Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 36 nº 3 - Maio / Jun.  of 2003

RESUMO DE ARTIGO
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Page(s) 152 to 152



Comparação do desempenho do rastreamento por mamografia, exame físico e ultra-sonografia de mama e avaliação dos fatores que os influenciam: uma análise de 27.825 pacientes

Autho(rs): Aline Serfaty Pozes

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OBJETIVOS: Avaliar a mamografia, a ultra-sonografia (US) e o exame físico no diagnóstico do câncer de mama. Analisar a influência da idade, do estado hormonal e da densidade mamária, comparar o tamanho, estadiar os tumores e determinar qual ou quais modalidades otimizam o diagnóstico desta doença.
MATERIAIS E MÉTODOS: Foram realizadas 27.825 avaliações por meio de estudos mamográficos e exame físico em 11.130 mulheres assintomáticas. As pacientes com mamas densas eram submetidas a US complementar. Foram consideradas alterações positivas os achados de biópsia que revelaram malignidade.
RESULTADOS: Em 221 mulheres encontraram-se 246 alterações. A US aumentou o número de diagnósticos de lesões malignas não-palpáveis em 42%. A sensibilidade da mamografia caiu significativamente com o aumento da densidade mamária. A utilização conjunta da mamografia e da US revelou aumento importante na sensibilidade quando comparada com a utilização conjunta da mamografia com o exame físico. Os tumores descobertos pela mamografia e/ou US eram menores e apresentavam melhor estadiamento do que aqueles detectados pelo exame físico.
CONCLUSÃO: A sensibilidade da mamografia para o diagnóstico do câncer de mama diminuiu no caso de mamas com alta densidade. A associação da ultra-sonografia aumenta de maneira importante a descoberta de lesões malignas menores e com melhor estadiamento. O exame físico sozinho tem baixa sensibilidade. O estado hormonal não tem efeito relevante na eficácia dos exames.

 


 

O aspecto mamográfico do câncer de mama não-palpável reflete suas características patológicas

 

 

Aline Guimarães Pessoa

Médica Pós-graduanda do Departamento de Radiologia da UFF

 

 

Gajdos C, Tartter PI, Bleiweiss IJ, et al. Mammographic appearance of nonpalpable breast cancer reflects pathologic characteristics. Ann Surg 2002;235:246?51.

OBJETIVO: Estudar a relação entre o aspecto mamográfico do câncer de mama não-palpável e suas características patológicas. O aspecto mamográfico do câncer de mama não-palpável pode ser associado às variáveis patológicas, tendo significado prognóstico, que poderia influenciar no seu manejo clínico.
MATERIAL E MÉTODO: Os autores correlacionaram o aspecto mamográfico e as características patológicas de 543 malignidades não-palpáveis diagnosticadas em uma única instituição, entre julho de 1993 e julho de 1999. Os cânceres foram divididos em quatro grupos, baseados na apresentação mamográfica: massa, calcificação, massa com calcificação e distorção arquitetural.
RESULTADOS: A maioria das massas (95%), as massas com calcificações (68%) e as distorções arquiteturais (79%) se deviam a cânceres invasivos. A maioria das calcificações (68%) era conseqüente ao carcinoma ductal in situ (CDIS). Entre os cânceres invasivos, as calcificações estavam associadas com carcinoma intraductal mais extensivo, imunorreatividade do Her2/Neu, e mais necrose no CDIS (se este estivesse associado). A invasão linfática era mais comum nos cânceres que se apresentaram como massa com calcificações. Sessenta e nove por cento dos CDIS que estavam associados aos cânceres invasivos e que se apresentaram como calcificações eram de alto grau, de acordo com a Organização Européia para a Pesquisa e o Tratamento do Câncer. As calcificações em tumores não-invasivos foram associadas à necrose no CDIS. Dois terços dos cânceres que se apresentaram como distorção arquitetural tiveram margens positivas (65%), comparadas com 35% a 37% nas outras apresentações. A apresentação mamográfica não foi significativamente relacionada à diferenciação do tumor ou ao status do receptor de estrogênio ou progesterona. A relação entre malignidades invasivas e não-invasivas aumentou progressivamente com a idade: de 1:1 nos pacientes com menos de 50 anos a 3:1 nos pacientes com mais de 70 anos. A porcentagem dos cânceres que se apresentaram como calcificações caiu de 63% nos pacientes com menos de 50 anos para 26% nos pacientes com mais 70 anos.
CONCLUSÕES: As malignidades que se apresentaram como calcificações na mamografia são mais comumente CDIS. Quando cânceres invasivos se apresentaram como calcificações, estas foram associadas à presença concomitante de CDIS de alto grau. Além disso, os cânceres invasivos eram freqüentemente Her2/Neu positivo. As massas com calcificações foram associadas à invasão linfática. As margens da biópsia excisional eram mais comumente positivas nas distorções arquiteturais. O aspecto mamográfico das malignidades não-palpáveis está relacionado com as características patológicas com alto valor prognóstico, que varia de acordo com a idade da paciente e influencia o manejo clínico.


 
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