Radiologia Brasileira - Publicação Científica Oficial do Colégio Brasileiro de Radiologia

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Idioma/Language: Português Inglês

Vol. 37 nº 2 - Mar. / Abr.  of 2004

RESUMO DE TESE
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Page(s) 124 to 124



Ressonância magnética na síndrome da apnéia obstrutiva do sono: características anatômicas das vias aéreas superiores relacionadas ao sexo

Autho(rs): Mauro Miguel Daniel, Geraldo Lorenzi Filho

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A síndrome da apnéia obstrutiva do sono (SAOS) é um grave problema de saúde pública que acomete preferencialmente pacientes do sexo masculino. Os mecanismos anatômicos e funcionais responsáveis pela proteção do sexo feminino não foram completamente esclarecidos. Este trabalho teve por objetivos comparar a anatomia das vias aéreas superiores de homens e mulheres saudáveis e de pacientes com SAOS, bem como correlacionar medidas anatômicas com a gravidade da doença de acordo com o sexo.

Avaliamos, por ressonância magnética, as vias aéreas superiores de 20 indivíduos adultos saudáveis (10 homens e 10 mulheres) e 68 pacientes adultos com SAOS (43 homens e 25 mulheres) estudados por polissonografia. Nos indivíduos saudáveis, as dimensões de várias estruturas anatômicas mostraram-se maiores nos homens do que nas mulheres. Em contraste, as dimensões da coluna aérea foram semelhantes. Nos pacientes com SAOS as diferenças das vias aéreas superiores de homens e mulheres se acentuaram, porém as dimensões da coluna aérea permaneceram semelhantes.

Os dados sugerem que as dimensões das vias aéreas superiores têm maior correlação com a gravidade da SAOS em homens do que em mulheres.

 


 

Tomografia computadorizada de crânio em crianças e adolescentes com o vírus da imunodeficiência humana adquirido por transmissão vertical

 

 

Autor: Marcelo Valente
Orientadora: Claudia da Costa Leite

Tese de Doutorado. FMUSP, 2003.

 

 

Estudou-se, prospectivamente, o comportamento das calcificações, da atrofia, das alterações da substância branca e das alterações vasculares nas imagens de tomografia computadorizada de crânio de 162 crianças e adolescentes infectados pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) por transmissão vertical e que estavam ou estiveram em acompanhamento clínico no Ambulatório de Infectologia Pediátrica do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, entre 1992 e 2002. Analisaram-se as possíveis correlações entre essas alterações e seu aspecto evolutivo.

Para tal finalidade, foram avaliadas 606 tomografias computadorizadas de crânio (média de 3,74 exames por paciente), as quais constituíram o grupo de estudo. Após a caracterização quanto à presença ou não das alterações supracitadas, e suas possíveis inter-relações, realizou-se a análise estatística dos resultados obtidos através do teste exato de Fisher, com nível de significância de 5%. Posteriormente, os mesmos aspectos foram avaliados em função do seu comportamento evolutivo em um subgrupo de 61 pacientes (média de 4,18 exames por paciente, totalizando 321 exames tomográficos). Estes pacientes tinham, pelo menos, quatro estudos tomográficos seriados (com intervalo mínimo de 90 dias entre os exames subseqüentes e pelo menos dois anos de intervalo total entre o primeiro e o último exame).

As alterações tomográficas foram abordadas individual e qualitativamente segundo o critério de presença e intensidade. Inicialmente, o conjunto dos resultados foi tratado de forma individual (para cada paciente) e depois, em relação à totalidade do grupo em questão. As calcificações foram encontradas em 46,30% dos pacientes; a atrofia, em 37,65%; as alterações da substância branca, em 25,93%; as anomalias vasculares, em 25,19%. Constatou-se correlação significativa entre as alterações de substância branca e a atrofia, bem como entre as calcificações e as alterações vasculares. A análise evolutiva destas características demonstrou haver um acréscimo significativo das alterações entre o momento inicial e o quarto momento no conjunto das alterações, sobretudo para as calcificações e para as alterações vasculares.

Concluiu-se que as calcificações e a atrofia foram as alterações mais freqüentes nesta série de crianças e adolescentes com HIV adquirido por transmissão vertical. A atrofia e as alterações da substância branca apresentaram inter-relação importante na amostra descritiva, assim como as alterações vasculares e as calcificações mostraram associação evolutiva significativa em relação à sua progressão.


 
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