Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 40(Supl.1) nº 0 -  of 2007

PÔSTERES CONVENCIONAIS
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Page(s) 22 to 26



Mama – BI-RADS

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P-007

A TÉCNICA DE SUBTRAÇÃO DE IMAGENS POR DUPLA ENERGIA (SIPDE) APLICADA À MAMOGRAFIA.


Lucas JCB; Santos CX; Costa DH; Vitório RL; Ibiapina VS.

Escola de Formação de Profissionais da Saúde Sophia Marchetti

A mama é basicamente constituída de tecidos moles como à gordura (tecido adiposo), o parênquima, as glândulas e vasos sanguíneos (tecidos fibroglandulares), e em alguns casos, depósitos de cálcio (calcificações) que geralmente estão associados a diversos tipos de lesões. O diagnóstico precoce das lesões da mama está associado, em muitos casos, à detecção de microcalcificações. Estimativas(1) indicam que 60% a 80% dos casos de câncer de mama contêm depósitos de cálcio. Especialmente deseja-se detectar as lesões com malignidade, pois se não-detectadas a tempo levam à morte. Os tipos de lesões mais comuns encontrados em imagens da mama são: lesões circunscritas, lesões espiculadas e microcalcificações. As microcalcificações podem estar associadas, ou não, a um tumor. Caso não tenha confirmação de um tumor é importante conhecer a forma e distribuição das calcificações, assim como o tamanho e a densidade individuais das partículas. As microcalcificações do tipo maligno apresentam grandes variações na forma, tamanho, densidade e número. Uma alternativa para a detecção precoce das lesões por meio das microcalcificações é a utilização da técnica de subtração de imagem por dupla energia (SIPDE). Quando aplicada em mamografia esta técnica permite detectar mais facilmente as microcalcificações pela remoção do contraste entre os tecidos moles. As aplicações da SIPDE em exames de pulmão, abdome e esqueleto têm apresentado resultados satisfatórios(2). No entanto, sua aplicação em mamografia ainda é objeto de pesquisa e os resultados obtidos não permitem sua aplicação clínica. Os primeiros estudos da SIPDE aplicados às imagens de mama foram realizados por Johns et al.(1,3) com pares de mamografias (uma imagem em baixa energia e outra em alta energia). No entanto, a SIPDE aplicada à detecção de microcalcificações mamográficas ainda não é utilizada clinicamente, pois os resultados obtidos não justificam a radiação adicional, a que a paciente deve ser submetida, para a obtenção dos pares de imagens. Um dos problemas que tornam a aplicação da SIPDE inviável é a variação dos coeficientes de atenuação linear (µ) que ocorre de uma mama para outra. O coeficiente de atenuação linear (µ) dos tecidos apresenta alteração quando ocorre variação da energia incidente dos raios X, e também as diferenças de densidades presentes dos tecidos gorduroso, fibroso e carcinoma. Em virtude desta variação a subtração não pode ser realizada com boa eficiência. A impossibilidade de obter um único valor de µ para a realização da SIPDE é uma das maiores dificuldades para a aplicação e viabilidade da técnica. Há pesquisas em andamento para desenvolver uma técnica de ajuste dos coeficientes de modo que os valores utilizados na SIPDE sejam os mais coincidentes possíveis com os valores reais (estes desconhecidos no ato da aplicação da SIPDE). Referências: 1. Johns PC, Yaffe MJ, Fenster A. Dual energy mammography imaging. Proc Soc Photo-Opt Instrum Eng 1983;419:201–208. 2. Johns PC, Yaffe MJ. Theoretical optimization of dual-energy x-ray imaging with application to mammography. Med Phys 1985;12:289–296. 3. Johns PC, Drost DJ, Yaffe MJ, Fenster A. Dual-energy mammography: initial experimental results. Med Phys 1985;12:297–304.




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AVALIAÇÃO DO CARCINOMA DUCTAL IN-SITU (CDIS) POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM).


Docema MFL; Dequi CB; Barros MAR; Ramos Filho A; Bevilacqua JLB; Barros ACS; Cerri GG.

Hospital Sírio Libanês – São Paulo, SP.

