XXXVII CONGRESSO BRASILEIRO DE RADIOLOGIA/XXIV CONGRESO INTERAMERICANO DE RADIOLOGÍA
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16 – NÍVEIS DE TAXA DE DOSE PARA PROFISSIONAIS OCUPACIONALMENTE EXPOSTOS DURANTE EXAMES COM TECNÉCIO-99m.
Schwarcke MMB; Ferreira NMPD; Cardoso DDO. Instituto Militar de Engenharia. Os profissionais ocupacionalmente expostos à radiação possuem um nível máximo permissível de 20 mSv/ano, não podendo ultrapassar 50 mSv numa média ponderada de 5 anos consecutivos segundo a legislação vigente. O período de exposição às radiações dos profissionais ocupacionalmente expostos em Serviços de Medicina Nuclear (SMN) é maior do que o dos profissionais ocupacionalmente expostos em outros tipos de exames diagnósticos. Foi realizado um levantamento de todas as atividades desenvolvidas num SMN, determinando as de maior periculosidade para o profissional exposto. Utilizou-se para a realização das medidas uma câmara de ionização modelo Babyline 81 do fabricante Eurisys Mesures, medindo-se a taxa de dose à uma distância de 1,0 m da fonte de irradiação e mediu-se o tempo em que o profissional situava-se à distâncias inferiores a 1,0 m da fonte radioativa. Observou-se para os exames de cintilografia renal com ácido dietileno triamino pentaacético (DTPA) um valor médio de (2,55 ± 0,25) µSv/h e para o exame de cintilografia renal com ácido dimercapto succínico (DMSA) um valor médio de (1,20 ± 0,12) µSv/h. Já para exames de cintilografia óssea com ácido metilenodifosfônico (MDP) observou-se um valor médio de (2,86±0,28) µSv/h. Os valores de taxa de dose por exame permitem determinar que a dose no profissional é elevada, quando comparada a outro Serviço em que as atividades administradas nos pacientes foram menores. O processo de eluição, preparo de dose, posicionamento do paciente e anamnese pós-exame, foram consideradas as etapas de maior exposição do trabalhador. Foi feita uma alteração na bancada de manipulação de forma a diminuir o tempo de exposição dos profissionais nesta atividade. 105 – VALIDAÇÃO E APLICAÇÃO DA METODOLOGIA COMPUTACIONAL PCXMC® PARA MEDIDA DE DOSE EM PACIENTES SUBMETIDOS A EXAMES DE RAIOS-X. Oliveira VLS; Silva TA. Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Introdução: A exposição à radiação X contribui em nível mundial com cerca de 95% das doses totais fornecidas aos pacientes. O uso desta radiação traz um benefício para a saúde do homem, mas, ao mesmo tempo é motivo de preocupação quanto aos detrimentos que ela possa causar. O desenvolvimento de métodos práticos para avaliação de dose em pacientes de radiologia é desejável para os programas de controle e garantia de qualidade, inclusive a dosimetria em pacientes, que hoje em dia é um requisito legal na maioria dos países tais como o Brasil. A Comissão Internacional de Unidades e Medidas de Radiação (ICRU) sugere utilizar programas baseados nas técnicas de Monte Carlo a partir dos parâmetros radiográficos para calcular doses em um ponto ou a dose média no órgão, baseado em doses recebidas pelos pacientes em exames de raios-X (ICRU, 2005). O PCXMC é um programa computacional baseado nas técnicas de Monte Carlo para calcular a dose nos órgãos de pacientes e a dose efetiva em explorações simples de raios-X e será utilizado como ferramenta neste estudo sobre a abordagem de doses em pacientes submetidos a exames de raios-X. O objetivo deste trabalho é validar e aplicar a metodologia PCXMC para medidas de doses em pacientes submetidos a diferentes exames de raios-X convencionais em Unidades de Pronto-Atendimento (UPA) da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Casuística e métodos: O estudo das doses de radiação nos pacientes será desenvolvido em três etapas: 1 – Coleta de dados dos pacientes nos setores de raios-X nas Unidades de Pronto-Atendimento da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte como: altura, idade, peso corporal, parâmetros de exposição: kV e mAs. As técnicas radiográficas adotadas serão: AP, PA e perfil do tórax; PA e lateral do crânio; 2 – Aplicação do programa PCXMC para calcular as doses absorvidas nos órgãos dos pacientes; 3 – Validação do programa PCXMC com as doses medidas em fantomas no laboratório do LCD do CDTN.As exposições serão feitas com um aparelho de raios-X VMI. Resultados principais: Conhecer a dose absorvida nos órgãos dos pacientes calculadas pelo programa PXMC quando submetidos a diferentes tipos de exames de raios-X. Comparar as doses calculadas pelo PCXMC com as doses medidas no laboratório do LCD do CDTN. Validar o programa PXMC com as doses medidas no laboratório do LCD do CDTN. Conclusões objetivas: Apresentar com os resultados obtidos a importância da aplicação do programa PCXMC nos setores de radiologia para calcular a dose absorvida nos órgãos dos pacientes. Incentivar a adoção do programa PCXMC como método didático para as disciplinas de proteção radiológica. 