ARTIGO ORIGINAL
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Autho(rs): Denise Rodrigues Xerez, Yonatta Salarini Vieira Carvalho, Milton Melciades Barbosa Costa |
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Descritores: Disfagia, Acidente vascular encefálico, Pneumonia aspirativa, Videofluoroscopia, Radiologia, Reabilitação |
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Resumo: IIIMédico, Doutor em Medicina, Professor Titular de Anatomia do Instituto de Ciências Biológicas da UFRJ
INTRODUÇÃO Os acidentes vasculares encefálicos (AVE) são a maior causa de deficiência motora adquirida, sendo responsáveis por até 80% das incapacidades e a terceira causa de morte em adultos(1). Está descrita a ocorrência de 700.000 casos de AVE anuais, sendo 500.000 novos e 200.000 recorrentes, totalizando, na população mundial, aproximadamente 3,89 milhões de indivíduos sobreviventes a esta afecção(2). Segundo referem Lawrence et al., mais da metade dos pacientes (50,6%) tem entre seis e dez tipos de incapacidade, sendo a mais prevalente a fraqueza muscular, presente em 77,4% dos pacientes, seguida dos distúrbios da comunicação e linguagem e da disfagia, esta última figurando em terceiro lugar, com 44,7% das incapacidades encontradas(3). A disfagia relacionada ao AVE, presente em quase metade dos casos, não é exclusiva das lesões de mesencéfalo e dos dois hemisférios simultaneamente, como classicamente acreditado(4), mas pode ocorrer em todas as formas desses acidentes(5). A aspiração associada ao AVE tem sido admitida como responsável por três vezes mais casos de pneumonia que as observadas em pacientes acamados por outras causas. Acredita-se que isso se deva à aspiração, algumas vezes silenciosa, relacionada à disfagia resultante da lesão encefálica(4,5). Há protocolos e recomendações(4,6,7) voltados para a avaliação e manuseio dos sobreviventes ao AVE. Nesses documentos, a disfagia está elencada como causa de complicações e responsável pelo empobrecimento do prognóstico, em razão da possível ocorrência de broncopneumonia, má nutrição e desidratação. Apesar da evidente importância dos protocolos de avaliação rotineira da dinâmica da deglutição nesta população, não encontramos, em nosso meio, qualquer rotina de identificação e prevenção das complicações das disfagias nas vítimas de AVE. Por esta razão, elaboramos e testamos protocolo clínico para correlacionar as alterações da dinâmica da deglutição com aquelas observadas na avaliação videofluoroscópica.
MATERIAIS E MÉTODOS Avaliamos, clinicamente, 37 pacientes (Tabela 1) portadores de AVE, com idades entre 22 e 81 anos (60 ± 13,01), sendo 17 do sexo feminino e 20 do sexo masculino. Estes pacientes foram encaminhados ao Serviço de Medicina Física e Reabilitação do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, para tratamento global em reabilitação, entre janeiro de 2000 e dezembro de 2001.
Utilizamos como critério de inclusão o paciente ter sofrido AVE num período de 30 a 365 dias e diagnóstico confirmado por exame de imagem (tomografia computadorizada ou ressonância magnética). Como critério de exclusão observamos estado de coma e agitação psicomotora grave. Todos os pacientes (n = 37) foram avaliados clinicamente, valorizando-se os parâmetros referidos na Tabela 2.
Vinte e seis pacientes foram submetidos à videofluoroscopia. Foram utilizados meios de contraste nas consistências liíquida, sólida e pastosa(8), com intervalo de até sete dias da avaliação clínica, em equipamento de RX Medicor UV 56M, tipo FR2, com tubo D19-12/50-150, com sistema de TV Videomed 2 com intensificador de imagem tipo RBV 12/13, tubo tipo Vidicon, padrão 525 linhas, 60 Hz, entrelaçamento 2:1. As imagens foram registradas em fita VHS, com sistema vídeo/monitor Samsung, modelo-CXE 1331. Os registros videofluoroscópicos foram realizados por meio de vídeo AG 96 Panasonic. Os parâmetros analisados (Tabela 3) foram efetuados por três examinadores e laudados com o programa Sirredid (sistema de registro e recuperação de dados da avaliação dinâmica da deglutição)(9).