Avanços nas técnicas de rastreamento mamográfico elevaram as taxas de diagnóstico do CDIS de 1% para 15% a 25%. Novos casos descobertos à mamografia têm medidas inferiores a 2,0cm e não são palpáveis. Apesar dos avanços tecnológicos dos métodos de imagem, o tratamento cirúrgico do CDIS continua impreciso. A mamografia tem alta sensibilidade para detecção do CDIS, baixa especificidade, e nem sempre define a real extensão da doença. Produtos de mastectomia seccionados sugerem que a maioria das mulheres com diagnóstico de CDIS tem doença confinada a um único quadrante. Portanto, conhecer a real extensão da doença pode-lhes oferecer a oportunidade de cirurgia conservadora. A ressonância magnética tem sensibilidade de quase 100% para detecção de tumor invasivo. Estudos iniciais sugerem sensibilidade variável para CDIS de 43% a 96%. Conhecer as formas de apresentação do CDIS é fundamental para o seu diagnóstico. Avaliamos de forma retrospectiva os exames pré-operatórios de ressonância magnética das mamas de aproximadamente 200 pacientes, com confirmação anatomopatológica de CDIS puros ou associados a carcinoma ductal invasivo, com suas características morfológicas, distribuição e padrões de realce pelo contraste. Também são abordadas as dificuldades diagnósticas, sobretudo na avaliação que antecede a re-excisão. Referências: 1. Gilles R, et al. Radiology 1995;196: 415–419. 2. Fisher U, et al. Rofo 1996;164:290–294. 3. Orel SG, et al. Radiology 1997;202:413–420.




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CAD-LAPIMO: UMA FERRAMENTA COMPUTACIONAL PARA AUXÍLIO AO DIAGNÓSTICO MAMOGRÁFICO.


Schiabel H; Angelo MF; Patrocínio AC; Medeiros RB.

Escola de Engenharia de São Carlos – USP – São Carlos, SP.

Introdução: Este trabalho consiste na implementação de um esquema computacional que possibilita processar imagens mamográficas para auxílio ao diagnóstico do câncer de mama. Métodos: O sistema foi desenvolvido em Delphi e utiliza linguagem orientada a objeto, sendo modular relativamente às etapas envolvidas no processo de avaliação. As rotinas referentes ao pré-processamento, segmentação, classificação e geração de resultados são executadas de forma paralela, de modo que o usuário do sistema apenas tem que selecionar os arquivos correspondentes às imagens a serem analisadas – normalmente, as quatro vistas de um exame mamográfico convencional – e, em seguida, solicitar o processamento automático. O sistema fornece as regiões suspeitas e com possíveis lesões detectadas na mamografia. Além da imagem com o destaque de eventual agrupamento de microcalcificações detectadas, também aponta sua classificação como “suspeito” ou “não-suspeito”. Para massas suspeitas detectadas, são apresentados o seu grau de densidade e as probabilidades percentuais do tipo de contorno e da classificação BI-RADS®. O usuário pode selecionar tanto mamografias completas como regiões de interesse (RIs), as quais também podem ser selecionadas durante a utilização do software através de ferramenta específica. Resultados: Testes mostraram que, para o processo de detecção de microcalcificações em imagens digitalizadas – selecionadas de nossa base de dados – o índice de acertos foi de 93%, enquanto para a detecção de nódulos foi de 92%. Adicionalmente, foi verificado que o tempo médio de processamento variou entre 10s para uma única RI e 1,5min. para o pior caso – quatro mamografias completas. Em todos esses testes, as imagens foram processadas diretamente, sem auxílio da etapa de préprocessamento, que utiliza dados dos parâmetros de qualidade dos equipamentos em que aquelas mamografias foram obtidas para eliminar eventuais degradações relativas ao processo de aquisição (como informações das funções de transferência de modulação e do espectro de Wiener). Com a etapa de pré-processamento – a qual utiliza uma base de dados contendo as informações de equipamentos já testados em trabalhos prévios no grupo – os tempos totais para a produção dos resultados aumentam da ordem de três vezes. Conclusão: A diferença verificada no tempo de resposta não nos parece um problema em vista de que o processamento opera independentemente da análise visual produzida pelo radiologista, que pode utilizar as informações de saída como uma espécie de segunda opinião, ou de auxílio ao diagnóstico de algum detalhe que possa ter passado despercebido na sua análise. A boa sensibilidade desse sistema nos testes sugere boa expectativa na sua avaliação na rotina de serviços radiológicos hospitalares, que consiste na próxima etapa planejada para uma avaliação mais ampla da eficácia dessa ferramenta computacional na prática clínica.