157 – AVALIANDO E UTILIZANDO O EFEITO ANÓDICO NA MELHORIA DA QUALIDADE DE IMAGEM. Soares FA; Costa N. CEFET-SC. Introdução: O efeito anódico descreve um fenômeno em que o ânodo transforma a energia cinética dos elétrons em fótons de radiação X, mas também os absorve parcialmente. Assim, o feixe de radiação emitido em direção ao paciente não é uniforme, variando até 40% entre os extremos da radiografia. O efeito anódico tem um papel importante na qualidade da imagem radiográfica, pois pode ser utilizado positivamente, aproveitando o fenômeno para obter exposições ótimas de certas partes do corpo que possuem diferenças de espessura consideráveis. Basta apenas posicionar, ao longo do eixo da mesa, a parte menos espessa do corpo embaixo do ânodo. Descrição: Para avaliar o efeito anódico nos aparelhos radiográficos, desenvolveu-se um instrumento contendo peças metálicas que permitem um teste simples e eficiente. Cálculos a partir do coeficiente de atenuação em massa de diversos materiais foram utilizados para definição do material e tamanho das peças usadas no instrumento. As peças, cilindros de diversas alturas, são usinadas em cobre com proteção de chumbo e suporte em acrílico. O teste consiste em radiografar todo o conjunto a fim de se obter uma imagem de pequenos círculos no filme revelado. A seqüência de utilização do teste e interpretação dos resultados será apresentada em vídeo e imagens. Discussão: A partir do princípio da proteção radiológica, que busca a qualidade da imagem versus minimização da exposição à radiação, o teste dá ao operador em radiologia mais uma forma de melhorar a qualidade da imagem radiográfica através da análise do efeito anódico nos aparelhos radiográficos. Junto com o instrumento, desenvolveu-se um manual de posicionamento radiográfico específico para exames que se beneficiem do efeito anódico. O instrumento busca a qualidade da imagem e inibe significativamente a repetição de exames, diminuindo a exposição à radiação X dos profissionais e da população em geral, além de redução de custos. 284 – ATUAÇÃO DA COMISSÃO DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR NO SETOR DE IMAGENOLOGIA: RELATO DE EXPERIÊNCIA E REVISÃO DE LITERATURA. Vitório RL; Santos CX; Costa DH; Lucas JCB; Silva XL; Queiroz FO; Fernandes FS; Ibiapina VS; Santos JA; Carneiro SS. Faculdade Santa Marcelina – Campus Itaquera. Introdução: As infecções hospitalares (IH’s) são definidas como aquelas adquiridas após a admissão do paciente ao hospital, que se manifestam durante a internação ou após a alta e podem ser relacionadas com a internação ou procedimentos hospitalares. Pesquisas apontam que as mãos são o principal agente transmissor das IH’s. Atualmente, tudo que diz respeito às IH’s é tratado pela Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH). As fontes de dados para o desenvolvimento do trabalho variam de relatórios do laboratório de microbiologia, internação, farmácia, radiologia, necropsia, ambulatório e de saúde local. Embora se conheça a ação da CCIH, a prática diária demonstra que não existe atenção ao setor de imagenologia. Este trabalho tem como objetivo revisar os conceito da atuação da CCIH no setor de imagenologia e demonstrar a resistência enfrentada para a sua consolidação no setor. Descrição do material: Pesquisa exploratória de revisão bibliográfica e relato de experiência, modalidade amplamente utilizada nas ciências da saúde. Discussão: Atualmente, o crescente processo tecnológico obriga a uma maior atenção ao setor de imagenologia, em razão da rotatividade de pacientes e diversidade de enfermidades atendidas diariamente no setor. Apesar de encontrarmos poucos estudos que mostrem a intervenção direta, é de grande valia o reconhecimento e sua intervenção num processo conjunto e multiprofissional em prol do controle das IH’s. Experiência de coleta de dados no setor de imagenologia relacionada à ação da CCIH enfrenta resistência, uma vez que se trata de um setor classificado como de baixo risco para IH’s. De forma subjetiva observa-se dificuldade na ação de educação continuada envolvendo os profissionais da imagenologia, excluindo-os das ações de controle de IH’s. Toda a equipe, incluindo o profissional da imagenologia, deve ser conscientizada de que o médico e o enfermeiro não são capazes de, isoladamente, controlar as IH’s, e que todo profissional que presta cuidados deve assumir responsabilidades nessa ação. |