Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

AMB - Associação Médica Brasileira CNA - Comissão Nacional de Acreditação
Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 37 nº 5 - Set. / Out.  of 2004

RESUMO DE TESE
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Page(s) 342 to 342



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RESULTADOS: Todas as pacientes eram do sexo feminino, com média de idade de 51,5 anos. Na análise não ajustada, a associação entre a presença de hipervascularização nas metástases hepáticas e a progressão da doença foi, de um ponto de vista estatístico, altamente significativa (p < 0,0001). Na análise de regressão logística múltipla, a hipervascularidade de metástases hepáticas foi caracterizada como um fator preditivo independente de progressão da doença. Pacientes com lesões hepáticas hipervasculares apresentaram incidência 20,5 vezes maior de progressão da doença, comparadas com pacientes sem hipervascularidade (relação das probabilidades = 20,5; 95% de intervalo de confiança [5,1; 83,5] p < 0,0001).
CONCLUSÃO: Os resultados de nossa análise mostram evidências de que a progressão da doença pode ser predita através da avaliação da vascularidade das mestástases hepáticas pelo exame de ressonância magnética, em pacientes com metástases hepáticas de câncer de mama.

 

Ultra-sonografia mamária na identificação e orientação de biópsia percutânea das microcalcificações agrupadas

 

Autor: Flávio Spinola Castro
Orientador: Nestor de Barros

Tese de Doutorado. FMUSP, 2003.

 

Os objetivos deste estudo são: 1) avaliar a capacidade de se demonstrar, através da ultra-sonografia, microcalcificações agrupadas, previamente identificadas pela mamografia; 2) identificar parâmetros mamográficos dos agrupamentos de microcalcificações e correlacionar com a positividade da ultra-sonografia na caracterização destas lesões; 3) avaliar a possibilidade de a ultra-sonografia mamária servir de guia de biópsias dirigidas, através de agulha grossa (biópsia percutânea de fragmento - "core biopsy"), nestas lesões.

Entre dezembro de 2000 e abril de 2002, foram avaliadas, através da ultra-sonografia, 68 pacientes com 70 focos de microcalcificações agrupadas na mamografia, suspeitas para neoplasia maligna, classificadas segundo critério do BI-RADS™ nas categorias 4 e 5, sem outras alterações mamográficas associadas, como distorções ou massas. Características das lesões na mamografia, como tamanho e profundidade do foco, foram avaliadas e os exames ultra-sonográficos foram classificados como positivos, quando as microcalcificações foram claramente identificadas, e negativos, quando não identificadas. Nas lesões positivas foram realizadas biópsias percutâneas de fragmento ("core biopsy"), através da ultra-sonografia e radiografia dos fragmentos. Nas negativas, os procedimentos foram guiados pela estereotaxia. Características ultra-sonográficas das lesões positivas foram analisadas e os resultados anatomopatológicos foram correlacionados.

Dos 70 focos de microcalcificações, 26 foram identificados pela ultra-sonografia (37,1%), sendo submetidas a biópsias guiadas pela ultra-sonografia, e 44 não foram identificadas (62,9%). O tamanho médio dos focos de microcalcificações foi significativamente maior nos casos positivos à ultra-sonografia - 14,0 mm, em relação aos negativos - 7,6 mm (p < 0,001). Na avaliação da profundidade dos focos, a identificação positiva pela ultra-sonografia foi significativamente maior nos casos de lesões no terço anterior, mais superficiais (16/26; 61,5%) em relação às intermediárias (8/26; 30,8%), e nas posteriores, mais profundas (2/26; 7,7%) - qui-quadrado (p < 0,002). Avaliando as características ultra-sonográficas dos achados, em seis identificou-se massa associada (6/26; 23,1%). Nas outras, foram identificados pontos hiperecogênicos em meio ao tecido adiposo em 13 (13/26; 50%), na parede de cistos em cinco (5/26; 19,2%) e no interior de ductos em duas (2/26; 7,7%). Foram diagnosticados 12 casos de câncer, sendo que oito foram identificados através da ultra-sonografia (8/12; 66,7%) e quatro não (4/12; 33,3%). Das 26 biópsias orientadas pela ultra-sonografia, em 18 delas (18/26; 69,2%) foram identificadas microcalcificações nas radiografias dos fragmentos e em oito não (8/26; 30,8%). Nos oito casos positivos para câncer, o diagnóstico foi subestimado em três delas (37,5%), em comparação com o resultado anatomopatológico final da cirurgia.

A ultra-sonografia apresenta sensibilidade baixa na identificação de focos de microcalcificações previamente vistos na mamografia. O diâmetro médio dos focos de microcalcificações identificados na ultra-sonografia é maior do que nos não identificados. A ultra-sonografia identifica melhor focos de microcalcificações situados no terço anterior da mama, mais superficiais, em números porcentuais maiores que no intermediário e posterior. A identificação de focos de microcalcificações ao ultra-som permite que biópsias de fragmento sejam realizadas, orientadas por este método.


 
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