RESULTADOS: As alterações observadas com mais freqüência na ressonância magnética de quadril dos pacientes, tanto nos sintomáticos como nos assintomáticos, foram do tipo degenerativas (22,5%) e alterações extra-articulares (22,5%). Apenas cinco dos pacientes sintomáticos apresentaram achados inflamatórios (12,5%), sendo quatro (10%) com alterações degenerativas associadas.
CONCLUSÕES: O estudo do quadril pela ressonância magnética permitiu avaliar as principais alterações encontradas em pacientes portadores de artrite reumatóide. As alterações detectadas foram mais freqüentemente encontradas em pacientes com queixa dolorosa (sintomáticos), com idade superior a 45 anos, com tempo de doença superior a cinco anos, e a ressonância magnética detectou mais alterações em relação à radiografia. Houve fraca correlação entre a intensidade dos sintomas dolorosos e o número de alterações encontradas na ressonância magnética.
Estudo da técnica de difusão eco-planar em aparelhos de ressonância magnética de baixo e alto campo: comparação dos achados em pacientes com suspeita clínica de isquemia cerebral aguda
Autor: Jefferson Luiz Padilha
Orientador: Nitamar Abdala
Tese de Mestrado. Unifesp-EPM, 2004.
OBJETIVO: Avaliar a acurácia de um aparelho de ressonância magnética de baixo campo e magneto aberto (0,2 T), usando as técnicas de difusão eco-planar e T2 TSE FLAIR na detecção de isquemia cerebral aguda.
MÉTODOS: Trinta pacientes (16 homens e 14 mulheres, com idade variando de 41 até 87 anos e média de 70 anos) com suspeita clínica de infarto cerebral isquêmico agudo, dentro das primeiras 48 horas de instalação, foram incluídos neste estudo. Após realização da tomografia computadorizada, todos os pacientes foram submetidos ao estudo por ressonância magnética, primeiramente no equipamento de magneto aberto e baixo campo (0,2 T) e na seqüência no equipamento de magneto fechado e alto campo (1,5 T). Os dois equipamentos estavam localizados praticamente lado a lado e se utilizou o protocolo dos fabricantes. O tempo entre o início dos sintomas e a realização dos exames variou de 53 minutos até 42 horas, com média de 16 horas. Os achados foram classificados em cinco localizações: tronco, cerebelo, supratentorial territorial, supratentorial lacunar e outros.
RESULTADOS: Dos 30 pacientes com suspeita de infarto cerebral, 27 (90,0%) foram confirmados com base nos achados de imagem e no desfecho clínico. A sensibilidade da difusão em 1,5 T e 0,2 T foi de 100,0% e 81,4%, respectivamente. A especificidade em 1,5 T e 0,2 T foi de 100,0% e 66,6%, respectivamente. Com exceção dos infartos localizados no tronco, onde a difusão 0,2 T não foi capaz de diagnosticar os infartos com a mesma precisão da 1,5 T, em todos os outros locais os resultados foram semelhantes. A técnica T2 TSE FLAIR mostrou baixa sensibilidade e especificidade em ambos os equipamentos.
CONCLUSÃO: As imagens de difusão geradas pelo equipamento de 0,2 T tiveram boa acurácia, similar àquela dos equipamentos de 1,5 T, para caracterização de infartos com lesões cerebelares e supratentoriais, além de serem bastante úteis na avaliação das imagens geradas na seqüência T2 TSE FLAIR.