Todos os pacientes foram esclarecidos dos propósitos do estudo e assinaram termo de consentimento aprovado pelo comitê de ética em pesquisa do HUCFF. Procedimento estatístico Utilizamos o teste não-paramétrico qui-quadrado, cruzando par a par todos os parâmetros observados. Tomou-se como referência decisória, quanto à significância dos resultados, o índice p < 0,05, ou seja, foram aceitos resultados que se apresentaram com um mínimo 95% de certeza. Uma vez que os dados observados são de natureza discreta, montamos tabelas de distribuição de freqüência para análise das possíveis relações funcionais entre os parâmetros considerados.
RESULTADOS Identificamos disfagia em 28 (75,68%) dos 37 pacientes. Desses 37, 11 (29,73%) apresentavam quadro leve, dez (27,03%) apresentavam disfagia moderada, e sete (18,92%), disfagia grave. Detectamos comprometimento da fase oral durante a avaliação clínica nos 37 indivíduos analisados. A avaliação clínica da fase faríngea nos permitiu a observação de alterações em 20 deles (54,05%). Os 26 pacientes (54,05%) avaliados videofluoroscopicamente tiveram confirmada a existência de alteração funcional da fase oral relacionada à observação clínica. A avaliação clínica da fase faríngea desses 26 pacientes nos permitiu supor que a dinâmica hióidea e laríngea estava alterada, debilitando a proteção das vias aéreas em 14 dos pacientes examinados, e que havia sinais positivos de penetração/aspiração (voz molhada e ausculta cervical típica de aspiração) em 11; não identificamos sinais premonitórios em 15 pacientes. A avaliação videofluoroscópica dos 14 pacientes com mobilidade hio-laríngea considerada clinicamente alterada deixou ver que sete (50%) tiveram penetração das vias aéreas pelo contraste líquido. Dos 12 que não tinham alterações da dinâmica hio-laríngea, três aspiraram. No que se refere aos outros sinais premonitórios de aspiração, dos 11 que apresentavam estes sinais, cinco apresentaram aspiração e seis mostraram proteção adequada das vias aéreas. Dos 15 que não tinham sinais clínicos de aspiração, cinco deixaram ver penetração/aspiração durante o exame videofluoroscópico. Dos 26 pacientes examinados clínica e videofluoroscopicamente, 14 apresentavam algum sinal clínico suspeito de disfunção orofaríngea. Videofluoroscopicamente, 16 deixaram ver algum tipo de anormalidade. Dez apresentaram algum grau de penetração/aspiração e seis permitiram a observação de alterações estruturais clinicamente insuspeitas. Na Tabela 4 observamos que nenhum dos parâmetros relativos à identificação e classificação do acidente vascular encefálico apresentou relação de dependência com a presença de penetração/aspiração de líquido.
Pelo teste qui-quadrado (significância p < 0,05) existe relação de dependência entre os dados clínicos relativos ao estado dos dentes (pcalculado = 0,047), mobilidade da face e da língua (pcalculado = 0,012) e a sensibilidade da face (pcalculado = 0,039) com as alterações registradas pelo método videofluoroscópico (Tabela 5 e Figura 1).
