ponte, bulbo e cerebelo foram quantificados através de uma técnica de segmentação semiautomática. Resultados: Idade e tempo de doenças nos paciente foram de 30 (17–52) e 46 (19–79) anos. O numero médio de expansão do CAG foi de 74 (68–81). O volume normalizado do tronco cerebral, mesencéfalo, base da ponte e bulbo foi menor nos pacientes com DMJ (p<0,05). O volume do tronco cerebral teve correlação com a idade, tempo de doença e escore SARA (p<0,05). O volume da base da ponte também se correlacionou com o escore SARA (p<0,02). O volume do bulbo teve correlação com o número médio de expansão do CAG. Conclusão: O volume do tronco cerebral está reduzido na DMJ e se correlaciona com o tempo de doença e número médio de expansão do CAG. A correlação do volume do tronco com o escore SARA pode ser útil para validar o escore.
 
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