RESUMOS DE TESES
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Estudo do refluxo gastroesofágico na criança através da seriografia esôfago-estômago-duodeno. Autora: Norma Selma Santos Costa.
O refluxo gastroesofágico (RGE) é patologia comum na infância, que, embora bem caracterizada em seus aspectos histopatológicos no adulto, ainda apresenta controvérsias quanto à patogênese na população pediátrica. Neste trabalho foram estudadas 86 crianças com queixas sugestivas de RGE, por meio de seriografia esôfago-estômago-duodeno (SEED). Foram avaliados a sensibilidade e especificidade do método, a severidade do refluxo e o tipo de esvaziamento. Achados histopatológicos através de biópsias endoscópicas foram analisados em 21 pacientes. A SEED foi positiva em 60,4% dos pacientes, com RGE grave presente em 59,7% e esvaziamento retardado em 42,2%. Dos pacientes que realizaram biópsia, 85,5% apresentaram esofagite de refluxo (ER). A sensibilidade da SEED foi de 88,89% e a especificidade foi de 33,33%, com uma proporção de falso-negativo de 66,67% e falso-positivo de 11,11%. Concluímos que a SEED é um método bom para a detecção de RGE, mas de baixo valor na identificação dos pacientes com risco para ER.
Fração de ejeção do ventrículo esquerdo: análise comparativa entre diferentes metodologias. Autor: Fernando Vilela Salis.
A FEVE é considerada o parâmetro mais importante para avaliar a função ventricular. Diferentes métodos podem ser usados para aferir este parâmetro, porém, os valores podem diferir, tornando necessário o conhecimento dos mecanismos envolvidos. Este trabalho objetivou analisar a correlação entre cinco diferentes métodos, em 35 pacientes. Os resultados mostraram que todos os métodos forneceram maiores valores para pacientes sem alterações da contratilidade quando comparados com os pacientes com alterações; o estudo da perfusão foi o único a superestimar os valores em mulheres e quando a amostra foi dividida, baixa correlação foi observada no subgrupo de pacientes com maior diâmetro ventricular. O conhecimento destas diferenças é essencial, devido ao amplo uso do índice e as várias formas de mensuração.
Ventriculografia radioisotópica com dobutamina e cintilografia com tálio-201 na avaliação de infarto agudo do miocárdio pós-trombólise: considerações sobre isquemia e viabilidade. Autor: José Augusto Bottega Pimenta.
O objetivo deste estudo foi empregar a ventriculografia radioisotópica com dobutamina e a cintilografia de perfusão miocárdica com tálio-201 na detecção de isquemia residual e avaliação da recuperação tardia da função cardíaca no miocárdio pós-infarto trombolisado. Foram estudados 43 pacientes submetidos a terapia trombolítica na fase aguda do evento. Ventriculografia radioisotópica em repouso e durante infusão de dobutamina até a dose de 40u/kg/min. e cintilografia de perfusão miocárdica com tálio-201 (SPECT) usando o protocolo dipiridamol/redistribuição/reinjeção foram realizadas oito dias após o infarto. Os dois estudos foram realizados com 48 horas de intervalo, em ordem aleatória. A ventriculografia radioisotópica foi repetida em repouso três meses após. A fração de ejeção global e da área infartada foi calculada em repouso, sob dobutamina e após três meses e comparada. Incremento da fração de ejeção maior que cinco pontos porcentuais foi usado como critério de recuperação da função miocárdica no seguimento de três meses. Ambos os métodos falharam em identificar isquemia residual e viabilidade miocárdica após infarto, devido à presença de prolongada disfunção pós-isquêmica do miocárdio pós-infarto trombolisado. |