DISCUSSÃO Smithard et al.(10), ao descreverem a história natural da disfagia resultante do AVE, observaram na fase subaguda (28 dias) a incidência de 15% de aspiração pela videofluoroscopia, e na fase crônica (seis meses), 6,8%. O presente estudo mostrou uma incidência de 38,46% de presença de penetração/aspiração de líquido na videofluoroscopia em pacientes com seqüelas de AVE com tempo médio de instalação de 104,32 dias. Macedo(11) encontrou incidência de 66,7% de penetração na faringe, entretanto não menciona as características do grupo portador desta seqüela. Baseados nesses estudos, os autores recomendaram a identificação do risco de aspiração apenas pela avaliação clínica(12), em divergência com os dados obtidos em nosso estudo, que reforçam a necessidade de avaliação videofluoroscópica. Daniels et al.(5,13) e Roth e Harvey(2) descrevem e ressaltam fatores epidemiológicos como prognósticos para a recuperação funcional pós-AVE. A idade do paciente e a gravidade da incapacidade motora teriam relação direta com a recuperação motora, isto é, quanto maior a idade e o grau de incapacidade, menor o grau de recuperação funcional. A idade tem-se mostrado um fator de risco para alterações da deglutição por si; Kendall e Leonard(14), em estudo de um grupo de idosos (maiores de 65 anos), encontraram aumento do tempo de preparo oral como fator característico. Não foi possível observar correlação significativa entre os fatores prognósticos estudados e a ocorrência de penetração/aspiração de líquidos na videofluoroscopia; porém, a descrição da população relacionada às características desta doença é fortemente recomendada para trabalhos com este grupo(15). A lateralidade e dominância do hemisfério afetado, e o tipo de adaptação oral observados foram valorizados. Não observamos correlação entre estes parâmetros e o risco de penetração/aspiração de líquidos. Hamdy et al.(16) descrevem a representação de áreas da deglutição em ambos os hemisférios cerebrais e defendem o aumento da atividade no hemisfério são. Muitas das seqüelas observadas na fase aguda do AVE tendem a regredir com o decorrer do tempo, até em média seis meses após o acidente, durante a fase subaguda. Em relação à disfagia, isto é particularmente verdadeiro, já que está descrita resolução espontânea em mais da metade dos casos(10). Aviv et al.(4) e Roth e Harvey(2) descrevem, em seus estudos, um grande porcentual de ocorrência de aspiração silenciosa em casos de acidente vascular encefálico. No protocolo proposto o paciente foi formalmente questionado quanto à dificuldade de deglutição, tosse ou falta de ar relacionadas à alimentação e, ainda assim, não foi possível estabelecer correlação entre estas queixas e a presença de alterações, tanto na fase oral (ejeção) quanto na fase faríngea (penetração/aspiração)(17). A fase de preparo e qualificação(17) da deglutição, da qual os dentes participam ativamente, influem para uma ejeção eficiente, o que reduz em muito o risco de aspiração. Na população estudada, a identificação do comprometimento da arcada dentária mostrou correlação com o risco de aspiração, evidenciando que este fato, que primariamente não guarda relação de causa e efeito com o AVE, acrescenta risco ao quadro do paciente. Este fato pode ser atribuído apenas ao envelhecimento da população, como descrito por Kendall e Leonard(14), já que a idade média de nossa população é de 60,95 ± 13,01 anos, e é fato notório que o aumento da idade interfere com a qualidade da dentição. A mobilidade da musculatura da face é importante na pressurização do estojo oral para a ejeção(17). Seu comprometimento (notadamente a flacidez) faz com que existam escapes e relações organização/ejeção anômalas. Encontramos forte relação entre este comprometimento e a ocorrência de penetração/aspiração de líquido. Isto fortalece a tese de que existe forte influência da fase oral na fase faríngea da deglutição. A sensibilidade e mobilidade da face dependem dos nervos responsáveis pelas informações qualitativas e quantitativas a respeito do alimento ingerido(17). Essas informações são a base para uma resposta motora proporcional e adequada. Com seu comprometimento, a fase de qualificação e preparo da deglutição não se processa de maneira adequada, resultando em escape e/ou ejeção ineficiente, o que resulta, também, em alterações da fase faríngea, conforme demonstrou a correlação encontrada no presente estudo, com penetração/aspiração de líquidos. A língua funciona como base para a organização do alimento e como êmbolo de pressurização na ejeção(17). O comprometimento de sua função motora, principalmente no que diz respeito à coordenação dos