Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 35 nº 2 - Mar. / Abr.  of 2002

ARTIGOS
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Page(s) 116 to 116



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Janos Lima de Farias

 

 

Relação entre a passagem espontânea de cálculos ureterais e o tamanho e localização da pedra. Dados obtidos por TC helicoidal não contrastada.

Coll DM, Varanelli MJ, Smith RC. Relationship of spontaneous passage of ureteral calculi to stone size and location as revealed by unenhanced helical CT. AJR 2002;178:101¾3.

 

 

Objetivo: Estudos prévios utilizando radiografias pesquisaram a relação entre o tamanho e localização do cálculo ureteral, com a probabilidade da passagem espontânea. Dada a melhor acurácia da TC não-contrastada no diagnóstico da ureterolitíase aguda, foram relacionados o tamanho e localização do cálculo, conforme determinado por TC não-contrastada, com o índice de passagem espontânea.

Material e métodos: Num período de 29 meses, 850 pacientes com dor aguda no flanco foram avaliados com TC sem contraste. A confirmação do diagnóstico tomográfico foi obtida retrospectivamente para 172 pacientes com cálculos ureterais: 115 cálculos passaram espontaneamente e 57 requereram intervenção. O tamanho do cálculo foi definido como o diâmetro máximo obtido nos cortes axiais de TC. A localização do cálculo foi classificada como ureter proximal (acima das articulações sacroilíacas), ureter médio (na altura das articulações sacroilíacas), ureter distal (abaixo das articulações sacroilíacas) e junção uretero-vesical.

Resultados: O índice de passagem espontânea para cálculos com 1 mm de diâmetro foi de 87%; para cálculos com 2¾4 mm, 76%; para cálculos com 5¾7 mm, 60%; para cálculos com 7¾9 mm, 48%; e para cálculos maiores que 9 mm, 25%. O índice de passagem espontânea em função da localização do cálculo foi de 48% para cálculos no ureter proximal, 60% para cálculos no ureter médio, 75% para cálculos distais, e 79% para cálculos da junção uretero-vesical.

Conclusão: O índice de passagem espontânea de cálculos ureterais varia com o tamanho e localização da pedra, conforme determinados pela TC. Estes índices são semelhantes àqueles previamente publicados, baseados nas radiografias.

 

Janos Lima de Farias

 

 

Nódulo pulmonar na TC contrastada: estudo multicêntrico.

Swensen SJ, Viggiano RW, Midthun DE, et al. Lung nodule enhancement at CT: multicenter study. Radiology 2000;214:73¾80.

 

 

Objetivo: Testar a hipótese de que a ausência de impregnação estatisticamente significante no nódulo pulmonar (= 15 UH) na TC é fortemente preditiva de benignidade.

Material e métodos: Um total de 550 nódulos foram estudados. Destes, 356 preencheram todos os critérios de inclusão e tiveram diagnóstico estabelecido. Nos cortes finos de TC sem contraste os nódulos eram sólidos, 5¾40 mm de diâmetro, relativamente esféricos, homogêneos, e sem calcificação ou gordura. Todos os pacientes foram examinados na TC, com colimação de 3 mm, antes e após a injeção intravenosa do material de contraste. Cortes tomográficos através do nódulo foram obtidos 1, 2, 3 e 4 minutos após o início da injeção. O pico de impregnação nodular e a curva de atenuação-tempo foram analisados. Sete hospitais participaram.

Resultados: A prevalência de malignidade foi de 48% (171 de 356 nódulos). Neoplasias malignas impregnaram-se (mediana de 38,1 UH; variação de 14,0¾165,3 UH) significativamente mais do que granulomas e neoplasias benignas (mediana de 10 UH; variação de 20,0 a 96,0 UH; p < 0,001). Utilizando 15 UH como limite, a sensibilidade foi de 98% (167 de 171 nódulos malignos), a especificidade foi de 58% (107 de 185 nódulos benignos) e a acurácia foi de 77% (274 de 356 nódulos).

Conclusão: Ausência de impregnação significativa no nódulo pulmonar (= 15 UH) na TC é fortemente preditiva de benignidade.

 

Janos Lima de Farias
Médico Pós-Graduando do Departamento de Radiologia da UFF.

 
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