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CÂNCER DE MAMA EM PACIENTES COM MENOS DE 40 ANOS: ENSAIO PICTÓRICO.


Louveira MH; Formighieri L; Azevedo RM; Bertholdo DB.

Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná – Curitiba, PR.

Introdução: O câncer de mama em pacientes com menos de 40 anos representa entre 5% e 6,5% de todos os casos de neoplasia mamária. Nestas pacientes, o comportamento biológico da neoplasia é mais agressivo e os resultados do tratamento são menos animadores. Acrescentam-se a isto o retardo diagnóstico decorrente da ausência de programas de rastreamento para esta faixa etária e as dificuldades técnicas impostas por mamas jovens densas. Material: Apresenta- se uma série de 30 casos de pacientes com idade inferior a 40 anos com câncer de mama, que realizaram exames de diagnóstico por imagem (mamografia, ultra-sonografia e ressonância magnética) no Centro Integrado da Mama do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná e em clínica particular situada em Curitiba, PR. Os achados de imagem mais ilustrativos dos casos são demonstrados, juntamente com os dados clínicos e anatomopatológicos. Discussão: Embora estes casos possam apresentar certos vieses de seleção, eles são representativos, segundo a literatura e a experiência deste serviço, dos casos de câncer de mama em pacientes jovens. Neste grupo de pacientes os achados de bilateralidade, multifocalidade e multicentricidade, assim como os estádios mais avançados de doença são mais freqüentes do que na faixa etária acima de 40 anos. A avaliação destas pacientes demonstrou que a maioria procurou os serviços de saúde por queixas de nódulo palpável. As limitações da técnica mamográfica, bem como as particularidades das neoplasias neste grupo, fizeram com que a complementação da investigação por imagem por ultra-sonografia e ressonância magnética fosse necessária para melhor caracterização da doença. Referências: 1. Sidoni A, Cavaliere A, Bellezza G, Scheibel M, Bucciarelli E. Breast cancer in young women: clinicopathological features and biological specificity. Breast 2003;12:247–250. 2. Foxcroft LM, Evans EB, Porter AJ. The diagnosis of breast cancer in women younger than 40. Breast 2004;13:297–306. 3. Liberman L, Dershaw DD, Deutch BM, Thaler HT, Lippin BS. Screening mammography: value in women 35-39 years old. AJR Am J Roentgenol 1993;161: 53–56. 4. Shaw de Paredes E, Marsteller LP, Eden BV. Breast cancers in women 35 years of age and younger: mammographic findings. Radiology 1990;177:117. 5. Kothari AS, Fentiman IS. Breast cancer in young women. Int J Clin Pract 2002;56:184–187. 6. Fernandopulle SM, Cher-Siangang P, Tan PH. Breast carcinoma in women 35 years and younger: a pathological study. Pathology 2006;38:219-222.




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CÂNCER DE MAMA NO HOMEM: DIAGNÓSTICO CLÍNICO E POR IMAGEM.


Schmid VC; Azoubel RH; Imbassahy ACS; Argolo TCN.

Hospital Aristides Maltez.

