PÔSTERES ELETRÔNICOS
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PE-217
AVALIAÇÃO ULTRA-SONOGRÁFICA DO REFLUXO GASTRO-ESOFÁ- GICO EM CRIANÇAS. Santos AASMD; Santos VGM; Santos TCCRS; Santos MLO; Alves JRD. Hospital de Clínicas de Niterói; Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas (IPGMCC.) O refluxo gastro-esofágico (RGE) é uma condição que pode acometer tanto adultos como crianças normais, porém quando associado a quadros clínicos os mais variados, passa a ser considerado como doença do refluxo gastroesofágico, e as crianças, em sua maioria, são as mais comprometidas. Este estudo faz uma revisão dos exames ultra- sonográficos realizados para a pesquisa de RGE em um hospital geral. Foram estudadas 290 crianças, com idades variando entre 6 dias e 3 anos, onde foi demonstrado refluxo pela ultra-sonografia (US) em 246 pacientes; destes, 136 eram meninos (55,28%) e 110 meninas (44,72%). Quanto a sua freqüência, houve predomínio de três episódios por exame, dentre os pacientes estudados. Outro fator importante, foi a medida da abertura da cárdia, cujo intervalo prevalente foi entre 7,1mm e 9,0mm (40,86%). Assim, com base nestes resultados, pode-se estabelecer a US como um bom método para avaliação do RGE, já que permite além da confirmação da presença do refluxo, uma avaliação anatômica (especificamente da cárdia e esôfago intra-abdominal. Por ser ainda inóqua à saúde da criança (uma vez que não utiliza radiação ionizante), a US é o método que atualmente pode ter seu uso rotineiro, como método inicial de pesquisa e também como exame de acompanhamento das crianças com RGE. PE-218 OSTEOMIELITE EM ESTERNO: COMPLICAÇÃO DE BIÓPSIA PROSTÁTICA GUIADA POR ULTRA-SONOGRAFIA TRANSRETAL. Tavares FCC; Alves JT; Cardoso PC; Alves RA. Hospital Márcio Cunha Introdução: A biópsia transretal da próstata, devido à sua simplicidade e objetividade, é largamente utilizada na prática clínica na obtenção de tecido prostático para avaliação histopatológica. Complicações significativas deste procedimento têm sido relativamente baixas e, em geral, autolimitadas. Complicações maiores, que necessitam da intervenção médica são incomuns e ocorrem em menos de 1% a 2% dos casos. Com o uso de antibióticos profiláticos, a incidência de complicações sépticas que requerem terapia deve ser menor que 1%. Relato de caso: Paciente masculino, 54 anos, sabidamente diabético, em uso de metformina, sem outras co-morbidades, em investigação propedêutica de prostatismo. Foi realizada biópsia prostática guiada por ultra-sonografia transretal, com adequada antibioticoprofilaxia previamente ao procedimento. Foram retirados 14 fragmentos de biópsia com agulha 18-G. O peso prostático estimado foi de aproximadamente 44g. Após 2 dias, iniciou taquicardia, febre e cefaléia, evoluindo posteriormente com dor torácica difusa, não-precordial, sem irradiações. O paciente relatou prática de atividade sexual cerca de 24 horas após a realização da biópsia. Estado geral manteve-se preservado, não sugerindo quadro séptico. Ao exame apresentava dor à mobilização e palpação de manúbrio, junção manúbrio esternal e parede torácica paraesternal esquerda e protrusão, sem sinais flogísticos, de parede paraesternal esquerda. A investigação laboratorial demonstrou leucograma sem leucocitose, porém, com desvio para a esquerda. Hemocultura positiva para E. coli. A radiografia de tórax não apresentou evidência de lesões osteolíticas. Na ultra-sonografia de parede torácica observou-se espessamento e perda do padrão fibrilar usual da musculatura da parede torácica anterior esquerda, com aspecto de processo inflamatório, sugestivo de miosite. A tomografia computadorizada evidenciou pequeno aumento de volume de partes moles em músculo peitoral maior esquerdo e densificação da gordura subjacente com celulite em manúbrio esternal. A cintilografia óssea evidenciou presença de processo inflamatório em junção manúbrio esternal e terço superior do esterno. Submetido à tratamento clínico com antibioticoterapia, recebeu alta com critério de cura após seis semanas de tratamento, com PCR e VHS normais. Discussão: A biópsia transretal da próstata apresenta baixos índices de complicações, porém, é um procedimento invasivo e apresenta riscos inerentes ao método. Daí a importância de se reconhecer os fatores de risco relacionados a este procedimento, visando a prevenção de complicações infecciosas, e de maior gravidade como a osteomielite. De relevante neste caso, além da gravidade e raridade de apresentação desta complicação, são os possíveis fatores de risco envolvidos, como o peso prostático elevado, o número de fragmentos retirados na biópsia e até mesmo a prática de ato sexual poucas horas após o intercurso da biópsia. |