Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

379 – BIÓPSIA DE LINFONODO SENTINELA COM ASSOCIAÇÃO DE FITATO-99mTc E CORANTE AZUL PATENTE: 500 CASOS DE UMA MESMA EQUIPE.

Matushita CS; Barral CM; Araujo LC; Coelho ID; Ribeiro FM; Barroso AA; Santos LC; L’Abbate R; Felicissimo M.

Nuclear Medcenter.

Introdução: A técnica conjunta de biópsia de linfonodo sentinela (BLS) com uso de fitato-99mTc (RF) e azul patente (AP) é muito utilizada em nosso meio. Entre 1999 e 2007 uma mesma equipe de mastologia realizou 500 BLS, em atuação multidisciplinar com um mesmo serviço de medicina nuclear, sendo esta casuística aqui apresentada. Objetivo: Apresentar os resultados da sensibilidade de identificação do LS, o índice de positividade para metástases, a correlação entre RF e AP, além de valorizar a participação da equipe multidisciplinar na BLS. Materiais e métodos: Após a injeção do RF em 4 pontos com 0,2 ml cada e a identificação do LS através da linfocintilografia, os pacientes foram encaminhados ao bloco cirúrgico onde, previamente à cirurgia, foram injetados 03 ml de AP, massageando-se a mama por aproximadamente 5 minutos. A identificação intra-operatória do linfonodo foi feita através da coloração azul e da detecção da radiação com o gamaprobe (GP). Após a exérese enviou-se os linfonodos para estudo anatomopatológico, incluindo congelação e posterior análise histológica. Resultados: A detecção do LS foi mais eficaz com o GP em relação ao AP, o número de LS não identificados foi muito baixo, assim como o índice de falsos negativos, sendo que o AP demonstrou ser um excelente facilitador da BLS realizada com GP. Conclusão: Os resultados deste estudo são plenamente compatíveis com os dados da literatura mundial e confirmam que a BLS associando RF e AP pode ser usada como procedimento padrão na abordagem axilar do câncer da mama em estágio inicial.

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382 – LINFONODO SENTINELA NO ADENOCARCINOMA DE CÓ- LON.

Matushita CS; Barral CM; Coelho ID; Ribeiro FM; Carvalho LA; Oliveira BRR; Waistein AJA; Abreu DG; Freitas AH; Barroso AA.

Nuclear Medcenter.

Introdução: A principal via de disseminação da neoplasia colorretal é linfática e acredita-se que haja sub-estadiamento pós-operatório, já que aproximadamente 25% dos pacientes classificados como estádio inicial, sem indicação para quimioterapia, apresentam recidiva local ou metástases em órgãos distantes. O acometimento dos linfonodos tem importância no estadiamento, terapêutica e prognóstico do paciente. Apresenta-se estudo com 18 pacientes, tema de mestrado aprovado pelos Comitês de Ética e Pesquisa da UFMG e FHEMIG. Objetivo: Avaliar a importância da linfocintilografia (LCTG) e da biópsia de linfonodo sentinela (BLS) no estadiamento do adenocarcinoma de cólon (AD) e a viabilidade da técnica proposta. Método: Dezoito pacientes (11 mulheres e 7 homens), idade entre 34 e 83 anos, foram submetidos à laparotomia, com injeção de 99mTc-fitato (RF) na dose aproximada de 1 mCi na subserosa peri-tumoral, com identificação peroperatória dos linfonodos mediante coloração azulada e captação do radiotraçador pelo gama-probe (GP). Os linfonodos-sentinela (LS) foram examinados por meio de histologia de rotina, exame especial com multissecção e imunoistoquímica (IMH). Resultados: LS identificados em 16/18 (88,8%) com RF; 13/18 com azul patente (AP); média de 2.8 LS/paciente; 04 LS +/18, sendo que em outros 03 pacientes os linfonodos positivos foram não-sentinelas com alta taxa de falso negativo (3/7; 42,8%), sendo que a IMH aumentou 01/11 (9%) o diagnóstico de positividade. Conclusões: Apesar das dificuldades logísticas incluídas, a pesquisa intra-operatória de LS em pacientes com AD utilizando marcadores é factível e de fácil aprendizado. O emprego da LCTG e da técnica combinada (corante/fitato) agregou valor tanto na localização quanto na identificação do LS, salientando que o radiofármaco foi mais eficaz que o corante azul, que atua como agente facilitador. O método não acrescentou morbi-mortalidade, facilitou o estadiamento, mas o número de falsos negativos foi alto, sendo necessários mais casos para definir o real valor da BLS nestes pacientes.