Introdução: O câncer de mama no homem é incomum, equivalendo a 1% do seu correspondente feminino na população ocidental. A maioria dos casos é considerada esporádica, com vários fatores de risco conhecidos como síndrome de Klinefelter, doença crônica do fígado, mutação do BRCA 2, história familiar, dentre outros. Geralmente, são diagnosticados mais tardiamente do que nas mulheres. O objetivo do estudo é, então, avaliar os métodos clínico e por imagem aplicados ao câncer de mama no homem. Material e métodos: Foi realizado um estudo retrospectivo com revisão dos prontuários de pacientes com câncer de mama do sexo masculino, admitidos no serviço de mastologia do Hospital Aristides Maltez, no período compreendido de janeiro de 2002 a agosto de 2004. Foram encontrados 17 casos nos quais avaliaram-se os métodos diagnósticos através do exame físico, mamografia, ultra-sonografia e anatomia patológica. Resultados: Nos casos estudados no período, a média de idade ao diagnóstico foi de 63,4 anos. O principal sinal encontrado foi o de nódulo palpável percebido pelo próprio paciente, havendo um período de um a três anos entre o aparecimento do sintoma e a primeira consulta. No exame físico feito pelo médico assistente houve suspeita de câncer na maioria dos casos, confirmados no estudo anatomopatológico por core biopsy, biópsia cirúrgica ou congelação intra-operatória, verificando-se tumores volumosos à admissão. Em 11% dos pacientes havia descarga papilar e em 64% o comprometimento linfonodal clínico. Todas as nove mamografias realizadas bilateralmente foram suspeitas de câncer de mama, apresentando massa densa e irregular, assimetria focal ou assimetria focal associada a microcalcificações pleomórficas como alterações. Nas quatro ultra-sonografias realizadas o achado mais comum foi nódulo sólido ou tumoração heterogênea. Carcinoma ductal infiltrante foi o tipo histológico mais prevalente nesta casuística. Conclusão: O câncer de mama no sexo masculino tem um curso mais agressivo por ser diagnosticado numa fase mais avançada, pois o homem não faz auto-exame, screening mamográfico e é mais resistente a procurar assistência médica. Mostra-se neste estudo que o principal método diagnóstico do câncer de mama no homem é o clínico e dele seguem-se os exames complementares. Diante de uma massa palpável e suspeita, realizar uma PAAF e/ou core biopsy torna a mamografia e a ultra-sonografia pouco aditivas, podendo-se também evitar uma biópsia a céu aberto e assim reduzir os custos. Conclui-se que a mamografia no homem não tem papel de screening como nas mulheres, ficando neste estudo juntamente com a ultra-sonografia relegada à complementação diagnóstica após exame físico rigoroso. Referências: 1. Appelbaum AH, Evans GFF, Robin HA. Mammographic appearances of male breast disease. RadioGraphics 1999;19:559–568. 2. Gradishar JW. Câncer de mama no homem. In: Harris J, Lippman M, Morrow M. Doenças da mama. Medsi, 2002;795–802. 3. Koe M, Oztas S, Erem M Invasive lobular carcinoma of the male breast: a case report. Japan J Clin Oncol 2001;31:444–446. 4. Thomas DB. Breast cancer in men. Epidemiol Rev 1993;15:220–231. 5. Green L, Wysovski D, Fourcroy J. Ginecomastia and breast cancer during finasteride therapy. 6. Soares JL. Câncer de mama no homem. In: Josélio M. Mastologia – formação do especialista. 1999;195–202. 7. Mourão M. Câncer de mama no homem. In: Barros A, Salvador H, Novais E. Mastologia – condutas. 1999;182–185. 8. Zurida S, Vialle G, De Braud F. O carcinoma da mama masculine. In: Veronesi U. Mastologia oncológica. 2002;491–495. 9. Newman J. Breast cancer in men and mammography of the male breast. Radiol Technol 1997;69:17–28. 10. Samson M. When should men undergo mammography? AJR Am J Roentgenol 2002;178:1410–1420.




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GIGANTOMASTIA PÓS-PUERPERAL: RELATO DE CASO.


Tavares MA; Bianco SR; Pimenta DR; Mourão GAS; Marques EM.

Clínica Sensumed/Unimed Manaus/Fundação Cecon.

