Das endopróteses utilizadas, 57 eram bifurcadas, duas eram tubulares e três, cônicas aorto-unilíacas; 41 foram fabricadas sob medida (custom) e 21 tinham tamanho "standard". Em 51 pacientes houve a necessidade de se fazer fixação supra-renal, por causa de dificuldades anatômicas para o implante no colo infra-renal (colo curto ou muito tortuoso).
Resultados: A endoprótese vascular foi implantada com êxito nos 62 pacientes. Ocorreram três fugas e três rupturas da artéria ilíaca, as quais foram efetivamente tratadas com implantes de extensão aórtica ou ilíaca, respectivamente. O tempo cirúrgico médio foi de 2h55min.
Cinco pacientes evoluíram com síndrome inflamatória sistêmica grave. Uma paciente apresentou quadro de importante embolia pulmonar. Dois pacientes evoluíram para o óbito, um por quadro de coagulação intravascular disseminada e o outro por quadro de morte súbita de causa desconhecida (taxa de mortalidade = 3,2%). Em 71,1% dos pacientes houve ocorrência de febre, que variou de 37,6 a 38,9°C, e leucocitose. O tempo médio de ingresso na UVI foi de três dias e o tempo total de hospitalização foi de cinco dias.
Conclusões: Para o correto estudo dos AAAs é necessário realizar tomografia computadorizada e angiografia. A exclusão dos AAAs por via endovascular demonstrou ser efetiva. A fixação supra-renal aparenta ser uma boa alternativa nos pacientes que apresentam problemas técnicos para o implante ao nível do colo proximal. A complicação mais grave na evolução pós-operatória foi a síndrome inflamatória sistêmica.