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384 – LINFOCINTILOGRAFIA E BIÓPSIA DE LINFONODO SENTINELA: MIGRAÇÃO EXÓTICA.

Barral CM; Matushita CS; Carvalho LA; Coelho ID; Abreu DG; Ribeiro FM; Braga HM; Resende MO; Barroso AA.

Nuclear Medcenter.

Introdução: A linfocintilografia (LCTG) associada à biópsia de linfonodo sentinela (BLS) está consolidada como método adjuvante fundamental no estadiamento, planejamento terapêutico e tratamento do paciente portador de câncer de mama ou melanoma. Apesar de a drenagem linfática dos diversos segmentos do corpo humano ser conhecida, somente através da LCTG é possível se identificar com acurácia o número e a localização de linfonodo(s) sentinela, primeiro(s) a receber a drenagem linfática do sítio tumoral. Objetivo: Apresentar casos de pacientes portadores de melanoma ou câncer (CA) de mama em estágios iniciais em que através da realização de LCTG identificou-se LS em regiões inesperadas e não condizentes com a drenagem linfática regional tumoral esperada. Materiais e métodos: Realiza-se a injeção de fitato-99mTc em 04 pontos periareolares com 0,2 ml cada nos pacientes portadores de CA de mama ou em pontos perilesionais/pericicatriciais de melanoma. A identificação do(s) LS se dá através de LFCTG realizada 02 horas após injeção do radiofármaco. Os pacientes são então encaminhados ao bloco cirúrgico onde, com auxílio de corante azul patente e gama-probe, faz-se identificação, exérese e BLS. Resultados: A LCTG, procedimento consagrado na abordagem de pacientes portadores de melanoma ou CA de mama iniciais, mostrase consistente na identificação do LS ainda que em local díspar daquele em que se esperava relacionar com a drenagem linfática do sítio tumoral em questão. Seguida de BLS por cirurgia radioguiada, representa uma oportunidade de se detectar metástases ocultas regionais ou não, sem se realizar ressecções de cadeias linfonodais extensas muitas vezes desnecessárias. Conclusão: Pode-se afirmar de maneira categórica que a drenagem linfática esperada de uma região muitas vezes não se concretiza como a drenagem encontrada. Desta maneira, um achado de LS em local inesperado em LCTG pode representar alteração na abordagem cirúrgica do paciente e contribuir na excelência do tratamento prestado, tornando-o menos radical e mais preciso.

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386 – RIM EXTRA-NUMÉRICO: RELATO DE CASO.

Ribeiro FM; Matushita CS; Barral CM; Coelho ID; Carvalho LA; Abreu DDG; Barroso AA; Braga HM; Resende MO.

Nuclear Medcenter.

Introdução: Rim extra-numérico é uma rara anomalia congênita do trato urinário que, pela escassez de casos publicados e atipicidade da sintomatologia apresentada, comumente vem acompanhada de um dilema em seu diagnóstico e terapêutica. Relato de caso: Mulher, 33 anos, com quadro de cefaléia occipital de uma semana de duração, poliúria, espumúria, lombalgia esquerda, pirose, hiperglicemia e hipertensão. Realizado ultra-som abdominal total para avaliação renal que evidenciou rim direito tópico, rim esquerdo pélvico e estrutura adjacente súpero-lateral ao rim esquerdo de aspecto reniforme. Cintilografia renal dinâmica com DTPA-99mTc indicou possível rim extranumerário com discretos fluxo e captação do radiofármaco. Tomografia computadorizada de abdome mostrou massa anexial semelhante a ovário ou anexo ovariano a esclarecer. Cintilografia renal estática com 99mTc-DMSA e imagens tamográficas (SPECT) confirmaram a presença de rim extranumérico à esquerda. Conclusão: Estudos cintilográficos renais podem trazer importantes informações diagnósticas acerca de anormalidades congênitas, incluindo rins extranuméricos. Imagens tomográficas (SPECT) em cintilografias renais estáticas com DMSA-99mTc revelam- se muitas vezes fundamentais no diagnóstico de rins ectópicos.