Introdução: A gigantomastia foi descrita pela primeira vez por Palmuth em 1648. Pode afetar mulheres de qualquer raça, durante a idade reprodutiva, sendo menos freqüente que a hipertrofia mamária juvenil (virginal). A gigantomastia da gravidez ou pós-puerperal aparece nos primeiros meses de gravidez. A história típica consiste em uma mulher sadia grávida que refere aumento massivo bilateral do tamanho das glândulas mamárias nos primeiros meses de gravidez. A pele e o parênquima mamário adquirem aspecto firme, edematoso e tenso. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 24 anos, cor parda, procedente de Manaus, AM, foi encaminhada ao nosso serviço com aumento acentuado e dor nas mamas que se iniciou durante a gravidez e permaneceu após o parto. Foi solicitada ultra-sonografia que demonstrou volumoso aumento mamário com espessamento cutâneo difuso e linfedema do tecido celular subcutâneo. O parênquima mamário apresentava-se de aspecto heterogêneo com moderada lipossubstituição. Foi solicitada também mamografia que não foi executada em função do quadro de algia intensa. Discussão: A hipertrofia mamária manifesta-se, com maior propriedade, em duas fases distintas da mulher: na puberdade e no ciclo grávido-puerperal. É uma intercorrência bastante rara; dentre as poucas estatísticas existentes, parece haver um consenso em torno de uma ocorrência para cada 100.000 grávidas. Fatores que provavelmente se relacionam com a etiologia são: excesso de hormônio placentário e esteróides sexuais, hipersensibilidade do tecido mamário à endocrinologia gravídica e deficiente conjugação hepática. Na anamnese a paciente relata um aumento global das mamas, geralmente de forma bilateral e, mais freqüentemente, logo após o início da gestação. É possível observar alargamento do complexo aréolo-papilar, por vezes, com a presença de rágides. Em relação ao diagnóstico complementar a ultra-sonografia ainda é o melhor recurso diagnóstico apesar do aumento da ecogenicidade parenquimatosa e do espessamento da pele e do tecido celular subcutâneo, em particular próximo ao complexo aréolo-papilar. Quanto à mamografia, apresentam-se como mamas heterogeneamente densas e com aumento volumétrico que ultrapassam os limites da miliamperagem do mamógrafo. No exame histopatológico há enorme hipertrofia do tecido conjuntivo e hiperplasia glandular. As pacientes que não forem submetidas a tratamentos cirúrgicos deverão ser acompanhadas até o desmame. Conclui-se então que esta enfermidade deve ser avaliada de uma forma global tanto com a clínica quanto com exames complementares para um melhor acompanhamento das pacientes.




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LOCALIZAÇÃO PRÉ-OPERATÓRIA DE LESÕES MAMÁRIAS GUIADA POR RESSONÂNCIA MAGNÉTICA COM PESQUISA SIMULTÂNEA DE LINFONODO SENTINELA.


Docema MFL; Dequi CB; Barros MAR; Ramos Filho A; Bevilacqua JLB; Barros ACS; Cerri GG.

Hospital Sírio Libanês – São Paulo SP.

Introdução: Cerca de 10% das lesões malignas das mamas com relevância clínica terapêutica são evidenciadas exclusivamente à ressonância magnética (RM) segundo Fisher e colaboradores. Em nosso meio, onde os dispositivos de biópsia guiada por RM não estão amplamente disponíveis, invariavelmente nos deparamos com situações, onde os achados do exame necessitam de confirmação diagnóstica e o dilema de como abordar estas lesões. A utilização de fármaco para localização radioguiada de lesões mamárias ocultas (ROLL) e investigação simultânea de linfonodo sentinela guiada por mamografia ou por ultra-sonografia foi recentemente publicada por Barros e colaboradores. Objetivo: Neste estudo os autores propõem uma alternativa para localização de lesões vistas exclusivamente à RM, com injeção do radiofármaco na periferia da lesão guiada por RM, possibilitando o estudo do linfonodo sentinela, se necessário. Discussão: As informações obtidas com estudos de RM das mamas tem-se mostrado cada vez mais valiosas, com impacto positivo na mudança da estratégia de tratamento adotada. Com freqüência, lesões suspeitas, ocultas aos métodos convencionais são identificadas, necessitando de confirmação diagnóstica. Este estudo propõe método alternativo de maior disponibilidade no nosso meio para abordagem destas lesões de forma factível e eficiente. Referências: 1. Barros ACSD, et al. Ann Surg Oncol 2007;14:1472–1477. 2. La Trenta LR, et al. Radiology 2003;227: 856–861.