movimentos com as outras estruturas envolvidas, causa diminuição de pressão na ejeção, o que compromete sua eficiência. Como nos outros parâmetros, esta ejeção ineficiente repercutirá na dinâmica da fase faríngea. Os itens da avaliação referentes às fases de preparo e qualificação da deglutição se mostraram alterados em toda a amostra deste estudo, e apesar de não termos medido formalmente o tempo de preparo oral, este se mostrou alargado em todo o grupo, concordando com os dados de pesquisa de metodologia semelhante(18). O reflexo nauseoso é um reflexo protetor que integra as informações táteis da orofaringe com sua resposta motora(17). A observação de sua simples presença, sem qualquer consideração qualitativa, não mostrou correlação com o risco de penetração/aspiração em nossa amostra. Outros grupos, estudando pela videofluoroscopia pacientes com AVE em fase aguda, encontraram correlação entre o risco de aspiração e a presença do reflexo nauseoso e o movimento velar(19).Como os nossos pacientes tiveram tempo médio de instalação da incapacidade de 104 dias, já se encontrava em fase de adaptação, como já descrito por Smithard et al.(10). A mobilidade do hióide é um sinal clínico indireto da abertura em amplitude e duração da transição faringoesofágica, já que a faringe é tracionada e elevada pelos músculos que se inserem neste osso(17). A observação externa deste movimento não foi suficiente para mostrar correlação com o risco de penetração/aspiração nos pacientes estudados. Na avaliação clínica, a presença de penetração/aspiração é observada pela ocorrência de disfonia após deglutição de líquido (água). Na avaliação videofluoroscópica este evento foi observado com a ingestão de solução padrão de bário, que tem outras características de sabor e densidade, aproximando-se mais da consistência do iogurte do que da água. Neste estudo, não pudemos observar correlação entre os dois eventos. Acreditamos que esta diferença de características físico-químicas do meio de contraste utilizado tenha reduzido a ocorrência de penetração/aspiração na videofluoroscopia, diminuindo a possibilidade de correlação entre os eventos. Os estudos de Gordon et al.(6), Smithard et al.(12), Kidd et al.(20), McCullough et al.(21) e Noll et al.(22) utilizaram volumes predeterminados de bolo, tanto na avaliação clínica quanto videofluoroscópica. A metodologia adotada neste nosso estudo não fixou um volume do bolo a ser deglutido, tanto no exame clínico quanto no videofluoroscópico, ou seja, permitiu que o paciente fizesse uso de um dos mecanismos descritos como "adaptação" oral: a redução do volume do bolo. O tempo de preparo oral também ficou sujeito a análise subjetiva, já que sua medição objetiva dependeria da prefixação de um volume uniforme para toda a amostra.
CONCLUSÃO Não é seguro predizer a presença de penetração/aspiração de líquidos pela avaliação clínica. Foi possível estabelecer correlação entre os parâmetros clínicos relacionados à fase oral da deglutição e a presença de penetração/aspiração de líquidos na videofluoroscopia. Os parâmetros clínicos relacionados à fase faríngea não são correlacionáveis aos achados da videofluoroscopia. Recomendações Todos os pacientes vítimas de AVE devem ter a função de deglutição formalmente avaliada, mesmo sem referir queixas de disfagia, antes de se iniciar a alimentação por via oral. O protocolo utilizado permitiu identificar alterações da fase oral relacionadas ao risco aumentado de penetração/aspiração. Como não foi possível identificar fatores de risco para a ocorrência de penetração/aspiração de líquidos, devemos recomendar que toda vítima de AVE seja submetida a avaliação clínica minuciosa e a videofluoroscopia. Se identificadas alterações importantes da fase oral ao exame clínico, a indicação de alimentação por via oral deve ser adiada até a realização do exame de imagem, já que o risco se eleva significativamente. Como não identificamos qualquer caso de penetração/aspiração de alimentos ou contraste nas consistências pastosa e sólida no grupo estudado, podemos recomendar que pacientes em fase subaguda de instalação de AVE devam ser alimentados preferencialmente com alimentos de consistência pastosa a sólida. Finalmente, reforçamos o conceito de interdisciplinaridade, que deve nortear a abordagem a pacientes portadores de múltiplas incapacidades, e que sem rotinas terapêuticas previamente e acordadas essa abordagem é inexeqüível.
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Endereço para correspondência Recebido para publicação em 19/3/2003
* Trabalho realizado em laboratórios do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ. |