Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 42(Supl.1) nº 0 -  of 2009

APRESENTAÇÕES ORAIS
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Mama

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O-001 – Valor diagnóstico da punção biópsia aspirativa por agulha fina, da biópsia por agulha grossa e da combinação dos métodos, guiados pela ultrassonagrafia, na avaliação de lesões mamárias.

Maysa das Graças Ferreira; Felipe Pinto Ireno; Mateus Saldanha Cardoso; Júlio César Santos da Silva; Ana Lúcia Kefalás Oliveira; Leandro Bermudes da Silva; Renata Margarida Etchebehere; Décio Scandiuzzi; Eddie Fernando Cândido Murta.

Universidade Federal do Triângulo Mineiro.

Introdução: A utilização da biópsia aspirativa por agulha fina (PBAAF) e da biópsia por agulha grossa, ambas guiadas por US, tem sido cada vez mais usada no manejo das lesões mamárias. O presente estudo tem por objetivo demonstrar a experiência da UFTM, analisar e comparar os resultados da PBAAF e da biópsia por agulha grossa obtidos a partir da mesma lesão. Métodos: Trinta e cinco pacientes enquadradas nas categorias III, IV e V do BI-RADS, entre os anos de 2003 e 2009, foram submetidas a PBAAF e biópsia por agulha grossa (14G) guiadas por US. O material coletado foi analisado pelo serviço de patologia e classificado em maligno, benigno, sem alterações e inadequado. Esses resultados foram comparados com os dados de seguimento dessas pacientes e a partir desses, realizaram-se cálculos estatísticos. Resultados: Das pacientes incluídas no estudo, 3 (8,5%) apresentaram BI-RADS III, 14 (40%) BI-RADS IV e 18 (51,5%) BIRADS V. Após o acompanhamento, 24 (68,5%) casos se mostraram malignos, 11 (31,5%) benignos ou provavelmente benignos. A PBAAF mostrou sensibilidade absoluta de 92%, especificidade de 62,5%, e acurácia de 70,8%. A sensibilidade absoluta, a especificidade e a acurácia da core foram, respectivamente, de 91,3%, 90% e 88,2%. Conclusão: Diversos estudos comparam a eficácia da PBAAF e da biópsia por agulha grossa. A PBAAF é considerada de menor custo, rápida, simples e mais sensível no diagnóstico de lesões menores, superficiais, próxima ao músculo peitoral, em região axilar e em mamas pequenas, porém é pior na análise de carcinoma lobular e não diferencia entre lesão invasiva e não invasiva. A biópsia por agulha grossa é mais específica, mas exige mais tempo para a realização, é mais trabalhosa e mais cara. Portanto, a nossa experiência e a análise da literatura demonstram que a combinação dos métodos aumenta a sensibilidade, especificidade e a acurácia no diagnóstico de lesões mamárias.




O-002 – Auditoria médica do Serviço de Radiologia da Mama.

Dakir Lourenço Duarte; Rogério Dias Duarte; Dakir Duarte Filho; Bibiana Ribeiro Basile; Janine Bernardi Soder; Lucas Mendes; Gabriela Martins de Carvalho; Rovana Steffens; Rubia Vanceta.

Fundação Saint Pastous (SERDIL).

Introdução: A auditoria médica é um componente importante para avaliar o desempenho de um serviço de mamografia. A prática da auditoria médica tem se tornado uma constante em nosso meio, com a intenção fundamental de prestar um atendimento de qualidade às pacientes. Objetivo: Aferir o desempenho do Serviço de Radiologia da Mama da nossa Instituição através da análise dos resultados e compará- los com a literatura. Avaliar a importância da prática de auditoria, bem como sua utilização rotineira. Material e Método: Avaliaram-se as mamografias realizadas em nossa Instituição, no período relativo a 01/01/2006 a 31/12/2006, totalizando 8328 exames, analisando os exames de rastreamento e de diagnóstico. Executamos a auditoria básica clinicamente relevante de mamografia, incluindo dados de fatores de risco na nossa análise. Resultados: Obtivemos 8079 mamografias de rastreamento e 249 mamografias diagnósticas. Nossa taxa de detecção de câncer em exames de rastreamento foi de 0,24% (20/ 8051), sendo excluídos 28 exames por perda de seguimento. A porcentagem de cânceres mínimos encontrados foi de 50% para as de rastreamento e 20% para as diagnósticas (encontramos aqui um viés, uma vez que nossa Instituição é referência e nos são enviados casos mais graves para avaliação). A taxa de interpretação anormal desta Instituição (reconvocação) para casos de rastreamento foi de 2,8%. A nossa prevalência de câncer foi de 6,9/1000. Os dados estatísticos essenciais coletados por mamografias de rastreamento e diagnóstico foram, respectivamente: sensibilidade de 90,9% e 92,3%; especificidade de 99,3% e 99,7%; valor preditivo positivo de 26,6% e 58,5%. Conclusão: Os resultados encontrados são comparáveis aos da literatura, demonstrando um desempenho satisfatório do nosso serviço. A auditoria contribui, definitivamente, para o controle e manutenção do desempenho, de forma objetiva e confiável.




O-027 – A importância do conhecimento no procedimento do autoexame das mamas.

Marinalva Chiafarelo Santos Ulian1; Isaac Azevedo Ojima1; Maria Domingos1; Carlos Odair Calmona2; Nilze Fávero3.

1. Faculdade Santa Marcelina;
2. ETIP;
3. Anhanguera Educacional.

Introdução: O câncer de mama é a neoplasia com maior taxa de mortalidade entre as mulheres no Brasil. O autoexame constitui importante método para sua prevenção. Objetivo: Verificar o conhecimento sobre a realização do autoexame, o período ideal e a prevenção do câncer de mama em mulheres adultas. Método: Foi aplicado um questionário sobre conhecimento, segurança, procedimento adequado e período ideal para realização do autoexame, sobre o conhecimento da técnica como método de prevenção e qual profissional devem procurar se houver alteração no autoexame. Resultados: Foram entrevistadas 50 mulheres adultas, e 82,35% delas responderam que sabem realizar o autoexame, sendo que 34,62% sentem-se seguras, 23,08% não sentem segurança e 42,31% sentem pouca segurança em realizar o autoexame. Quando questionadas sobre o procedimento, 82,35% responderam realizar o procedimento adequado, no entanto, 70,59% mostraram conhecimento quanto ao período ideal para realização do exame. Das mulheres entrevistadas, 70,59% acreditaram que o autoexame pode prevenir contra o câncer de mama, e 17,65% acreditaram que o autoexame não oferece prevenção. Ao encontrar alterações nas mamas, 64,71% das mulheres entrevistadas responderam que o profissional a ser procurado deve ser o mastologista, e 35,29%, o ginecologista. Conclusão: A maioria das mulheres deste estudo sabe realizar o autoexame e conhece o procedimento e período ideal para a sua realização. Elas também acreditam que o método é importante para a prevenção do câncer de mama e sabem qual o profissional mais adequado a ser procurado caso encontrem alguma alteração no autoexame. No entanto, a maioria das mulheres não se sente segura quanto à aplicação do exame, evidenciando que há necessidade de melhorar o treinamento e a divulgação do procedimento para fornecer maior confiança às mulheres quando realizam o autoexame.
 
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