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PROPOSTA DE PROTOCOLO DE EXAME DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA (RM) DAS MAMAS.


Docema MFL; Dequi CB; Barros MAR; Ramos Filho A; Bevilacqua JLB; Barros ACS; Cerri GG.

Hospital Sírio Libanês – São Paulo, SP.

Introdução: Desde o primeiro estudo de RM das mamas com a utilização de contraste paramagnético em 1986 descrito por Heywang e colaboradores, muitos foram os avanços tecnológicos com sensíveis melhorias na resolução temporal e espacial do método. O Colégio Americano de Radiologia propõe análise sistemática dos exames, com classificação das lesões conforme o BI-RADS modificado para RM. Contudo, em geral os protocolos de estudo descritos são incompletos, com poucas seqüências de pulso, objetivando responder apenas aos questionamentos propostos. Não existe até o momento, contrastando com outras áreas examinadas pelo método, consenso quanto ao melhor protocolo a ser utilizado. Objetivo: Neste ensaio pictórico, propomos um protocolo de exame em tempo aceitável, que mais se adequada a realidade da prática clínica, onde há uma maior diversidade de indicações, ressaltando as particularidades e aplicações das seqüências de pulso utilizadas em nosso serviço, destacando a importância de cada uma delas. Discussão: A padronização dos exames possibilita a criação de linguagem comum entre profissionais, maior capacidade de resposta aos significados dos diferentes achados, além de maior reprodutibilidade do método e redução nas reconvocações de pacientes. Referências: 1. Kuhl CK, et al. Radiology 1999;211:101–110. 2. Heywang-Kobrunner SH, et al. Invest Radiol 1994;29:94–104. 3. Libernan L, et al. AJR Am J Roentgenol 2002;179:171–178.




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RESSONÂNCIA MAGNÉTICA NOS IMPLANTES MAMÁRIOS.


Fidelman CB; Fidelman CB; Rocha GGL; Cabral AVP; Musegante AR; Araújo Neto C; D’Almeida FR.

Image Memorial-Dasa.

Objetivo: Demonstrar a técnica adequada de exame, tipos de posicionamento e principais complicações dos implantes mamários em pacientes submetidas a cirurgia estética. Introdução: Durante a evolução das técnicas cirúrgicas, diversos materiais foram utilizados sob a forma de líquido e gel livres, e posteriormente em forma de gel envolto por uma cápsula, permitindo melhores resultados estéticos e evitando a migração de silicone livre. Os tipos mais utilizados são implantes de lúmen único preenchidos por silicone ou gel-salina aprovados pelo FDA. A ressonância magnética em aparelho de alto campo e com utilização de bobina dedicada é o método de escolha para avaliação dos implantes mamários e suas complicações. Descrição do material: Foram coletados casos ilustrativos com o objetivo de demonstrar a técnica adequada de exame, os tipos de implante mais utilizados e posicionamento, além das principais complicações, a exemplo de rotura intra e extracapsulares, contratura e alterações inflamatórias. Discussão: Com o advento de novas técnicas de imagem e maior acesso à ressonância magnética, tem-se observado um aumento significativo na detecção de complicações relacionadas aos implantes mamários, sendo este método o mais sensível na identificação de roturas, em especial da rotura intracapsular, e das demais complicações em comparação aos outros métodos (ultra-sonografia e mamografia), propiciando uma avaliação mais fidedigna do aspecto do implante e do parênquima mamário circunjacente e orientando a conduta terapêutica.




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SISTEMAS CAD PARA O AUXÍLIO NA AVALIAÇÃO E ANÁLISE DE IMAGENS DE RESSONÂNCIA MAGNÉTICA DE MAMA.


Angelo MF; Patrocínio AC; Schiabel H.

Universidade Estadual de Feira de Santana.

