Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 35 nº 4 - Jul. / Ago.  of 2002

ARTIGOS
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Page(s) 204 to 204



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Janos Lima de Farias
Médico Pós-graduando do Departamento
de Radiologia da UFF

 

 

Cólica ureteral suspeitada: TC helicoidal primária versus TC helicoidal seletiva após radiografia simples e ultra-sonografia.

Catalano O, Nunziata A, Altei F, Siani A. Suspected ureteral colic: primary helical CT versus selective helical CT after unenhanced radiography and sonography. AJR 2002;178:379-87.

 

Objetivo: O propósito deste estudo foi comparar a acurácia da tomografia computadorizada (TC) helicoidal não-contrastada com a combinação de ultra-sonografia e radiografia simples em pacientes com dor aguda no flanco sugestiva de cólica ureteral.
Pacientes e métodos: De janeiro de 1997 a dezembro de 1999, 181 pacientes consecutivos com dor aguda no flanco foram submetidos a radiografia simples, ultra-sonografia e TC helicoidal não-contrastada (protocolo A). De janeiro a dezembro de 2000, 96 pacientes consecutivos admitidos no serviço de emergência com dor aguda no flanco foram, alternadamente, submetidos ora a TC helicoidal não-contrastada primária (protocolo B, 48 pacientes), ora a radiografia simples e ultra-sonografia com adição da TC helicoidal nos casos duvidosos (protocolo C, 48 pacientes).
Resultados: Comparada com a acurácia da radiografia simples combinada à ultra-sonografia para o diagnóstico de ureterolitíase no mesmo grupo de pacientes (protocolo A), a TC teve maiores sensibilidade (92% vs. 77%), valor preditivo negativo (87% vs. 68%) e acurácia total (94 vs. 83%). Entre os pacientes submetidos a TC primária (protocolo B), foram encontrados três falso-negativos (todos com passagem espontânea do cálculo) e nenhum falso-positivo. Entre os pacientes inicialmente examinados por radiografia simples e ultra-sonografia (protocolo C), foi encontrado um falso-positivo (levando ao internamento do paciente e repetição dos exames de radiografia simples e ultra-sonografia) e seis falso-negativos (todos com evolução não-complicada e passagem espontânea); a TC detectou quatro destes cálculos, mas não resultou em alteração no tratamento. Dos pacientes do protocolo C, 14% necessitaram de tratamento invasivo, mas ultra-sonografia e radiografia simples mostraram cálculos e hidronefrose em todos estes pacientes.
Conclusão: A TC não-contrastada foi o método com maior acurácia para determinar a presença de ureterolitíase. A combinação de radiografia simples e ultra-sonografia, porém, alcançou resultados comparáveis sem perdas diagnósticas clinicamente importantes, e pode ser usada como alternativa quando a disponibilidade da TC for limitada.

 

Janos Lima de Farias
Médico Pós-graduando do Departamento
de Radiologia da UFF


 
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