RESUMO DE ARTIGO
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Autho(rs): Renata I. Carneiro Leão |
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Após o exame, a história clínica de todos os pacientes era revisada, a fim de determinar qual diagnóstico, clínico ou histológico, tinha sido feito. Nódulos eram classificados como malignos somente se houvesse confirmação histológica ou citológica. Para analisar o significado estatístico e a relevância clínica dos dados obtidos, os pacientes foram divididos em dois grupos: aqueles com neoplasias malignas e aqueles com granulomas ou neoplasias benignas. Sensibilidade, especificidade, acurácia e os valores preditivos positivos e negativos foram calculados utilizando-se o valor maior que 15 HU como significando um teste positivo. Resultados: A atenuação média pré-contraste não foi significativamente diferente entre os dois grupos. A média de impregnação e o diâmetro médio das neoplasias malignas foram significativamente maiores do que os das neoplasias benignas e granulomas. A sensibilidade e a especificidade foram de 98% e 58%, respectivamente. Discussão: O resultado do estudo corroborou a hipótese: a ausência de impregnação significativa do nódulo pulmonar na TC é fortemente preditiva de benignidade. O protocolo foi considerado satisfatório para os nódulos medindo de 5-40 mm de diâmetro. Nódulos malignos impregnaram significativamente mais do que os granulomas e neoplasias benignas. A média de impregnação, de idade e o diâmetro médio das neoplasias malignas foram significativamente maiores do que os das neoplasias benignas e granulomas. Os valores máximos de impregnação foram significativamente maiores para os nódulos malignos (42 HU) e inflamatórios benignos (44 HU) do que para os nódulos benignos não-inflamatórios (13 HU). Granulomas com alterações inflamatórias ativas geralmente impregnam bem mais do que 15 HU. Conforme ele amadurece e se torna menos ativo e mais necrótico, ele se impregna menos. Relatos dos EUA e da Europa mostram que 50% de todas as cirurgias realizadas para nódulos pulmonares indeterminados resultam na ressecção de um nódulo benigno. Esta taxa se reduz para 30% quando se correlaciona os dados clínicos com os achados do estudo dinâmico do nódulo. Quatro dos 356 casos estudados foram falso-negativos. Para minimizar ainda mais a probabilidade de lesões malignas serem classificadas como benignas com esta técnica, pode ser mais prudente usar 10 HU como limiar para um diagnóstico positivo. Com a TC espiral é agora possível se fazer o estudo dinâmico do nódulo e um exame do tórax e abdome superior com uma só injeção de contraste. Vinte segundos após o início da injeção do contraste, se faz um "range" da parte superior do tórax. Com um minuto pós-contraste, se faz a avaliação só do nódulo e, entre a aquisição das seqüências de 1 e 2 minutos através do nódulo, se obtêm imagens espirais da parte inferior do tórax e superior do abdome. Finalmente, são obtidas as seqüências através do nódulo com 2, 3 e 4 minutos após a injeção do contraste. Chegou-se à conclusão de que este método é útil para otimizar o estadiamento tomográfico do tórax e abdome em pacientes com nódulos indeterminados quando estes são suspeitos de câncer pulmonar primário. Este protocolo não resulta em gasto adicional, além de o exame levar menos que cinco minutos para se completar.
Renata I. Carneiro Leão |