OBJETIVO: Avaliar a porcentagem do rastreamento feito por mamografia e exame clínico da mama nos cinco anos pós-tratamento de mulheres que tiveram hiperplasia atípica ou carcinoma in situ.
MATERIAL E MÉTODO: Cento e três mulheres que receberam o diagnóstico de hiperplasia atípica ou carcinoma in situ, tratadas, foram observadas por cinco anos através da revisão de arquivos médicos. Rastreamento adequado foi definido como sendo uma mamografia e pelo menos um exame clínico da mama por ano.
RESULTADOS: A análise dos dados mostrou que o rastreamento diminuiu significativamente com o tempo. Durante o primeiro ano, 83,5% e 80,6% das mulheres foram rastreadas com exame clínico da mama e mamografia, respectivamente. No segundo ano, o exame clínico da mama caiu 25,2% e o rastreamento mamográfico, 9,7%. Um declínio gradual significativo do rastreamento por exame clínico da mama e mamografia foi observado a cada ano. Durante o primeiro ano, 70,9% das mulheres receberam ambos os métodos de rastreamento, o que declinou para 9,7% no quinto ano. Mulheres que receberam o diagnóstico de carcinoma in situ e aquelas casadas com filhos procuravam mais freqüentemente o rastreamento pós-tratamento.
CONCLUSÃO: As razões para o declínio do rastreamento anual pós-tratamento são desconhecidas. Achados negativos nos rastreamentos de seguimento podem ter diminuído a percepção de suscetibilidade ao câncer e promovido o declínio do uso do rastreamento. A falta de diálogo dos médicos com as pacientes pode ter reforçado essa idéia. A importância do rastreamento anual deve ser enfatizada a cada consulta. Telegramas ou telefonemas podem ser usados para lembrar às pacientes de seus exames.
Comentário sobre o tema
Marcelo Souto Nacif
Professor de Radiologia da FMT-FESO
Para que a enteróclise por RM substitua os métodos de imagem utilizados atualmente no diagnóstico de doenças do intestino delgado, deverá ser estabelecido como este método poderá ser integrado no contexto clínico e o seu real papel na prática diária, tornando-se então um método aceitável aos pacientes, clínicos e cirurgiões, além de não se poder deixar de analisar as questões econômicas e o interesse dos radiologistas em se aprimorar nesta técnica.