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387 – DETECÇÃO FORTUITA DE TUMOR RETRO-AREOLAR DE MAMA EM ESTUDO DE PERFUSÃO MIOCÁRDICA COM SESTAMIBI- 99mTc (MIBI): RELATO DE DOIS CASOS.

Matushita CS; Barral CM; Carvalho LA; Coelho ID; L’Abbate RL; Santos LC; Magalhães LN; Resende MO; Ribeiro FM; Barroso AA.

Nuclear Medcenter.

Introdução: O MIBI, rotineiramente utilizado na avaliação da perfusão miocárdica, apresenta alta afinidade por lesões tumorais. Assim, fazse mister avaliar a captação extra-miocárdica a fim de se evitar incorrer na perda de diagnósticos tumorais. Relato de casos: Relatam-se dois casos de pacientes do sexo feminino submetidas à cintilografia do miocárdio com MIBI para investigação de possível doença coronariana, que apresentaram hipercaptação focal do radiotraçador em partes moles de hemitórax esquerdo em topografia de mama nas duas fases do estudo. Foi indicado à mesma avaliação complementar com mastologista. Em uma das pacientes, mamografia realizada evidenciou nódulo retro-areolar esquerdo de 02 cm, enquanto a ultra-sonografia denotou nódulo retro-areolar esquerdo irregular de 2 x 1,8 x 1,5 cm. “core biopsy” diagnosticou carcinoma ductal associado a carcinoma lobular. Na segunda paciente, mamografia e ultra-sonografia se mostraram inconclusivas, tendo sido o diagnóstico de carcinoma de mama somente possível através de “core biopsy”. A propedêutica prosseguiu com lumpectomia/quadrantectomia associada à biópsia de linfonodo sentinela (BLS), através da qual foram ressecados linfonodo(s) sentinela axilares azuis e captantes. Conclusão: Em captações extra-cardíacas do MIBI evidenciadas em cintilografias da perfusão miocárdica é mandatória investigação complementar para diagnóstico diferencial de possíveis tumores, uma vez que tal radiofármaco é extremamente sensível para neoplasias malignas.

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388 – UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DE PESQUISA DE LINFONODO SENTINELA EM PACIENTES COM MELANOMA CUTÂNEO PRIMÁ- RIO: ESTUDO RETROSPECTIVO DE 86 CASOS TRATADOS EM UM ÚNICO SERVIÇO.

Barral CM; Waistein AJA; Oliveira BRR; Matushita CS; Coelho ID; Ribeiro FM; Carvalho LA; Abreu DDG; Barroso AA; Braga HM.

Nuclear Medcenter.

Introdução: A pesquisa de linfonodo sentinela é um procedimento aceito para o estadiamento mais acurado dos pacientes com melanoma cutâneo primário e seu status é usado para seleção de pacientes que serão submetidos à linfadenectomia terapêutica. Este estudo analisou, retrospectivamente, os dados de pacientes com melanoma cutâneo primário submetidos à pesquisa de linfonodo sentinela, com a finalidade de se estabelecer os reais benefícios desta técnica para este grupo de pacientes, além de correlacionar fatores como idade e estádio da doença com a presença ou não de metástase no linfonodo sentinela. Métodos: Foi realizada análise retrospectiva de 86 pacientes diagnosticados com melanoma cutâneo primário e que foram submetidos à linfocintilografia seguida de pesquisa de linfonodo sentinela com gama probe e azul patente. Resultados: Em todos os 86 pacientes avaliados o linfonodo sentinela foi identificado com os marcadores. Os linfonodos foram, então, ressecados e enviados para estudo anatomopatológico. Deste total, apenas treze pacientes apresentaram metástase em linfonodo sentinela ao exame histológico de rotina e imunohistoquimíca, e foram, portanto, submetidos ao esvaziamento da cadeia linfonodal correspondente. Conclusão: A implementação de um procedimento minimamente invasivo como é a pesquisa de linfonodo sentinela representa uma oportunidade de se detectar metástases ocultas regionais em pacientes com melanoma cutâneo, sem se realizar ressecções de cadeias linfonodais extensas muitas vezes desnecessárias. Seguindo os critérios para utilização da técnica já bem estabelecidos, o procedimento mostra-se factível e eficiente.