RESUMO DE TESE
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Autho(rs): Sérgio Carlos Barros Esteves |
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O tempo médio para a obliteração foi de 28,8 meses (variando de 12 a 48 meses), considerando-se a data da angiografia. Estudada a influência de vários fatores na taxa de obliteração da MAV, não se observou correlação estatisticamente significativa para sexo (p = 0,659), idade (p = 0,060), diâmetro da malformação (p = 0,1440), volume da lesão (p = 0,9999), localização da lesão (p = 0,561), graduação de Spetzler (p = 0,412), fluxo da malformação (p = 0,281), embolização (p = 0,352), número de isocentros (p = 0,528), dose prescrita (p = 0,2861) e isodose escolhida (p = 0,0869). O edema perilesional foi a complicação transitória mais freqüente (7,2%). Quatro pacientes apresentaram sangramento pós-radiocirurgia, quatro evoluíram com déficit motor e um paciente passou a se queixar de piora da memória. Em relação às complicações pela radiocirurgia, vários fatores foram analisados e não tiveram influência estatisticamente significativa para número de isocentros (p = 0,520), região anatômica (p = 0,358), diâmetro da MAV (p = 0,2947), dose máxima (p = 0,7846), isodose escolhida (p = 0,7444) e dose prescrita (p = 0,0554). A avaliação clínica atual mostra que 23 pacientes encontram-se assintomáticos e sem uso de medicamentos, 11 estão assintomáticos, mas em uso de medicação, seis são sintomáticos, porém sem déficit, 13 estão com déficit, um foi a óbito durante transplante hepático e outro faleceu devido a sangramento. Pode-se concluir que a radiocirurgia é um procedimento eficaz no tratamento da malformação e podemos considerá-la uma técnica alternativa ao tratamento cirúrgico tradicional, principalmente para lesões localizadas em áreas eloqüentes com risco de morbidade elevada. |