RESULTADOS: As medidas dos diâmetros e fluxos foram correspondentes nos dois níveis pressóricos estudados, segundo os coeficientes de correlação de Spearman e Lin, aos 90 segundos e 15 segundos, o que corresponde, respectivamente, a vasodilatação máxima e fluxo arterial máximo. O teste indica não haver diferença estatisticamente significante nas diferenças entre os diâmetros aos 90 segundos (p = 0,3235) e entre os fluxos aos 15 segundos, nos dois níveis pressóricos estudados (p = 0,1596).
CONCLUSÃO: É possível avaliar a reatividade da artéria braquial utilizando-se pressões de oclusão 40 mmHg acima da pressão sistólica individual, com resultados correspondentes aos obtidos com altas pressões de oclusão (300 mmHg).
Braquiterapia com rutênio-106 em melanomas uveais
Autor: Rodrigo Souza Dias.
Orientador: Roberto Araújo Segreto.
Tese de Mestrado. Unifesp/EPM, 2005.
OBJETIVO: Avaliar os resultados da braquiterapia com rutênio-106 em pacientes portadores de melanomas uveais.
MÉTODOS: No período de abril de 2002 a julho de 2003, 20 pacientes com diagnóstico de melanoma uveal foram tratados com braquiterapia com rutênio-106. Foram utilizados dois modelos de placa (COB e CCB), e a dose calculada no ápice tumoral variou de 5.500 a 10.000 cGy. Pacientes que apresentaram aumento das dimensões tumorais durante o período de acompanhamento foram submetidos à termoterapia transpupilar.
RESULTADOS: Quanto à localização da lesão, esta se encontrava em coróide em 75% dos casos; em 15% na íris e em 10% no corpo ciliar. A dose mediana no ápice do tumor e na esclera foi de 8.462 cGy e 31.946 cGy, respectivamente. Com seguimento mediano de 19 meses, a sobrevida livre de progressão para a braquiterapia e para a associação com a termoterapia transpupilar foi de 69% e 87%. Observou-se redução significante da altura tumoral após o tratamento. A altura inicial da lesão, a dose prescrita no ápice tumoral e a localização da lesão não constituíram fatores prognósticos significativos para o controle local. Nenhum dos pacientes foi submetido à enucleação. Em 70% dos pacientes, a acuidade visual era maior que 20/200. Complicações foram observadas em 25% dos casos, constituídas principalmente por piora visual.
CONCLUSÃO: Apesar do curto seguimento, nossos resultados se comparam favoravelmente aos de outras séries. A braquiterapia com rutênio-106 propiciou redução significante da altura tumoral e se mostrou eficaz no tratamento conservador de melanomas uveais.