Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 36 nº 5 - Set. / Out.  of 2003

RESUMO DE ARTIGO
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Page(s) 310 to 310



Recorrência local de câncer de mama após tratamento conservador em pacientes examinados por meio de biópsia por estereotaxia com agulha fina

Autho(rs): Cláudia Freixo Seixas

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OBJETIVO: Avaliar a incidência de recorrência local do câncer de mama em pacientes tratados com cirurgia de mama conservadora e radioterapia, para determinar se o aumento de recorrência local é observado em mulheres examinadas por meio de biópsia estereotáxica com agulha fina.
MATERIAIS E MÉTODOS: Registros de 551 pacientes consecutivos com câncer de mama, que foram tratados com cirurgia conservadora e radioterapia, foram retrospectivamente revisados. Os 551 casos foram divididos em três grupos: aqueles examinados por meio de biópsia estereotáxica (n = 86), aqueles examinados por meio de biópsia excisional precedida por localização com agulha (n = 242), e aqueles cujas massas eram palpáveis, sendo a biópsia feita sem ser guiada por imagem (n = 223). A recorrência local avaliada e a estatística feita pelo método de Mantel-Haenszel por curvas de sobrevivência foram calculadas para cada grupo. Para testar a significância estatística, a análise c² foi feita por variadas categorias e umteste t ou análise da variação foi feito pelo cálculo de variações contínuas.
RESULTADOS: Com um acompanhamento de 4,9 anos de duração (entre 2,0 e 8,9 anos), a recorrência do tumor observada no grupo examinado por biópsia com estereotaxia por agulha fina foi de 2,3% (dois dos 86), resultando em uma recorrência livre em cinco anos de 0,96 ± 0,03. Para o grupo examinado por meio de biópsia precedida por localização com agulha, a recorrência observada foi de 5,4% (13 dos 242), com uma recorrência livre observada em cinco anos de 0,88 ± 0,03. Para o grupo cuja biópsia não foi guiada por imagem, a recorrência observada foi de 10,3% (23 dos 223), com uma recorrência livre observada em cinco anos de 0,84 ± 0,03. Estes valores não foram significativamente diferentes quando o grupo examinado por biópsia estereotáxica com agulha fina foi comparado com o grupo examinado por meio de biópsia precedida por localização com agulha. No entanto, a recorrência livre observada foi significativamente maior para o grupo examinado por biópsia estereotáxica com agulha fina do que para o grupo cuja biópsia não foi guiada por imagem (p = 0,03).
CONCLUSÃO: Na presente série de casos, o câncer diagnosticado por meio de biópsia estereotáxica com agulha fina não foi associado com um aumento da incidência de recorrência local após cirurgia de mama conservadora e radioterapia.


 
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