Introdução: A demanda crescente dos hospitais por um diagnóstico de forma rápida e precisa, somada aos avanços computacionais e de processamento de imagens, fizeram surgir novas pesquisas relacionadas ao diagnóstico por imagem auxiliado por computador (computeraided diagnosis – CAD). Em geral, estes sistemas utilizam técnicas provenientes de duas áreas do conhecimento: visão computacional e inteligência artificial(1). A fim de auxiliar na avaliação e análise de imagens de RM de mama, trabalhos vêm sendo desenvolvidos com o objetivo de detectar e classificar lesões mamárias(2–5), além de aumentar o contraste nestas imagens(6,7). Revisão: Uma das vantagens encontradas nas imagens de RM é a obtenção da informação tridimensional da mama. O realce decorrente da presença de contraste é utilizado para a diferenciação entre lesões e tecidos normais, devido ao aumento de vascularização e permeabilidade capilar do tumor. Porém, algumas lesões benignas também são realçadas na ressonância e, por isso, sua especificidade é limitada. No entanto, pode-se utilizar atributos temporais e espaciais das lesões para a sua caracterização. Atributos temporais incluem taxa máxima de realce da lesão, o tempo em que ocorre, a velocidade máxima de realce, e mudança na não-homogeneidade da lesão no processo de realce. Atributos espaciais incluem relação de contraste entre a lesão e o fundo, não-homogeneidade dos valores dos voxels na lesão, características das margens da lesão, textura, circularidade e irregularidade da lesão(5). Estudos utilizando redes neurais artificiais para a classificação de lesões mamárias vêm sendo desenvolvidos em RM(3,5). Gilhuijs et al.(5) apresentaram um sistema de classificação automatizada de lesões de mama a partir de imagens de RM, utilizando atributos temporais e espaciais calculados nas três dimensões. Em um estudo inicial para distinção entre lesões benignas e malignas, realizado com 27 casos, foi obtida uma área sob a curva ROC igual a 0,96. Discussão: De acordo com Kriege et al.(8), existem evidências crescentes de que a RM representa-se como um método muito sensível à detecção precoce do câncer mamário em mulheres com alto risco para esta doença, o qual pode se apresentar mamograficamente oculto em razão da alta concentração de tecido mamário nestas pacientes(9). A RM também possui maior acurácia do que a mamografia e o ultra-som em avaliar o tamanho e as características morfológicas do tumor, bem como no diagnóstico de lesões multifocais e multicêntricas(10). Desta forma, o estudo de técnicas para auxiliar tanto na detecção como na classificação e caracterização de estruturas associadas ao câncer de mama em imagens de RM são de grande importância, pois através destes sistemas computadorizados os especialistas podem contar com uma “segunda opinião” no momento do diagnóstico, tornando-o assim mais preciso. Referências: 1. Castleman KN. Digital image processing. New Jersey: Prentice-Hall, 1996. 2. Lehman CD, et al. A new automated software System to evaluate breast MR examinations: improved specificity without decreased sensitivity. AJR Am J Roentgenol 2006;187:51–56. 3. Szabó BK, et al. Application of artificial neural networks to the analysis of dynamic MR imaging features of the breast. Eur Radiol 2004;14:567–570. 4. Jacobs MA, et al. Diagnosis with multiparametric MR imaging. Radiology 2003;229:225– 232. 5. Gilhuijs KGA, Giger ML, Bick U. Computerized analysis of breast lesions in three dimensions using dynamic magnetic resonance imaging. Med Phys 1998;25:1647–1654. 6. Wiener JI, et al. Assessment of suspected breast cancer by MRI: a prospective clinical trial using a combined kinetic and morphologic analysis. AJR Am J Roentgenol 2005; 184:878–886. 7. Kuhl CK, Schild HH, Morakkabati N. Dynamic bilateral contrast enhanced MR imaging of the breast: trade-off between spatial and temporal resolution. Radiology 2005;236:789–800. 8. Kriege M, et al. Efficacy of MRI and mammography for breast-cancer screening in women with a familial or genetic predisposition. N Engl J Med 2004; 351:427–437. 9. Sardanelli F, et al. Sensitivity of MRI versus mammography for detecting foci of multifocal, multicentric breast cancer in fatty and dense breasts using the whole-breast pathologic examination as a gold standard. AJR Am J Roentgenol 2004;183:1149–1157. 10. Boetes C, et al. Breast tumors: comparative accuracy of MR imaging relative to mammography and US for demonstrating extent. Radiology 1995;197:743–747.
 
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