RESUMOS DE TESES
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Autho(rs): Robson Ferrigno |
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Com relação às pacientes EC I, II e III, a sobrevida global em cinco anos foi de 83%, 78% e 46%, a sobrevida livre de doenças foi de 83%, 82% e 49%, e o controle local em cinco anos foi de 92%, 87% e 58%, respectivamente. As complicações crônicas no reto, no intestino delgado e nas vias urinárias, independentemente da graduação, foram observadas em 29 (15,3%), em oito (4,2%) e em 13 (6,8%) pacientes, respectivamente. Fibrose subcutânea foi observada em oito pacientes (4,2%) e estenose vaginal em 61 pacientes (32,1%). A análise estatística revelou o EC como a única variável significativa para a sobrevida global (p = 0,000), para a sobrevida livre de doença (p = 0,000) e para o controle local (p = 0,000). Idade maior que 50 anos foi a única variável que aumentou o controle local e a sobrevida livre de doença das pacientes EC II (p = 0,004). Tempo de tratamento superior a 60 dias foi a única variável que aumentou o índice de complicações no reto em cinco anos (p = 0,022). Idade até 50 anos foi a única variável que aumentou significativamente a incidência de complicações nas vias urinárias em cinco anos (p = 0,011). Os resultados de sobrevida global, de controle local e de complicações crônicas das pacientes da presente série foram semelhantes aos das principais séries da literatura. Esses resultados sugerem que o uso de equipamento de telecobalto e a estratégia de planejar quatro campos e tratar dois por dia em forma de rodízio, até dose de 5.000 cGy na pelve, previamente à braquiterapia, representa uma técnica aceitável de radioterapia exclusiva no tratamento de pacientes com câncer do colo do útero e com peso até de 89 kg, principalmente em países em desenvolvimento e com demanda reprimida, como o Brasil. |