RESUMO DE ARTIGO
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Autho(rs): Carolina Pereira Mendes |
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Dos 100 pacientes estudados, 30 tinham achados positivos para apendicite, sendo o apêndice visualizado em 28. Nos outros dois pacientes o apêndice não foi visualizado devido à sua ruptura, havendo abscesso na fossa ilíaca direita, o que sugeriu o diagnóstico. Destes 30 pacientes, 28 foram verdadeiro-positivos. Os dois falso-positivos foram devidos a uma diverticulite cecal e uma periapendicite. Dos 70 pacientes com achados negativos, o apêndice foi visto em 65. Dos cinco restantes, um tinha ruptura do apêndice, um tinha apêndice normal e três tinham outras doenças inflamatórias. Destes 70 pacientes, 68 foram verdadeiro-negativos, e os dois falso-negativos foram devidos a uma apendicite perfurada e um apêndice com inflamação inicial (mucosa e submucosa apenas). Em 23, um diagnóstico alternativo foi feito. A sensibilidade foi de 93,3% (28 de 30), especificidade de 97,1% (68 de 70) e acurácia de 96% (96 de 100) para o diagnóstico tomográfico de apendicite aguda. O uso do contraste oral tem o inconveniente do tempo de espera (1,5 hora), mas a dispensa do uso do contraste retal simplifica o procedimento para o radiologista e para o paciente. Além disso, o uso apenas do contraste retal pode não opacificar o apêndice normal em alguns pacientes, e propiciar a sua ruptura pela pressão hidrostática aplicada. As desvantagens da TC localizada, em relação à abdomino-pélvica, são a dificuldade de identificar o ceco em alguns pacientes e a falha na demonstração de outras doenças intra-abdominais. Porém, a TC localizada tem a vantagem de ser rápida, acarretar menos radiação para o paciente e ter boa acurácia diagnóstica. Em conclusão, este estudo alcança altos níveis de sensibilidade, especificidade e acurácia no diagnóstico da apendicite aguda em casos duvidosos, com uso apenas do contraste oral, podendo se tornar o modo de investigação definitivo para este subgrupo de pacientes.
Carolina Pereira Mendes |